Entre matas, rios e igarapés

Entre matas, rios e igarapés Bruno Rafael Machado Nascimento




Resenhas - Entre matas, rios e igarapés


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><'',º> 07/08/2021

"ENTRE MATAS, RIOS E IGARAPÉS é um livro que provoca um encantamento. Mas como assim? Em cada capítulo, a riqueza de detalhes permite-nos encantar e imaginar cada passo trilhado para a formação do nosso Amapá, 'este solo fértil de imensos tesouros' como menciona o próprio hino. A narrativa escolhida pelo autor Bruno Machado cumpre a missão de mostrar o protagonismo indígena; mostrar que os indígenas não foram passivos e apenas aceitaram a invasão e violação de seus direitos básicos, mas lutaram bravamente, usando de todas as suas forças e astúcia. Desistir nunca; resistir sempre."

TAYANNE MACHADO
(revisora e esposa)
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R...... 13/09/2021

O livro aborda o contexto histórico do Amapá no período colonial, aspecto em evidência na nova geração de pesquisadores e historiadores da atualidade, como o professor Bruno Nascimento, que contribui nesse seguimento com essa obra valorosa sobre os povos indígenas e a chegada dos europeus e africanos nas terras do "Cabo Norte", em interações e desdobramentos diversos que caracterizaram a colonização.
A leitura deixa em evidência importante realidade: a ressignificação de fatos históricos, como o protagonismo indígena, a interação com os religiosos em peculiaridades diversas e a história de povos de origem afro no contexto. Todas com desdobramentos até então pouco conhecidos, impactantes e importantes.

São cinco os capítulos:

"Sem eles (indígenas) por muito grande presídio que haja é nada, e com eles o pequeno presídio é muito" - As participações indígenas nas guerras do Cabo Norte, primeira metade do século XVII
Abordagem sobre as interações entre diferentes colonizadores europeus e o protagonismo indígena que determinou os rumos históricos. É uma das partes mais interessantes do livro.

"Aquela inculta vinha do Senhor" - As interações entre padres jesuítas e indígenas no Cabo Norte na segunda metade do século XVII
As táticas para sobrevivência, proteção e estabelecimento entre a Companhia de Jesus e indígenas, com ressignificações de condutas nos dois lados.

Sobre vivências negociadas - Indígenas e Jesuítas franceses no Oiapoque setecentista
Traz relatos sobre as missões, onde ocorreram histórias viscerais.

A construção da povoação de São José de Macapá - Indígenas, açorianos e militares
Destaque também para o capítulo, em suas abordagens sobre o estabelecimento de Macapá. Muito se fala popularmente sobre os Tucujus com imprecisões da representatividade. O autor desmistifica o fato numa abordagem reveladora, onde a ressignificação histórica é notória.

"Ouzarão vir furtar descaradamente, e buscar novos companheiros, quando ouzavão até por fogo às cazas" - As fugas de africanos e seus descendentes da Vila de São José de Macapá
Sobre povos africanos em suas interaçõe e ações no contexto colonial, com estabelecimento de mocambos, especialmente na região do Contestado, em suas razões e impactos. Leitura fascinante.

O livro é rico em informações para a sociedade e Hiistória amapaense.
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