A origem da tragédia

A origem da tragédia Friedrich Nietzsche




Resenhas - A Origem da Tragédia


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Carla.Floores 04/04/2024

Nem toda criação é arte.
Se você quer obter uma informação, não pergunte a terceiros, vá direto na fonte.
E foi isso que Nietzsche fez ao basear seus estudos para esta obra nos gregos, afinal, foi ali que nasceu a filosofia. E como já li em Kierkegaard, a filosofia nasce na própria filosofia. No questionar, no refletir.
O que pude entender desta obra de estreia do bigodudo é o cerne de tudo o que vem depois no pensar e no sentir: a vida é tragédia e drama. A vida é dual. Dissonante.
Nietzsche usa a religião como analogia para demonstrar o poder do mito nas massas. Assim como a música, o coro, o teatro expressa, manipula e influencia àqueles que toca. E além disso, não só os que tomam conhecimento dessas artes mas principalmente aqueles que a criam, o que para Nietzsche não parece haver nada pior. Para ele, nem toda criação é arte.
E por se tornar tão acessível, alcançar tantas pessoas, popularizar-se, a arte deixa de ser arte quando o apreciador não tem os requisitos eruditos para compreendê-la.
Ele expressa um orgulho imenso pelo espírito alemão.
A arte não é apenas uma imitação da vida, ela é a transcendência da mesma.
Dionisíaco e apolíneo se complementam.
É engraçado falar de Nietzsche no presente narrativo, tão marcante ele foi.
Há quem o ache misógino (e sim, nesta obra ele refere-se pejorativamente do “feminino”) e xenofóbico (só o alemão!alemão!alemão!), e em tratando-se de Nietzsche é difícil separar o autor da obra, porque ele é todo ela. E vou, humildemente, arriscar um filosofar parafraseando o mesmo: humano, demasiadamente humano, ser humano imperfeito e dele coisas perfeitas se originam.
O cara É foda! Ele vive.
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Taysk 24/07/2009

Tragédia para Nietzsche...
Os gregos são considerados, pela filosofia tradicional, a sociedade mais civilizada, racional e harmônica reverenciada pelas suas formas perfeitas. Mas, para Nietzsche, os gregos eram irracionais, anárquicos e selvagens, pois eles criaram o mito trágico. Mas, como uma sociedade tão alegre e festiva pode ter criado a tragédia, onde é representada a dor e o sofrimento do Universo?
Antes de qualquer coisa, falemos do que é o apolíneo e o dionisíaco para Nietzsche. O dionisíaco faz menção a Dionísio que é a representação do irracional, do festivo, da quebra com a civilização e com as regras, não acreditando na moral. Ao contrário dos elementos dionisíacos, os apolíneos, que fazem menção a Apolo, são a harmonia, o racional, civilizado, com formas perfeitas e que acreditando na moral.
A teoria estética de Nietzsche é explicada no coro trágico onde, no anfiteatro, o publico se junta com a representação tornando-se um só elemento. Durante a representação, o individuo é ele mesmo e ele não representa verdadeiramente, ele “externa” o que sente, o seu irracional, ele sai da civilidade mostrando seu verdadeiro “ser” que é cheio de dor, mas, quando acaba a atuação ele volta para a mesma civilidade de outrora.Na representação trágica, a comunicação publico x ator não é mais o enredo mas, sim, uma transmissão que ultrapassa os limites do individuo, misturando ele no todo.
Por isso, no mito trágico (na visão de Nietzsche), o elemento dionisíaco se sobressai ao do apolíneo, pois, este é civilizado e racional e aquele é representado na própria tragédia, como o irracional.
Agora sobre a moral, no começo da civilização, ela era apolínea, porque acreditava na moral, era civilizada e acreditava em um Deus superior a tudo, mas, no pensamento de Nietzsche esta mentalidade é um afastamento da realidade trágica dos gregos. No mito trágico dos gregos, há um reconhecimento da dor e sofrimento do universo. Esse afastamento é um afastamento da teoria estética, onde não há fim bom e justo para o universo, nele há a dor e, neste Universo os homens estão em constante luta uns com os outros. Ou seja, na relação entre homens não há consideração da moral então, a moral é uma invenção humana, uma ilusão criada pelo individuo porque ela era necessária, mas, que agora é prejudicial ao homem que não pode ser nobre.
Enfim, o mito trágico criado pelos gregos, é uma representação simbólica do dionisíaco que está presente no ser de todos os homens. O dionisíaco é manifestado pela representação e esta é o apolíneo, que se preocupa com a boa aparência. O “mundo civilizado” renega-se a si próprio nesta representação mostrando a verdadeira forma do individuo, o fundo e a dor originais.


Obs.: Percebe-se o quanto Nietzsche "gosta" dos gregos, não é mesmo?
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Hugo 10/11/2013

Uma obra densa..
Não compete a mim avaliar essa obra nos moldes de um leitor que tenha bagagem em filosofia e artes. Procurei entender esta obra até onde conheço sobre Nietzsche, fui medíocre na busca de conhecimento, não busquei em outras fontes pra estar à par da leitura. Por esse motivo à considero uma leitura densa, complexa, pois é exigido do leitor (pelas dificuldades pessoais que encontrei) uma compreensão profunda sobre o que se passava ou qual era o tipo de pensamento da época em que o autor viveu e de sua formação acadêmica e subjetiva.
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Ismarina 10/06/2024

Nietzsche sugere que a cultura moderna precisa de um renascimento do espírito trágico para superar o niilismo e a decadência moral.
Ele vê na música de Richard Wagner uma possibilidade de ressurgimento desse espírito, acreditando que a arte pode reconciliar novamente as forças apolíneas e dionisíacas.
Apolíneo: Representa a ordem, a razão, a harmonia e a beleza. É associado ao deus Apolo e à escultura clássica. Nietzsche vê o apolíneo como a força que proporciona forma e estrutura à arte.
Dionisíaco: Simboliza o caos, a paixão, a desordem e o êxtase. É associado ao deus Dionísio e ao culto à música e à dança. O dionisíaco é a força primordial e irracional que quebra as barreiras do indivíduo, levando-o a um estado de comunhão com a natureza e os outros seres humanos.
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Malice 12/01/2014

Para iniciantes
Obnubilada: o verbo é antigo mas a sensação é bastante comum nos dias de hoje - na maior parte das vezes não tem a ver com o entendimento de um livro, obviamente. Mas foi como me senti nos primeiros capítulos deste livro, considerado "fácil" para entendedores de Nietzsche. Tive vontade de desistir de entender seu pensamento, ao perceber que, diante do "mais simples" eu não captava nada... Mas... uma mudança estranha aconteceu da metade do mesmo até o fim: entendi sim as colocações e reflexões do filósofo. E, ainda que ele mesmo faça muitas críticas a este pequeno livro, agora deu vontade de "quero mais". ;-)
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Paturi 23/01/2014

Primeira obra de obra, meu livro favorito dele.
O Nascimento da Tragédia ou Helenismo e Pessimismo, título dado por Nietzsche posteriormente é uma obra que se propõe a se um tratado de filosofia e de filologia, carregada por um linguagem literária e panfletária embora flerte com uma dissertação mais tradicional. É um livro que pode ser lido por si mesmo, mas sem a compreensão ou conhecimento das questões que o livro se propõe a discutir empobrece muito a compreensão.
Nesse livro Nietzsche desenvolve uma teoria da tragédia de apoiando nas categorias de Kant e Schopenhauer e igualmente na crença de um renascimento da arte trágica.
O livro discute a música alemã e faz críticas a ópera. Nietzsche também possui uma compreensão muito peculiar.
Mas o livro se contradiz dentro daquilo que se propôs, mas antes de qualquer coisa, O Nascimento da Tragédia é um hino de louvor a vida.
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nana.boobies 13/01/2023

Unheeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeunheeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeunheeeeeeeeeeeeee
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