Varney, o Vampiro

Varney, o Vampiro James Malcolm Rymer




Resenhas - Varney, o Vampiro


8 encontrados | exibindo 1 a 8


Mandark 27/08/2023

Fascinante..
Mais uma incrível experiência com a editora do Sebo Clepsidra. Esse primeiro volume contém os 47 (que na verdade são 44) capítulos da Penny Dreadful mais famosa da Inglaterra no século XIX. Com um ritmo alucinante, cada capítulo carrega o desafio e a característica de manter o leitor preso em sua trama. Confesso que a primeira metade do livro se arrasta com muita expectativa e bem pouca ação de verdade... Mas quando finalmente Varney faz sua aparição magistral e demostra seu humor ácido e sua inteligência manipuladora, o livro não perde mais a mão. Dou um destaque especial para os capítulos finais que tiram o foco da família Bannerworth e seus agregados e traz os moradores locais para o centro da ação. Essa reta final demonstra muito do que eram as crenças populares naquele período e como as pessoas ainda eram arrastadas por elas. Já estou extremamente ansioso pelos próximos volumes!!
Ana 29/08/2023minha estante
Que delícia ler sua resenha!!! ?




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Luísa Anjos 18/08/2021

A leitura de ?Varney? foi bem interessante e especial pra mim, não apenas pelo valor histórico do livro, mas por representar minha capacidade de seguir e me ater a um livro denso e longo. Se não me falha a memória, há praticamente sete anos não lia um livro com mais de 500 páginas e várias vezes duvidei de mim mesma que largaria num ponto qualquer. Mas concluí e agora sigo esperando o lançamento dos volumes seguintes.

Bom, tratando do valor histórico do livro, ?Varney? foi um dos penny dreadfuls mais duradouros de sua época, rendendo mais de 200 capítulos (essas 552 páginas apenas compõem o 1° de 4 volumes, com 46 capítulos) e foi o primeiro penny dreadful que li. Estava ansiosa por conhecer mais desse tipo de publicação, e de fato tive contato com os típicos ?cliffhangers?, os capítulos breves com finais estratégicos pra manter nosso interesse. Sem contar que a narração, que é em 3a pessoa, cumpre seu papel e consegue ambientar o leitor na época, no contexto e no enredo.

Aqui, temos a primeira narrativa longa de tema vampírico na Inglaterra, que precedeu ?Carmilla? de Le Fanu e o próprio ?Drácula? de Stoker, títulos que também dispensam apresentações. Nos primeiros 47 capítulos de ?Varney?, acompanhamos a história desafortunada da família Bannerworth, que recebe numa noite a visita de Varney, o Vampiro, e todas as consequências geradas a partir disso. Já reconhecemos muitos traços típicos do gênero vampírico, que na literatura foram se consolidar mais fortemente com ?Drácula? ao fim do séc. XIX. Os mencionados cliffhangers até auxiliam a ?esticar?, de certa forma, o enredo, e apresentam características marcantes da Inglaterra Vitoriana e dessa figura que é o vampiro. Ao longo dos capítulos, vemos passo a passo como eles vão descobrindo tudo e lidando os infortúnios que Varney gerou em suas vidas.

Nesse ponto da resenha, preciso tratar da edição. A editora Clepsidra, mais uma vez, está de parabéns. Mesmo sendo um tomo volumoso, não de torna cansativo de ler, o papel é confortável e a fonte e o tamanho são aprazíveis aos olhos. De capa dura, acompanha fitilho marca-páginas, ilustrações dos próprios penny dreadfuls e muitas notas de rodapé explicativas. Sem contar em como é uma beleza para se gabar de ter na estante.

Vale o investimento e a leitura. ?Varney, o Vampiro? é um título fundamental para quem se interessa e quer saber mais sobre o que moldou e influenciou, até os dias de hoje, nossas ideias e percepções sobre essas criaturas excêntricas, intrigantes e peculiares que são os vampiros.
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Gárgula 05/01/2022

Varney, o Vampiro
Quem gosta de literatura gótica, ama a Editora Clepsidra
Varney, o Vampiro é mais um livro incrível que a Editora Clepsidra lança, em seu trabalho incansável de resgate da literatura gótica. Um penny dreadful gigante, sendo este o primeiro volume de quatro, que podemos ter o prazer de ler em português.

O título completo é Varney, o Vampiro ou O Banquete de Sangue, de autoria creditada a James Malcolm Rymer. Esta autoria em si é bastante nebulosa, conforme explicou Cid Vale em alguns vídeos e lives. Vários autores contribuíram com os capítulos devido a velocidade da publicação. Uma novela gótica da melhor qualidade, sem dúvida nenhuma.

Assinam a tradução Alcebiades Diniz Miguel, Carlos Primati, Marina Sena e Thassio Rodriguez Capranera. Um time de primeira grandeza que deixou o texto delicioso de se ler. A fluidez da obra o leitor sentirá na leitura, não encontrando um texto antigo moroso, mas sim uma peça que exemplifica a técnica de tradução primorosa.

Detalhes da obra
Alcebiades também assina a Introdução intitulada Divertimentos Soturnos e Mistérios Seriados, uma leitura incrível. Além disso, temos também o breve prefácio de James Malcolm Rymer.

Pelo livro temos inúmeras ilustrações originais do penny dreadful, publicado originalmente em Londres, entre 1845 e 1847. Ao final, encontramos o apêndice Sobre Vampiros e o Vampirismo, datado de 1820.

Quem é Varney afinal?
Uma pergunta complexa para responder, tenham certeza. Ele surge na história de uma maneira um tanto quanto peculiar, após um funesto acontecimento com a jovem Flora Bannerworth, atacada por um vampiro enquanto dormia.

Ela acorda no meio do ataque, apesar de estar tonta, e vê seu atacante. Entretanto, sua mente não lhe permite afirmar se é verdade ou não o que lhe aconteceu, enquanto sua saúde declina a passos largos. A família e amigos próximos, alarmados, se veem diante do sobrenatural sem saber o que fazer. Será tudo uma ilusão?

Em meio ao caos que a família Bannerworth vive, aparece Sir Francis Varney, um homem enorme, enigmático e que guarda uma semelhança inquietante com a pintura de um antepassado da família, que fica pendurada no quarto de Flora.

Os personagens que permeiam a história possuem uma criação muito bem feita. Alguns poucos não fazem (neste volume, pelo menos) a menor diferença, como a mãe de Flora. Entretanto, os demais são inegavelmente importantes e presentes. Vale nota ao Almirante e seu imediato Jack, que dão um show cômico à parte. Você realmente vai rir muito com eles!

Considerações finais
Ademais, pelo que já foi ventilado, a continuação da história sai em 2022. Terminamos este volume entretanto, bastante desconfiados dos rumos que o enredo vai tomar. Uma leitura coletiva aconteceu e as mais variadas hipóteses e teorias surgiram. Como vocês podem perceber, é um livro que inegavelmente dá o que falar.

Continuará Varney, o Vampiro criando suas insidiosas artimanhas para enredar mais e mais aquelas pessoas? Qual seu verdadeiro intuito? Que mais partes do seu passado virão à tona?

Você só vai saber lendo!

site: https://cantodogargula.com.br/2021/10/05/varney-o-vampiro/
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D. João Gabriel 18/01/2022

Um vampiro humanizado
Finalmente terminei este volume! Estou sem fôlego para leituras mais volumosas e a rotina também não ajuda.

É um penny dreaful bem elaborado, até o momento. Vale muito a pena para quem gosta de estória com vampiro.

Há muitos diálogos deixando a narrativa bem fluida. O início possui um ar mais lúgubre, mas é inserido humor com a figura do Almirante e Jack.

A narrativa vai perdendo um pouco do terror e sobrenatural com a revelação do vampiro e sua humanização, de certa forma, não parece o vampiro Drácula com muitos poderes e sensação de invencibilidade.

Comecei a lê-lo num momento vibe de vampiro, mas a vibe passou e eu já estava doido pra outras leituras. Enfim, já quero os próximos volumes!
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André L. Pavesi 31/01/2022

Excelente leitura, uma verdadeira referência para quem busca as origens do mito vampiresco, além de uma edição primorosa, com o padrão de qualidade do pessoal da Clepsidra.
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Roberta Irds 30/11/2022

A espera valeu a pena
Varney, o Vampiro; ou O Banquete de Sangue foi um penny dreadful britânico publicado em Londres no decorrer dos anos de 1845 e 1847. Seus fascículos semanais ilustrados gozaram de imensa popularidade e inauguraram algumas das principais convenções da ficção vampírica, ajudando a consolidar a linhagem dos mortos-vivos. O primeiro volume possui os primeiros 47 capítulos de umas das obras de horror mais populares da Inglaterra Vitoriana.

A história começa com Flora Bennerworth sofrendo um ataque de vampiro. Ainda tonta e não entendendo o real significado do ataque, Flora não sabe dizer o que realmente viu.
A saúde da jovem começa a declinar e seus amigos e familiares ficam absmados com seu relato sobrenatural.
Em meio ao caos, somos apresentados a Sir Francys Varney, que possui uma estranha semelhança com o quadro do ancestral da família Bannerworth. Esse mesmo quadro fica pendurado no quarto de Flora.

Desse ponto em diante teremos mais de 500 páginas do horror gótico, mesclado com aventura e doses de humor. A leitura é extremamente fluída por possuir muitos diálogos. Algo bem raro para uma narrativa tão antiga!
Os personagens aparecem na história na dosagem certa e poucos não tem muita relevância.
A narrativa em terceira pessoa é essencial para ambientar o leitor na época do enredo.
O livro possui inúmeras ilustrações e todas originais do penny dreadful.

Ler Varney, O Vampiro foi uma experiência das mais incríveis para mim. Não apenas por seu valor histórico, mas também por ter sido o primeiro livro que apoiei em uma campanha literária!
Gostaria de agradecer imensamente ao trabalho primoroso, caprichado e impecável do @seboclepsidra .
Esperar realmente valeu a pena e eu não tinha dúvidas de que seria um dos livros mais lindos da minha estante (isso se não for o mais bonito) e também um dos meus favoritos!!
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Ismael.Chaves 16/10/2023

Uma obra-prima da literatura gótica
Editoras independentes como o Sebo Clepsidra, capitaneada por Cid Vale Ferreira, já se especializaram em navegar por mares obscuros e desconhecidos da Literatura, descobrindo e revelando tesouros que as editoras mainstream nem sonham ou ousam desbravar. Em parceria com a Editora Ex Machina, o Sebo Clepsidra trouxe a primeira tradução em língua portuguesa de Robert Aickman, o grande Mestre do Terror, admirado por autores como Neil Gaiman, S.T Joshi e Peter Straub, no livro "Repique Macabro". Foram responsáveis também pela primeira tradução de "Poderes das Trevas", a misteriosa versão sueca estendida do clássico "Drácula", uma recente descoberta que tem balançado o mundo literário e acadêmico - e já está disponível!

Mas, uma de suas empreitadas mais ousadas e desafiadoras foi, sem dúvida, a tradução do romance inglês "Varney, o Vampiro; ou, O Banquete de Sangue" (1845-1847), o penny dreadful mais lido, mais longo, e mais influente de todos os tempos. Estudiosos como A. Asbjørn Jøn afirmam que "Varney" foi uma grande influência para a tradição dos vampiros literários, incluindo "Drácula" (1897) de Bram Stoker. Muitos dos elementos clássicos de vampiros se originaram nessa obra: Varney tem presas, deixa duas feridas no pescoço de suas vítimas, entra por uma janela para atacar uma donzela adormecida, tem poderes hipnóticos e tem força sobre-humana. E, ao contrário dos vampiros posteriores, ele é capaz de andar à luz do dia.

Publicado anonimamente em fascículos semanais (o sucesso de um capítulo garantia a impressão do próximo), a edição original tinha 876 páginas de colunas duplas e 232 capítulos. Para esse projeto audacioso, a editora Sebo Clepsidra organizou uma coleção de luxo, dividida em quatro volumes. Neste primeiro volume, estão os primeiros 47 capítulos, fartamente ilustrados com desenhos originais da época.

Na trama, o leitor acompanha os infortúnios de uma nobre família em decadência, assombrada por um vampiro com sede de poder, destruição e sangue. A narrativa é muito ágil (mérito também da tradução feita à oito mãos talentosas e competentes de Carlos Primati, Marina Sena, Alcebiades Diniz e Thassio Capranera), com o leitor imerso nessa narrativa recheada de suspense, violência, romance e, pasmem, humor. Cada capítulo é um gancho que nos fisga a continuar lendo, sedentos para saber mais sobre os personagens e os antigos segredos que permeiam essa mistério sinistro.

Para quem já leu "Drácula", a comparação nos primeiros capítulos é inevitável. Parece que esse folhetim influenciou Stoker muito mais do que o sempre citado "Carmilla" de Sheridan Le Fanu. Há interessantes debates políticos e morais na história, o que enriquece a obra, tornando-a uma leitura extremamente atual e pertinente em muitos momentos. Edição memorável que vale cada penny...ops, centavo.
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