Jef 22/05/2021
APAGUEM MINHA RESENHA, POIS EU EXAGEREI NO TAMANHO DO TEXTO!
Bem, o que estou fazendo aqui mesmo? Deixe-me lembrar…
̶ ̶E̶u̶ ̶e̶s̶t̶a̶v̶a̶ ̶n̶o̶ ̶X̶-̶V̶i̶d̶e̶o̶s̶ ̶a̶s̶s̶i̶s̶t̶i̶n̶d̶o̶ ̶a̶…̶ ̶a̶…̶. Ah, é! Lembrei! Estou aqui pra resenhar o livro “Apaguem Ela Novamente” do Alberto Hupsel, a continuação do “Apaguem Ela Agora”! Isso!
“Apaguem Ela Agora", aquele ótimo livro nacional de fantasia e humor que eu resenhei em 2020. Até a Wlange falou sobre ele no Ficçomos, o maior canal de Escrita Criativa do Brasil (ela fala sempre isso nos vídeos).
Se não leu, leia tanto o primeiro quanto o segundo. Procure lá na Amazon que tá baratinho. Mais barato que comprar arroz nessa crise pandêmica!
Compra lá pra dar uma força pro autor, poxa. Ele merece muito. Prestigie autores nacionais, afinal a J.K Rowling já é milionária e o Stephen King também, né? Eles não precisam de mais mansões.
Pare de comprar livro de autoajuda - na verdade, não ajuda - desses coaches fuleiras e vamos dar dinheiro pra quem merece.#prontofalei.
[Fim do momento indignação]
Voltando à resenha. Isso, resenha (ou uma tentativa fracassada de resenha).
Se tem uma continuação, então quer dizer que Ela não foi apagada no primeiro livro, a há! Sou muito Sherlock Holmes!
Será que essa informação configura um spoiler? Claro que não. Era óbvio, né? Tão certo quanto corrupção política brasileira e influencer sendo cancelado no Twitter. Afinal, convenhamos, Ela é uma protagonista protegida pelo Deus Ex Machina e pela ferramenta de roteiro em forma de personagem chamada Mestre Zaixon; além de ter um poderoso Plot Armor (se não sabe procure no Google, DuckDuck Go ou Bing) a seu favor.
Óbvio que ela estaria viva pra continuação acontecer, não é mesmo? Até porque será uma trilogia ( 2+ 1= 3), ou seja falta mais um livro (sou ótimo em Matemática)!
E Ela a quem me refiro é a Trança Falante, a loirinha baixinha do mangual, a ̶ ̶E̶x̶c̶e̶l̶ ̶(̶d̶o̶ ̶a̶n̶i̶m̶e̶ ̶E̶x̶c̶e̶l̶ ̶S̶a̶g̶a̶)̶ ̶A̶r̶l̶e̶q̶u̶i̶n̶a̶ Anna! Não a irmã da Elsa, a nossa querida Protagonista com P maiúsculo, a inconfundível tagarela irritante e carismática Lady Anna (segundo o Baltazar)!
Informação: Anna, a cozinheira moradora da Vila de Aeris.
Eu poderia ‘tá matando, ̶f̶a̶z̶e̶n̶d̶o̶ ̶R̶a̶c̶h̶a̶d̶i̶n̶h̶a̶ roubando, mas estou aqui humildemente escrevendo esta resenha meta linguística no meu velho laptop Samsung RV411 nesta tarde de sábado, dia 22/05/2021.
Confesso que estava com preguiça de escrever porque dá trabalho. Tem que ligar o laptop ( notebook é caderno) que não está lá essas coisas, abrir o Libre Office e começar a digitar fazendo uma resenha metalinguística com piadinhas pra homenagear o livro, pra depois copiar e colar no Skoob e na Amazon. Poderia ter assistido a uma série da Netflix ou da Amazon Prime que era mais fácil, contudo esse ebookizinho merece meus dois centavos sobre ele.
Vamos então à opinião de um escritor amador independente nada profissional:
TO BE CONTINUED….
Brincadeira. Só pra dar um suspense.
Antes de começar a “resenha” pra valer (PARA! PARA! PARA! Momento João Kleber) quero avisar que sou chato. MUITO chato. Ainda mais com detalhes. Muito da minha chatice é apenas percepção pessoal/expectativa/interpretação/rabugice/fome, mas pra você que gosta de número, não se preocupe que a nota é 4/5, afinal 10/10 só pra morena do meu coração (que não existe).
Nota 4 é uma ótima nota. Nada contra você, Alberto, é que eu sou difícil, tem que me conquistar. Se você me comprar um pudim, quem sabe…
E olha, já tirei muito 4 no Ensino Médio. 4/10. E quase fui reprovado algumas vezes por isso, mas o assunto não esse, é a resenha. Foco!
Só dou 5 (ou 10 se for até 10) muito raramente (até pra valorizar a nota, né?) porque como disse, sou chato, a não ser que “Paguem Ele agora”, aí eu dou 5 até pro filme do Emoji, hehe =P.
Feitas as considerações, resenhemos! Já enrolei demais, né? Aprendi com a Anna. =P
“Apaguem Ela Novamente (2021)” é uma continuação de “Apaguem Ela Agora” (2020), ou seja, altamente recomendável que se leia o primeiro livro (dã!) principalmente porque alguns personagens importantes do primeiro reaparecem no segundo.
Não vou escrever sobre a sinopse porque está escrito na descrição do livro.¯\_(ツ)_/¯
Nessa continuação, Alberto Hupsel além de fazer um ebook maior (o primeiro tem 19 capítulos e o segundo tem 45), expandir o universo de Aeris, ou melhor, Nova Aeris, ele desenvolve muito bem as relações dos personagens, o que pra mim é, sem dúvidas, a maior evolução do livro, pois essa foi a minha maior reclamação na primeira resenha. Toda boa história que se preze precisa de bons personagens e boas relações humanas entre eles pra que nos importemos.
As relações, na continuação, passam a ter significado além de piadas. Passamos a nos importar com os personagens, torcer por eles e até temer pelas vidas deles nos momentos de tensão. Novas camadas de personalidade são apresentadas e outras reforçadas. Grande evolução!
O Plot vai se desenvolvendo de uma forma mais lenta que o primeiro livro, que é mais dinâmico justamente por ser menor e ter uma história mais direta, porém quando a história engata, ela vai a mil por hora numa montanha-russa de emoções.
Há muitos conceitos interessantes estabelecidos no Lore de “Apaguem Ela Novamente” como a Caixa de Pandora, Limbo, Os Guias, a história da Lua, do Secretariado, a revelação bombástica sobre o Mundo-Lá-De-Fora etc. Deixando o universo de Aeris expandido pra continuações e spin-offs.
Não sei se foram propositais ou estou viajando (provavelmente), mas consegui enxergar referências na trama de Jogador Número1, Congresso Futurista, Matrix, A Origem, Homem Animal.
Sei que o ebook/livro original tem inspiração em Doki Doki Literature Club, Thimbleweed Park e The Hex como li em uma entrevista dele, porém senti um pouco do que citei.
O livro/ebook tem uma história que mantém interesse sem perder o ritmo (algo crucial nos dias de hoje onde os celulares dominam nossas mentes e dados), e te faz (como uma boa comédia deve fazer) dar aquele Sorriso Maroto enquanto lê. Há passagens de Bom Gosto, outras cheias de Molejo, Swing & Simpatia.
A história conseguiu criar ótimos momentos narrativos experimentais. Algo louvável pra um escritor. Tais quais capítulos, trechos, como por exemplo, um em quem está escrito errado de propósito pra simular um revisor não profissional, um capítulo com narração mais séria e sombria como um Dark Fantasy, o estilo sangrento de George R. R Martin, entre outras boas sacadas.
Gosto muito de como o experimentalismo visual é feito pra casar com a narrativa do livro. Alberto utiliza de várias ferramentas pra contar a história sem ter medo de ousar. Admiro muito isto. Característica de bons storytellers.
E assim como a frase supracitada faz referência aos grupos de pagode dos anos 90, é importante ressaltar que o livro é uma overdose de referências que deixaria Deadpool e Capitão América com inveja. É referência (Às vezes até demais, passa um pouco do ponto. Algo que pode irritar e afastar leitores sem muita bagagem de Cultura Pop e soar como uma muleta narrativa) a tudo que se possa imaginar. De Elon Musk a Anime, Jogos, Mídias Sociais, Política e diversas outras que não lembro enquanto escrevo. É MU-I-TA coisa!
A maioria é, felizmente, bem encaixada nas descrições, diálogos e cenas. Ponto pro Criador de Aeris!
O que mais gostei, como alguém que finge entender de alguma coisa por ler alguns livros e assistir a alguns vídeos no Youtube (espera aí, tô falando do Felipe Neto!), é como o Alberto dosou bem o humor com o avanço de narrativa, os cliffhanges, plotwists e desenvolvimento de personagens com as relações deles. O grupo tá bem estabelecido e com espaço pra brilhar.
Das relações dos personagens principais, a que mais gostei, disparada, é o relacionamento de Anna e Makoto (sempre shippei!#Annakoto,#Makanna?).
As relações evoluíram além do humor. As duas funcionam muito bem juntas. O leitor atento suspeitava que toda aquela implicância de ambas sempre escondeu um carinho maior, pois em diversos momentos lemos sobre carinhos trocados entre as duas; desde deitar nos ombros, mãos dadas, abraços e … uma amizade bonita e sincera entre duas mulheres diferentes que se complementam, se respeitam e se amam.
Awn. *o*. Aê, passou no Teste de Bechdel! Parabéns! 10 pontos para Grifinória! Uhu!
Lacrou, miga! Sororidade!
Sempre suspeitei que a amizade das duas era mais que amizade (principalmente por parte da Makoto, pois a Anna só fala do Chris Remsuórti, mas até eu falaria, afinal o cara é o Thor!), e que havia uma tensão sexual no ar, um subtexto, e que neste livro foi bem explorada em uma cena muito bem descrita e carregada de emoção. Aquela cena lá perto do final quando…se você leu o livro você sabe.
Fico feliz que a Makoto ganhou mais destaque além de ser badass além das cenas de ação, o que já era esperado. O que + se destacou pra mim, + do que as boas descrições (e piadas com ela, a descrição) foram os diálogos. O elemento no qual muitos autores falham. Considero o segundo elemento mais importante de uma história, primeiro Narrativa e Personagens.
E neste livro, Makoto possui boas tiradas sarcásticas, que rivalizam com os da Anna e da Tereza.
Makoto, a ninja de dreads azuis, que porta uma espingarda e uma espada mostrou-se não ser uma Mary Sue da vida (cof, cof, Rey em Star Wars!), mas uma mulher que genuinamente se sente parte de um grupo de pessoas quebradas e que juntos juntam os cacos.
Sobre a Tereza, serei sucinto com ela: a carismática aranha ganhou mais destaque e momentos muito bons, além de ganhar uma metralhadora!
O Primeiro Leitor ou o Aranha-Homem continua sendo o sensato do grupo. O personagem que mesmo com a revelação no primeiro livro, ainda carrega mistério. Servindo perfeitamente como a balança entre a doida da Anna e a cabeça quente da Makoto. Tendo uma parte importante na trama uma das maiores revelações do livro tem a ver com ele). Se você leu, sabe qual é.
E eu não poderia esquecer de falar sobre Baltazar, o fã número 1 de Anna Lady Lunara, que continua sendo um alívio cômico ̶c̶a̶c̶h̶a̶c̶e̶i̶r̶o̶, mas teve um pouco mais de profundidade na história.
Na continuação, por ser maior que anterior, os personagens brilham mais e tiram o foco do protagonismo de Anna. Algo que muito me agradou. Exceto o Mestre Zaixon, que é apenas uma ferramenta de roteiro pra ajudar a Anna através da luva, mas tá tudo bem, é a função dele.
Deixando grupo principal de lado e falando sobre os novos personagens, meus destaques vão pra Vlada, Joana e o Chefe. Vlada, a vampira popstar que também aparece como alívio cômico, Joana do Secretariado com seu cigarro gordo entre os dedos e seu ar de mistério e o Chefe, que aparenta ser um estereótipo de personagem vilanesco pra dificultar os protagonistas, mas não é. Ele tem um background interessante, justamente por ser baseado no [palavra apagada] assim como o [palavra apagada].
O Secretariado é uma organização bem real em um livro de ficção cujo objetivo é o que Marketing e a Publicidade fazem. Um ponto muito interessante abordado e um dos mais altos da história.
A revelação sobre o Secretariado é bem construída e faz total sentido com o final do primeiro livro dando a trama uma nova urgência e um sentido pra existir sem soar forçado.
Quanto ao Sphinx e o Sander *Ribbit*, eles cumprem seu papel sem muito destaque, só são excêntricos. E falando em excentricidade, adorei o design dos Anjos Alados. Também achei legal os Anjos Não Alados, os Tribais, os Tatuados, Robôs e toda as maluquices que Anna & Cia encontram pelo caminho rumo à Cidade Apocalipse.
Gosto dessa aleatoriedade de personagens e das brincadeiras com o gênero.
Eu poderia – e até queria – escrever muito mais coisa sobre o livro, mas tudo precisa ter um fim. A “resenha” está enooooooorme. Eu avisei que eu exagerei no texto no título da resenha. Aqui não tem Clickbait! ò.Ó
Poderia escrever sobre as boas piadas, sobre como Alberto não tem medo de tomar um belo processinho (deve ser porque ele é advogado) ao zoar marcas famosas e celebridades. Como, por exemplo, a MELHOR marca de eletrônicos deste país, a Positivo. Gosto tanto da Positivo que meu Laptop é da Samsung.
E mais corajoso ainda é falar de K-Kop porque essas meninas de 12 anos com avatar de cantor coreano são o demônio nas redes sociais. Pior que militante chato cancelador lacrador de esquerda e que os Bolsominions negacionistas fundamentalistas de direita, cuidado!
Finalizando, pois sei que muita gente tem preguiça de ler textos maiores que duas linhas, ainda mais um ‘textão’ como esse, acredito que a história expande o universo e cria possibilidades pra uma continuação tão épica quanto este livro.
Mais fácil seria resumir tudo num emoji. Assim ó: ---> :). Minha reação ao ler.
A minha maior crítica do livro é: a ausência de separação dos capítulos igual no primeiro livro pra facilitar na procura deles sem ter que lembrar as posições e páginas em que eles se encontram.
Assim seria mais fácil pra reler e tirar dúvidas sem ter que ir e voltar (eu disse que eu era chato... e preguiçoso
¯\_(ツ)_/¯).
“Apaguem Ela Novamente” consegue superar “Apaguem Ela Agora” na minha humilde opinião fecal nada profissional totalmente achista e subjetiva por todos os motivos citados acima.
É um livro com passagens memoráveis e que com certeza foi escrito em meio a muita droga, quero dizer, diversão pelo autor. O carinho que ele tem pela história transparece pros leitores. Ao menos pra mim transpareceu. Ele é realmente um apaixonado por Cultura Pop.
Vale muito a pena ler "Apaguem Ela Novamente" pra conhecer a boa escrita de Alberto Hupsel e os personagens que não só vivem em Aeris, mas que agora já vivem e viverão pra sempre no meu coração.
Awn, terminou bonito, né? *---*