Clube do Farol 08/08/2022
Resenha por Jamile @miledantas_literaria
Atenção! Pode conter spoilers do Livro 1
Olá, faroleiros!
Olha eu aqui novamente! Já estava com saudades de trazer resenhas para vocês!
Depois de enfrentar e vencer o enigmático Homem da Capa Preta, a nossa querida Serafina finalmente está de volta em mais uma aventura surpreendente na mansão Biltimore. Agora, o senhor e a senhora Vanderbilt, donos da propriedade luxuosa localizada entre as montanhas, sabiam da sua existência e eram gratos por sua ajuda dias antes. Nossa caçadora oficial de ratos, ou C.O.R, como o pai a nomeou, podia caminhar livremente pelos cômodos da casa, ao invés de se esgueirar pelos cantos.
Já fazia semanas que ficava observando e aguardando, como uma sentinela em uma torre de vigia, mas não fazia ideia de quando os demônios viriam ou que forma adotariam. Sua preocupação mais sombria, no fundo, quando pensava nisso seriamente, era se seria forte o bastante e esperta o suficiente. E se terminaria como o predador ou a presa.
Mas ela andava sempre alerta e seus instintos pareciam levá-la a vigiar constantemente a floresta. Em um de seus turnos de reconhecimento, Serafina dá de cara com um ser maligno que acabou de desembarcar de uma carruagem que viajava no meio da noite. E esse ser não é nada como ela já tenha visto. Dotado de uma aura sombria e carregando um cajado mágico, a figura parece estar em busca de algo. A princípio, Serafina não entende do que se trata e é aí que o mistério começa. Após uma intensa batalha, nossa C.O.R. percebe que está diante de alguém poderoso e agora, não só a mansão, moradores e visitantes estão em perigo, mas até os animais da região também, incluindo sua mãe e seus irmãos.
Claro que depois de um final como o de Serafina e a Capa Preta, a gente não podia esperar menos dessa sequência, né? Começamos a leitura já mergulhando em um embate mortal entre Serafina e o Maligno, o que gera o enigma crucial na trama: “quem era aquele homem?”. Ao mesmo tempo, chega à mansão o enigmático Detetive Grathan, que investiga incansavelmente, o desaparecimento do senhor Thorne. Para isso, ele interroga todo mundo, inclusive Serafina e Braeden. Sim! O amigo e 🤬 #$%!& mplice de Serafina também está de volta com toda a sua bondade e carisma, assim como se fiel cão Gideão. Instigados a buscar respostas, os dois se juntam novamente em mais uma aventura. Novos personagens também aparecem no desenrolar da história, como Essie, Lady Rowena, Waisa, o senhor Olmsted e o próprio Detetive Grathan. Quem é o amigo e o inimigo?
Serafina e o Cajado do Maligno nos convida a um universo fantástico em meio a novos desafios enfrentados pela nossa protagonista. Depois de construir uma bela amizade com Braeden e descobrir sua verdadeira origem no livro 1, ela agora terá que usar toda a sua força e perspicácia para superar o inimigo. A aventura nos leva a conhecer mais um pouco sobre a construção da mansão Biltimore, que, para quem não sabe, existe de verdade. Inclusive, Robert Beatty traz no final do livro um convite para conhecer o lugar que fica em em Asheville, na Carolina do Norte. Ele também conta quais personagens viveram de fato e garante que visitou muitos dos cômodos descritos nas páginas do livro.
A narrativa segue como no primeiro livro, em terceira pessoa, o que, para mim foi uma escolha assertiva de narrador, pois ela permite descrições primorosas dos cenários da mansão e dos seus arredores. Apesar de termos uma visão mais ampla dos personagens e suas ações, graças a esse tipo de narrativa, o mistério sobre a identidade do inimigo é preservada até o fim. O que me chamou a atenção nessa continuação é que ainda existem aspectos sobre a origem de Serafina que ela precisa desvendar e revelações inusitadas que só lendo para descobrir.
O ritmo da trama é empolgante até o seu desfecho, outro ponto positivo. Ficamos presos ao desenrolar dos fatos até que, quando vemos, estamos nos últimos capítulos. Isso se dá graças também a um bom trabalho de tradução e edição da Editora Valentina. Diante de tantos aspectos, posso afirmar que Serafina e o Cajado do Maligno é uma leitura fluida e bastante empolgante. Recomendo muito!
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