ArthurmalariA 26/07/2022
God of Thunder
13/2022
Egocêntrico e obstinado são adjetivos para descrever o baixista da melhor banda de rock de todos os tempos. Não surpreende que o livro de sua biografia traga o nome do KISS em primeiro plano. Chaim Witz, The Demon, ou melhor GENE SIMMONS é fundador e baixista e vocalista do KISS. Junto com Paul Stanley é o único membro original da banda que atravessou anos e tormentas, e hoje segue em sua derradeira turnê - pelo menos uma das derradeiras. Nesse livro conta como que um judeu nascido em Israel foi parar no Queens nos EUA, aprendeu a falar inglês lendo quadrinhos (Gene foi, inclusive, professor de inglês), aprendeu a tocar guitarra, mas optou pelo baixo pra "ser diferente" e montou a banda mais quente do mundo. Gene conheceu Paul Stanley, de quem não gostou muito de início, mas logo percebeu que encontrara alguém tão obstinado em ser famoso quanto ele. Gene criou um negócio junto ao KISS, seu tino pelo marketing e pelas possibilidades de comercializar sua banda elevou os parâmetros até então conhecidos por esse mercado. Galinhão, gaba-se de ter pegado muitas mulheres em sua carreira, namorou Cher e Diana Ross, e se casou com a coelhinha Shannon Tweed depois de mais de 20 anos de um "não casamento". Tudo isso Gene conta nesse livro, além de muitas histórias de bastidores e tretas com os outros membros da banda, onde deixa bem claro seu grande desgosto pela forma que Ace e Peter (principalmente este último) lidavam com a vida e a fama. Sem muitas papas na língua, esse livro é uma leitura obrigatória para qualquer fã da banda, minha única tristeza é que seja tão desatualizado, já que foi lançado em 2001. As histórias contadas aqui são as mais famosas da banda, tendo sido repetidas tantas vezes que provavelmente tenham se tornado verdadeiras, depois de ter lido "Não me arrependo" do Ace Frehley, e acreditando na maior parte do que Gene fala aqui, continuo achando que Ace e Peter são dois sujeitos que ganharam na loteria duas vezes e rasgaram os tickets. Agora me falta apenas Make-up to Breakup do Peter Criss, que é o que tem a pior edição, mas pretendo ler assim mesmo. 10/10