O homem que viu tudo

O homem que viu tudo Deborah Levy




Resenhas - O homem que viu tudo


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Montenegro 27/06/2021

Bem escrito. A estória é um mosaico que deixa aberto ao leitor o que realmente ocorreu com o narrador e protagonista Saul Adler. Imaginação ou realidade?
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@buenos_livros 05/07/2021

O Homem Que Viu Tudo - Deborah Levy ??/???????
?Walter?, perguntei, ?onde fica o Muro? Não estou vendo.?
?Ele está em todo lugar.?
-
. O Homem Que Viu Tudo (2019)
. Deborah Levy ??/???????
. Tradução: Ana Ban
. Romance | 230p.
. @todavialivros
-
. Um livro que pode ser dividido em duas partes: a primeira, até a metade, é confusa mas prende e cria sentimentos mistos em relação aos personagens. A segunda esclarece, conecta os pontos e explica o porquê de tantas críticas positivas. É uma leitura inteligente e sensível, daquelas que você acha o enredo é sobre uma coisa, mas te entrega outra bastante diferente. Recomendo muito. Não foi uma leitura coletiva, mas as trocas com @readandthink_2018 ajudaram a deixar a leitura mais interessante.
. ??????????
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stopmakingsense 26/10/2024

?O negócio é o seguinte, Jennifer Moreau? ? minha voz estava surpreendentemente alta ?: ?Eu não perdoei você.?
?Eu também não perdoei você, Saul Adler.?

Eu pensei bastante sobre o que escrever a respeito desse livro. São tantos pensamentos, tantas sensações, que não sei se serei capaz de reproduzir com fidelidade o que senti lendo o homem que viu tudo.

Gostaria de começar elogiando a criatividade e a escrita da Deborah Levy. Eu amo o tipo de livro que a gente vai lendo e não faz ideia do que vai acontecer, de quais decisões os personagens vão tomar. Adoro ser surpreendida. Eu me sentia sobressaltada a cada desdobramento não previsto. E que escrita deliciosa! Às vezes, a história ficava um pouco monótona, mas eu não conseguia parar de ler. Tinha a sensação de que a autora me pegava pela mão e me guiava pela RDA e, posteriormente, pelos corredores de um hospital na Inglaterra.

E o que falar dos personagens? Muito palpáveis, muito críveis. Foi quase como sentir que eu acompanhava Saul Adler por suas viagens e interagia com as mesmas pessoas que ele. São personagens bem humanos, cheios de defeitos e qualidades, que tomavam decisões equivocadas e feriam pessoas, mas suscitavam sentimentos de cuidado e empatia. Senti raiva de alguns e carinho por outros, mas nunca fiquei inerte.

Essa é minha segunda leitura da Deborah Levy, e acho que essa é uma característica dela: criar personagens tão fortes e presentes que o pano de fundo acaba ficando em segundo plano. São as pessoas e suas complexidades que nos levam pela mão através das páginas de seus livros. É claro que, aqui, a trama e o local são relevantes, mas os personagens brilham tanto que, às vezes, isso era tudo o que importava para mim. Senti imensas saudades do Saul e da Jennifer quando tudo acabou.

Enfim, não sei se consegui descrever nem a metade do que senti lendo esse livro. Espero, de todo coração, que mais pessoas leiam esse livro e tenham experiências tão positivas e marcantes quanto as minhas. Cada página, cada palavra, cada vírgula, vale muito a pena.

?Já não era mais um historiador menor. Talvez eu fosse a história em si, atirando para todos os lados, às vezes todos ao mesmo tempo.?
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niegecr 12/07/2021

Estava bom, até que veio o plot twist...
Digamos que até a metade do livro, eu estava realmente gostando da narrativa, as cenas eram retratadas na Alemanha dividida pelo muro, mostrando a tensão e escassez de insumos daquele local e um romance que nasceu no meio de todo esse cenário. Até que... veio o plot twist e, meus amigos, foi só ladeira abaixo!
Pra mim a história se perdeu, o romance se perdeu, tudo ficou sem um significado, acabou se tornando um enredo sem sal (e sem pé nem cabeça).
No todo, acabei ficando no meio a meio. É bom? Não. Mas também não desgostei.
Nota 2/5.
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Ana Paula 25/01/2022

O livro é dividido em duas partes. A primeira, em 1988, é mais linear, narrativa, onde acompanhamos o término de seu relacionamento e as suas experiências do lado de lá do muro. Já a segunda parte, em 2016, é não é linear, fragmentado, por onde circulam espectros e lembranças, onde o passado se mistura com o agora, refletindo a mente confusa do próprio personagem. O protagonista aqui é um homem de meia idade, preso em uma cama de hospital após um segundo acidente em Abbey Road. Se a História, com H maiúsculo, é cíclica, composta por repetições, assim é também a vida íntima, a história menor. Acompanhá-lo em suas experiências e descobertas, as desilusões amorosas e
a paranóia na primeira parte nos ajuda a entender este ser fragmentado e frágil que descobrimos na segunda. Ou seja, um coração e uma mente alquebrados pelo tempo, pelas separações e pela culpa. Ele já não se reconhece naquele que o encara através do espelho. ?Eu era um homem em pedaços?. A autora entrelaça passado e presente, cabe ao leitor a montagem deste quebra-cabeça complexo e repleto de peças faltantes que é o seu protagonista. O homem que viu tudo é um romance múltiplo. É sobre a liberdade do desejo, sobre a fragilidade da memória e a incerteza das lembranças, sobre as consequências de nossas ações. É, também, sobre os fantasmas da culpa que retornam ou, na verdade, estão sempre ali, vigilantes, nos espionando. Recomendo a leitura!
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