Francisco 04/01/2021
Athos, Porthos, até mais ver! Aramis, para sempre, adeus!
Essa história se passa na França do século XVII e é a última aventura de d'Artagnan e os três mosqueteiros. A sociedade francesa já não é mais a mesma que prezava a honra como antes. Agora é um meio onde a frivolidade e a bajulação imperam. d'Artagnan, já com cinquenta anos, é chefe dos mosqueteiros no reinado de Luís XIV. Porthos é barão e Athos mora em um castelo Blois, juntamente com seu filho adotivo Raul, o Visconde de Bragelonne. Aramis possui um elevado cargo eclesiástico como Superior Geral da Companhia de Jesus (Ordem dos Jesuítas) e seu poder e influência política são crescentes de forma que sua amizade com d'Artagnan e Porthos já não é mais verdadeira como outrora, tornando-se bastante ambicioso e ardiloso.
Todo o enredo gira em torno do mistério de Filipe, um prisioneiro encarcerado na Bastilha desde sua juventude sob a supervisão de Baisemeaux de Montlezun, o governador dessa prisão, por razões políticas desconhecidas, posteriormente condenado a utilizar uma máscara de ferro afim de ocultar-lhe o rosto em uma outra prisão, na Ilha de Santa Margarida . No entanto, ao longo da obra, depreende-se que a razão de sua prisão é ser irmão de Luís XIV e com esse ter muita semelhança física, para que não viesse a obter seu Reinado por direito, do qual foi privado por seu irmão Luís XIV e sua própria mãe Ana d'Áustria.
Aramis trama uma conspiração contra Luís XIV, ao aprisioná-lo na Bastilha e o substituir por seu irmão Filipe. Contudo a conspiração malgrada por muitas razões e assim a história se desenrola.
Uma curiosidade é que publicada em 1847, essa obra nunca teve o nome "O Homem da Máscara de Ferro", mas sim "O Visconde de Bragelonne", que na íntegra possui mais de 2500 páginas e possui pouquíssimas edições brasileiras.
Essa é uma obra com muito suspense, intrigas e muitos toques de aventura como é sinônimo de Dumas, seu autor. Recomendo a leitura desse inigualável clássico da literatura universal.