Bucólicas

Bucólicas Virgílio
Odorico Mendes




Resenhas - Bucólicas


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Miguel.Moreira 31/12/2023

Bucólicas, o menor livro de Virgílio
O menor livro de Virgílio, contendo seis poemas pastoris, chamados de bucólicas, éclogas ou églogas, sendo possível a leitura fragmentada da obra, mas que tem uma ligação entre os textos, que alguns fazem referências a outros, como personagens, ocorridos, e até mesmo citações de poemas anteriores, mas de forma geral é uma obra que pode ser considerada fragmentada. Para a atualidade, se trata de um texto bem complicado, para mim por exemplo que sou ignorante demais em mitologia greco-romana, e muito leigo em antiguidade, a temática da obra foi bem desafiadora, mas a leveza de serem poemas pastoris, com algumas críticas políticas da época, é um incentivo para enfrentar a hidra. Outra dificuldade, é sem dúvidas a tradução, que tem como propósito reproduzir o mais fiel possível da dificuldade que um cidadão romano teria na época de Virgílio para ler a obra, mas confesso que o que mais me pegou foi a falta de conhecimento da cultura. Como sou habituado com leitura de poesia, consegui enfrentar as licenças poéticas como inversões na construção da frase, mas fica avisado que isso é algo extremamente complexo e difícil, mas saibam que o original tem essa mesma dificuldade. Lembrando que o dicionário será seu aliado nessa curta jornada. Algumas das églogas são homenagens a personagens históricos, e Virgílio tem uma sensibilidade imensurável em descrever seu amor pela vida no campo, e seu conhecimento pelas diversas espécies, e não estou brincando, pelo menos umas 20 espécies citadas por Virgílio eu nem sabia da existência, inclusive animais, e olha que minha mãe é bióloga, me senti muito ignorante nesse ponto, mas estou lendo justamente para aprender. É impossível não relacionar a obra com seu autor, e sem dúvidas Virgílio fora uma pessoa incrível, com muita sabedoria e sensibilidade para a arte, vale a pena ler simplesmente pela beleza da tradução de Odorico Mendes, infelizmente meu latim é insuficiente para ler o original (não que eu saiba mais do que meia dúzia de palavras em latim, ha ha ha). Reconheço que é uma obra dificílima, mas que é linda, pela beleza da poesia, pelas referências à diversas culturas, inclusive judaica e africana, que há discussões acerca de sua veracidade, mas creio que Virgílio tenha lido diversas outras culturas além do Império Romano e a Mitologia Grega. Sem dúvidas o livro merece nota máxima, e com certeza é uma obra que tenho que reler futuramente, talvez com um repertório maior de mitologia. Seguirei com a leitura dos próximos livros. Deus nos acuda!"
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Marcos606 01/09/2024

Públio Virgílio Maro é o poeta central da tradição romana, mais conhecido pelo épico Eneida. Aqui nas Bucólicas, ele se debruça a vida no campo nesse sentido conectado a se outro grande trabalho Geórgicas, possivelmente um lançamento futuro da Coleção Clássica da editora Autêntica, que vem fazendo excelente trabalho com seus títulos e traduções. Por esse motivo decidi comprar e reler Búcolicas, que já estou familiarizado com as edições da Oxford, Penguin e Loeb.

Bucólicas é uma coleção de 10 poemas pastorais desconexos compostos entre 42 e 37 a.C, que retratam pastores vivendo em uma paisagem meio real, meio fantástica; estes poemas alusivos oscilam entre o real e o artificial. Estão repletos de alusões tópicas, e no quarto ele já aparece como um profeta nacional.

Virgílio foi atraído para o círculo formado por Mecenas, ministro-chefe de Augusto. Em 38 a.C, ele e Varius apresentaram o jovem poeta Horácio a Mecenas; e com a vitória final de Augusto em 30 a.C, o círculo foi consolidado.

Com o reinado de Augusto iniciou-se a segunda fase da Idade de Ouro, conhecida como Idade Augusta. Encorajou a noção clássica de que um escritor não deveria tanto tentar dizer coisas novas, mas sim dizer melhor as coisas antigas.

Essa percepção já aparece nas Bucólicas, inspirado pelo poeta grego Theocritus, inventor do poema pastoril. que geralmente apresentam pastores que competem em canções elogiando a beleza da paisagem junto com os encantos de um menino ou menina querido.

Divido em duas sequências de cinco poemas cada, 1–5 e 6–10; os poemas mais longos, 3 e 8, ocupam posições simétricas nesse arranjo. Os poemas 2 e 7, bastante fiéis ao tipo de poesia que modelam, sucedem aos poemas mais ousados, 1 e 6, que também ocupam posições paralelas na coleção. A quinta bucólica contém alusões sutis à primeira, encerrando assim a primeira metade. A sexta, com a sua referência a escritos pastorais anteriores, marca um novo começo

Assim, te convido a Arcádia, com essa ótima tradução em português.
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