lilyloren 15/06/2021
Horrível
Eu não sou a maior fã do trabalho da L.J mas como me apaixonei por The Villain estava com as expectativas altas para The Monster e bem, a autora me lembrou porque não gosto dos livros dela. Apenas pelo prólogo já tinha suspeitas que não ia gostar, pois além de enorme, os personagens não me encantaram, mas não conseguiu ser pior que o primeiro capítulo. Foi uma das coisas mais vergonhosas que já li com certeza!
Primeiro temos a Aisling, que é a típica personagem que tem toda a vida planejada por seus pais, que é vista como tímida, mimada, mas que tem um lado que ninguém imagina. Ela tem uma vida difícil em sua casa devido a seus pais, que são as pessoas mais egoístas e problemáticas existentes, e ela me irritou um pouco no começo do livro, mas depois fui sentindo empatia e por isso digo que era melhor ela ter arrumado outra pessoa. O Sam é uma cópia de todos os outros personagens masculinos da L.J, seu único diferencial é que acho que ele consegue ser mais chato que quase todos eles, pois só sabe passar o livro inteiro se chamando de monstro (sério a autora realmente amou essa palavra!).
Agora vamos para a história. Primeiro, esse plot de vingança foi uma das coisas mais patéticas que já li. O Sam passa todo o começo do livro falando como não se importa com a mãe dele pra logo após sua morte achar umas cartas de caráter bem duvidoso que ela escreveu para o pai da Aisling, e depois disso resolver fazer uma vingança no nome dela. Isso só serviu pra termos a Aisling enganando ele e mostrando que só porque é loucamente apaixonada por ele não deixaria ele destruir sua família, mas suspeito que ela só escreveu isso pra enrolar a história e fingir que o Sam tinha uma personalidade. Outro tópico: o pai da Aisling pagar a mais para ele não tocar nela. QUAL FOI A PORRA DO PONTO????? Se isso fosse bem explorado eu aceitaria, afinal não é a coisa mais absurda que a L.J já escreveu, mas só temos uma explicação ridícula no final do livro e que não fez sentido nenhum, além de não acrescentar em nada na história, afinal eles não poderiam se importar menos com isso. A repetição da palavra monstro foi completamente desnecessária e a tentativa fracassada de fazer parecer que eles eram ambos monstros foi ridícula. Eu senti falta também de momentos da Aisling com as amigas, elas aparecem muito pouco e quando aparecem é apenas pra chamar atenção da Aisling em relação ao Sam. Senti falta da dinâmica divertida e das conversas interessantes que elas tiveram nos outros livros. Esse livro me desagradou tanto que até o Cillian eu não consegui gostar.
Agora sobre o casal, não consegui sentir química nenhuma deles. A Aisling sempre foi apaixonada pelo Sam desde seus dezessete anos e criou uma conexão na cabeça dela que eu fiquei o livro inteiro tentando enxergar, mas realmente não existia nada ali. Quando ela resolve desistir dele e ele começa a sua busca pelo seu perdão e amor eu realmente achei que a qualquer momento ela iria descobrir que na verdade o que ela sentia não era amor mas sim uma carência devido a vida que ela levava, porque sério a maneira que ela falava não me soava nem um pouco apaixonada mas sim apenas obcecada, uma coisa que ela sempre quis mas nunca pôde ter. O Sam deixa claro que nunca gastou muitos momentos da sua vida pensando na Aisling, mas quando decidi reeconquista-la descobre magicamente que sempre a quis. De verdade, em um capítulo ele fala que nunca prestou muita atenção nela e nos próximos já diz que dormia com outras pensando nela (grande declaração), que aceitou o trabalho com seu pai por sua causa... Enfim, a falta de coerência típica desta autora. Pra mim o desenvolvimento do casal foi horrível, assim como do livro todo. Parecia que ela tinha escrito várias cenas isoladas e juntou todas para fazer este livro. Não posso deixar de mencionar também como foi engraçado ler a Aisling querendo que o Sam lutasse por ela enquanto ela fazia todas as vontades dele mas sem querer aceitar um relacionamento, e logo depois aceitando logo o casamento (devo dizer que aquela proposta foi horrível). Outra coisa, em 80% tudo já estava resolvido e eu fiquei pensando qual seria o drama que a autora iria inventar pra preencher os últimos 20% e como típico da L.J tinha que ter um drama no hospital.
Por último, não posso deixar de falar como me indignou a autora querer colocar como se, apesar dos pais da Aisling viverem um relacionamento completamente TÓXICO, eles ainda se amassem. Me desesperou ler aquilo. A única coisa minimamente boa deste livro é que a Aisling não se humilha tanto quanto eu pensei que ela faria, e que consegue se impor em alguns momentos necessários. De resto é um livro horrível e não recomendaria pra ninguém, me tirou toda a vontade de ler o livro da Belle, mas realmente espero que não seja tão ruim como este ela não merece isso.