Senta que nem moça

Senta que nem moça Marcela Mc Gowan




Resenhas - Senta que nem moça


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Tainá 26/09/2024

Leitura basica e muito importante sobre autoconhecimento, sexualidade e limites. Considero fundamental para jovens!
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Maduda3 22/06/2024

Muito necessário
Comecei achando que eu não iria aproveitar tanto esse livro porque pensei que seria raso e falaria coisas que eu já sabia, mesmo assim decidi dar uma chance. Acabei me surpreendendo ao longo do livro porque de fato tratou dos assuntos de maneira mais aprofundada e inclusiva. Recomendo muito, principalmente as mulheres.
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Carla.Parreira 08/03/2024

Senta que nem moça: um guia descomplicado sobre sexualidade e prazer (Marcela Mc Gowan). Melhores trechos: "...Para a manutenção das mulheres nessa 'roda de rato' atrás do ideal de beleza, é necessário que haja um padrão defnido, algo a ser seguido e buscado. E não é de hoje que esses padrões existem. Ao longo da história, eles foram sofrendo alterações, e o que era considerado belo, em geral, se relacionava àquilo que simbolizava poder em cada época. PRÉ-HISTÓRIA - A fertilidade era fortemente celebrada nesse período. As esculturas encontradas, portanto, apresentavam corpos femininos voluptuosos, com seios fartos, quadris largos e barriga proeminente. ANTIGUIDADE - Para os gregos antigos a beleza não estava no corpo feminino. A beleza era qualidade do corpo masculino. Nas artes, o corpo feminino belo era representado próximo ao padrão masculino, com poucas curvas, braços e pernas fortes, o rosto sereno ou mesmo inexpressivo. IDADE MÉDIA - Amplamente infuenciada por valores religiosos, na Idade Média a beleza passa a ser entendida como consequência de pureza, obediência e devoção. Na arte, a representação de nudez que cultuava o corpo sai de cena, dando lugar ao recato. O corpo das mulheres era considerado, acima de tudo, um elemento de tentação. A beleza, nessa época, passa a ser intimamente conectada ao divino e às virtudes morais. As vestimentas, então, eram volumosas e tinham a intenção de esconder o corpo. RENASCIMENTO - Os valores humanistas ganham força novamente e a sociedade volta a valorizar o corpo feminino, tendo como modelo de beleza mulheres mais curvilíneas, de ancas largas e seios generosos. O excesso de peso era típico dos abastados e nobres, da classe dominante, já que o seu modo de vida era abastecido dos melhores alimentos da época e se afastava de qualquer atividade física desgastante. Assim, estar acima do peso era associado ao poder, fosse financeiro ou político. Mulheres magras eram vistas como pessoas sem saúde e sem graça, desprovidas de beleza. SÉCULO XVII - Com o passar do tempo, os corpos magros começaram a ser cada vez mais valorizados, e qualquer sacrifício era válido para alcançá-los. Esse período foi altamente marcado pelo uso de espartilhos, que eram importantes “aliados” das mulheres na conquista do ideal de corpo que foi se estabelecendo: cintura fina e marcada, quadris largos e seios proeminentes. As saias volumosas também eram utilizadas com esse objetivo. APOS 1920 - A Revolução Industrial, que colaborou para os avanços na luta de emancipação das mulheres, trouxe mudanças profundas nos padrões de beleza e no vestuário. O ideal contemplava corpos mais magros e, como consequência da busca por direitos e igualdade de gênero, visuais andróginos, com poucas curvas e cabelos curtos. Muitas mulheres usavam achatadores para comprimir busto e quadril, deixando o corpo retilíneo, sem curva alguma. APOS 1950 - Após os tempos difíceis vividos durante a Segunda Guerra Mundial (19401945), a abundância e a fartura eram o desejo da população, e isso se estendeu também ao corpo das mulheres. Essa época foi marcada pelas pin-ups e pela figura de Marilyn Monroe, com o retorno de curvas, cinturas finas, quadris largos e seios fartos, acentuados pelos sutiãs com enchimento. APOS 1980 - Nesse período, a era fitness começou a imperar. Houve um expressivo aumento no número de academias e treinos de ginástica em casa, com a chegada do videocassete. As mulheres dessa época desejavam braços e pernas bem definidos e um corpo magro e atlético. APOS 1990 O mercado da moda ganhou muita força nessa década, e as supermodelos passaram a ser as principais referências de beleza. Desse modo, a magreza e a altura passaram a ser atributos cada vez mais desejados pelas mulheres. Anos 2000 e Atualidade - A internet é a principal ditadora de padrões, que mudam com mais velocidade. Das musas fitness às irmãs Kardashians, o que vemos é que o poder continua ditando os padrões. Muitas horas de dedicação a exercícios físicos, ou intervenções estéticas frequentes, demarcam dois elementos de poder para a nossa sociedade: tempo e dinheiro... Em qualquer das situações, há uma indústria que sai ganhando. Vivemos, então, em um mundo no qual a beleza, o corpo e, consequentemente, a imagem corporal da mulher são altamente rentáveis. Quanto mais insatisfeita e mais longe de conseguir sentir e proporcionar prazer a si mesma a mulher estiver, mais rentável ela será para diversos setores da indústria. E aqui podemos adicionar outras camadas de complexidade à questão. Além do corpo magro, há o fato de que corpos brancos — isto é, de fenótipos europeus — são considerados mais belos do que corpos pretos, pardos, amarelos, indígenas. E não para por aí. O olhar da beleza exclui também pessoas com deficiência (PcDs). Falamos sobre isso no capítulo 1, mas repito: se, no Brasil, segundo levantamento do Instituto Brasiliero de Geografia (IBGE), temos mais de 45 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência (o equivalente a quase 25% da população), por que não vemos PcDs como modelos de propagandas, ancorando jornais, estrelando novelas, figurando nas capas de revista? Poderíamos, ainda, falar de performance de gênero e de como mulheres que não performam conforme o esperado e exigido do feminino sofrem e são estigmatizadas... A neutralidade corporal tem como objetivo destacar o que o nosso corpo é capaz de fazer, e não o que ele aparenta. É esse mindset que nos guia para uma abordagem mais benéfica, uma vez que pode ser, sim, que tenhamos marcas ou cometamos falhas, mas, apesar disso, esse corpo nos mantém vivas e nos permite a vivência de muitas experiências, como sorrir, abraçar, dançar — e isso é incrível... Ao 'deflorar' uma mulher, o homem tinha a certeza de que perpetuava sua linhagem e de que poderia, tranquilamente, transmitir de pai para filho sua herança biológica, seu nome, seus bens e poderes. No Brasil, por exemplo, até meados do século XIX, era comum que, na manhã seguinte ao casamento, fosse estendido na janela do casal um lençol sujo de sangue. A mancha comprovava a pureza da mulher até a noite de núpcias. Tudo o que discutimos até aqui se baseia em aspectos culturais, sociais, religiosos e políticos. Quando a sociedade nos faz acreditar que a virgindade está relacionada à pureza da alma e do corpo, está tentando fazer com que deixemos de nos preocupar com as questões relacionadas ao nosso próprio prazer. Mesmo hoje, essa fantasia da 'boa moça', antes veiculada pela preocupação com a virgindade, ainda existe, embora tenha ganhado outras roupagens. Ser virgem e alcançar e manter o status de 'boa moça' ainda é tão reforçado como ideal, que nós, mulheres, passamos a pensar que: 1. É nosso dever preservar a nossa virgindade para a pessoa certa, pois não podemos entregar alg valioso para qualquer um. 2. Somos responsáveis por dar prazer aos parceiros, temos dificuldade de chegar ao orgasmo e pensamos em sexo. 3. A vagina é suja e tem cheiro forte, e isso deve ser combatido — basta vermos a quantidad sabonetes íntimos disponíveis no mercado. 4. Ter muitos parceiros pode acabar com a nossa reputação; ou seja, não podemos sair por aí trans sempre que quisermos, pois podemos acabar sozinhas. Você percebe o que está em jogo? Para que os sistemas de opressão continuem operando, certas convenções devem ser mantidas, mesmo que repaginadas... A noção de que a relação sexual ocorre somente quando há penetração de um pênis na vagina não exclui somente os casais homoafetivos, mas também exclui toda e qualquer outra prática sexual, como, por exemplo, o sexo anal e o sexo oral. Trata-se, desse modo, tanto de uma afirmação homofóbica e transfóbica do ponto de vista social, quanto de uma afirmação errada do ponto de vista biológico... A Organização Mundial da Saúde (OMS) faz questão de reforçar que não há evidências de que o hímen possa provar se uma mulher ou uma jovem fez sexo ou não... Acontece que essa é uma interpretação que não encontra eco na realidade biológica. A começar pelo fato de que nem todas as mulheres têm hímen. São casos raros, é verdade, mas ainda assim existem e devem ser considerados... A resistência de um hímen pode variar, e muito. Alguns são mais flexíveis e chegam a permanecer intactos mesmo após um parto normal. Já outros são mais delicados e podem se modificar com pequenas ações corriqueiras, como atividades físicas ou quedas. Basicamente, se você tiver um hímen elástico, você nunca sangrará na primeira vez que transar — e talvez nem nas próximas. É anatomicamente impossível. E adivinhe só? No Brasil, esse é justamente o caso de duas em cada dez mulheres... A dor pode estar relacionada a diversos fatores, mas, com toda a certeza, a explicação para senti-la não é o fato de haver o rompimento do hímen. Muitas vezes ela está relacionada à falta de lubrificação da região da vagina e até mesmo à tensão... A camisinha feminina foi inventada e, embora seja bem mais cara que um preservativo masculino — que, inclusive, é distribuído gratuitamente em toda a rede do Sistema Único de Saúde (SUS) —, cumpre exatamente as mesmas funções da versão masculina, ou seja, impede a transmissão de ISTs e evita a gravidez. Mas lembre-se: nada de usar os dois ao mesmo tempo, pois o látex pode romper e, aí sim, deixar você e seu parceiro desprotegidos... Acredito que não há como perder algo que não existe. A virgindade é uma criação sociocultural com uma função bem delineada: controlar nosso corpo e nossa sexualidade. Portanto, a resposta para a pergunta é muito simples: fica à sua escolha! As possibilidades são inúmeras. Você pode falar que é virgem para sempre, pode contar que deixou de ser virgem na noite anterior, que aconteceu quando você deu seu primeiro beijo ou que deixou a virgindade pra lá quando fez sexo oral pela primeira vez. Em resumo, não importa o que você decida dizer ou que data você escolha, porque, em termos biológicos, esse evento não existe. Em síntese: siga fazendo o sexo que você bem entender porque, no fim das contas, ninguém tem absolutamente nada a ver com a sua vida sexual — a não ser, claro, as pessoas envolvidas nela. Divirta-se... Ao depilarmos totalmente nossas partes íntimas, por exemplo, deixamos nossa vulva parecida com a de crianças e adolescentes. O que está por trás dessa tentativa de infantilização de mulheres adultas? A ideia de submissão, controle? Sem dúvida, vale uns minutos de reflexão! Do ponto de vista médico, não há um consenso sobre depilação. Há ginecologistas que defendem que a remoção total de pelos deixa a vagina mais exposta e, por isso, mais suscetível a bactérias e inflamações, e há aqueles que acreditam que os malefícios devem ser observados caso a caso, já que os hábitos modernos de higiene e o uso de roupas substituem um pouco a função de proteção. Na prática, existem mulheres que, ao se depilarem, acabam apresentando infecções recorrentes, lesões na pele e foliculites, enquanto outras não apresentam qualquer reação. Por isso, no fim das contas, a depilação não deve jamais partir de uma imposição, mas sim de uma avaliação extremamente pessoal que você deve fazer a respeito de seu corpo e de suas crenças... Aos olhos do patriarcado, uma mulher que coloca seu dinheiro a serviço da pressão estética é menos perigosa para a manutenção do sistema vigente do que aquela que usa o mesmo montante para investir em conhecimento e autonomia... No que diz respeito ao desejo, alguns estudos indicam que nosso cérebro tem uma espécie de 'acelerador' sexual, que responde positivamente aos estímulos sexuais relevantes, e uma espécie 'freio' sexual, que responde a estímulos que inibem o tesão. Ou seja, tudo que você escuta, vê, cheira, prova, toca ou imagina será avaliado pelo seu cérebro, e ele é quem determina se aquilo é algo excitante ou inibidor... É possível ter prazer sem ter orgasmos: uma relação sexual pode ser extremamente prazerosa e desencadear muitas sensações agradáveis e de realização, mesmo quando não termina em orgasmo. É possível ter orgasmos sem prazer: existem orgasmos em situações não sexuais — como dura sono ou ao realizar atividades físicas... Por fim, outro termo muito utilizado quando falamos de sexo é 'gozar'. Em geral, ele é associado à ejaculação. Nesse caso, gozar e ter um orgasmo seriam coisas diferentes, uma vez que é possível ter orgasmos sem ejacular e vice-versa... A história da sexualidade feminina no Ocidente foi pautada na culpa, na vergonha e no controle dos nossos corpos — ideias muito reforçadas pela cultura judaico-cristã, em que qualquer prática que não levasse à procriação era objeto de punição. O corpo é pecaminoso e o prazer, estigmatizado. A partir do início do século XVIII, a masturbação foi elevada à condição de prejudicial, geradora de doenças físicas e mentais. Nessa época, dr. Tissot, um influente médico e físico suíço, fez uma declaração firme sobre o tema: 'Esse hábito funesto faz morrer mais jovens do que todas as doenças juntas'. Diversos textos da época aterrorizavam as pessoas com os 'malefícios' da masturbação. Olheiras, fraqueza, dor de cabeça, perda da beleza e da vitalidade, problemas de crescimento, infertilidade, dificuldades digestivas eram alguns dos efeitos vinculados a essa prática. Várias 'técnicas curativas' para quem praticasse a masturbação — envolvendo amarração das mãos, colocação de uma gaiola para cobrir a genitália, uso de cinto de castidade, aplicação de ácido no clitóris e até extirpação do clitóris — chegaram a ser preconizadas na Europa. No início do século XX, surgiram algumas mudanças na ciência. A Psicanálise apontava a masturbação como algo natural, embora sugerisse que esta era uma forma 'infantil' ou 'imatura' de prazer para as mulheres. Segundo Sigmund Freud, a mulher só atingiria a maturidade sexual após transferir a atividade da masturbação clitoriana para a atividade verdadeiramente feminina do coito (leia-se: sexo com penetração). Paralelamente a toda essa construção histórica e social da masturbação, temos a narrativa do prazer feminino ignorada e silenciada durante milhares de anos... Eu me lembro do relato de uma mulher que desejava muito fazer ménage com o marido e outro homem, mas não tinha coragem de verbalizar. Um dia, comprou um vibrador e colocou o nome de 'Ricardo' nele. Às vezes, na hora H, brincava: 'posso colocar o Ricardão no meio?'. Com o tempo, eles se acostumaram com a brincadeira e passaram a fantasiar que o vibrador era uma terceira pessoa, até o dia em que finalmente conversaram e realizaram de fato a fantasia... A verdade é que o ciúme é um condicionamento cultural. Aprendemos a ser ciumentos, romantizamos o sentimento de possessão das relações, acreditamos que o ciúme faz parte do amor, e isso nos leva a aceitar diversos tipos de violência e atitudes desrespeitosas com a nossa liberdade e com a dos outros..."
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Niely.Souza 10/01/2024

Ela é muito + q uma ex-BBB
Que surpresa boa ler o livro da Marcela e ver bastante do q eu já via no Instagram dela e algumas lives durante a pandemia ... Muitas informações não só da área da saúde mas também de história, políticas , socioeconômicas q envolvem especialmente o ser mulher neste mundo tão machista
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Nataka 15/12/2023

Necessário
Um livro bem educativo e direto ao ponto, sem floreios e rodeios, importantíssimo para nós mulheres refletimos e trabalharmos nosso autoconhecimento.
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Ísis 05/11/2023

Esse livro é incrível! A autora, que é ginecologista e tem formação em sexualidade humana, dá uma aula super didática sobre assuntos muito importantes sobre a sexualidade de modo geral. Ela fala de prevenção, como se comunicar com a parceria, fala sobre novas formas de se relacionar, traz críticas e dados importantíssimos sobre as diferenças de gênero. Incrível mesmo! Muito necessário esse livro, não só pra quem é da área da saúde, mas qualquer pessoa adulta.
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SELMAISAH0 12/10/2023

Um guia de fácil compreensão
Um livro sobre sexualidade feminina, a autora não fala coisas baseada nas vivências dela, ela trás dados, gráficos e referências.
Amei a escrita, inteligentíssima por sinal! tudo muito bem explicadinho, me sentia em um divã, tirando todas as minhas dúvidas.
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wendyaraujop 05/09/2023

Guia de Educação Sexual
A Marcela conseguiu abordar a sexualidade e prazer com uma linguagem simples e leve, trazendo diversas reflexões. Como bônus temos um livro extremamente lindo, fiquei encantada com as ilustrações!
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Bia 07/08/2023

Senta que nem moça #sóquenão
Então, vou começar confessando que achei que o livro não seria tão bom, que seria mais do mesmo, aquela coisa do senso comum e tal. Eu não sabia que a autora foi do BBB20 e quando soube quem ela era, também fiquei meio: nossa, não sabia que a moça lá tinha tanta especialização, que loucura. Enfim.

Achei que fosse só mais um livro sobre prevenção, ISTs, uma coisinha aqui sobre feminismo e aceitar o próprio corpo... e olha, tive uma surpresa MUITO positiva, fiquei realmente muito impressionada com o que eu li e AMEI a leitura. Inclusive pretendo COMPRAR o livro pra mim, emprestar pra minha namorada, pra minha irmã, pra minha mãe, pra todo mundo kkkkk

Vamo pro que interessa:

O livro tem vários relatos iniciais de pacientes (provavelmente da Marcela?) que se relacionam com o tema a ser abordado em cada capítulo. Ela fala sobre feminismo, "body neutrality", desejo sexual, fantasia sexual, pornografia, fetiches, masturbação, monogamia... enfim, fala um monte. O interessante é que em todos os capítulos ela não fica só naquele mais do mesmo: ela apresenta dados; gráficos; pesquisas; fontes de referências importantes para serem consultadas; entre outros.

O que eu mais gostei é que a leitura me cativou no capítulo de feminismo. Isso porque eu li um monte sobre a história do feminismo no mundo, etc., e as duas ondas do feminismo, a importância do movimento feminista... sempre pensando que o feminismo que as pessoas falam tanto não contempla todas as mulheres e, especialmente, é um feminismo branco ne, que precisa de recortes, etc. E JUSTAMENTE quando eu virei a página....................... tinha um boxe ali falando dos recortes necessários do feminismo, as problematizões, autoras convidadas - ela falou de mulheres com deficiência!!!!!!!!1111 Então na hora já me ganhou, porque eu não espero que as pessoas façam ou abordem esse recorte por ser uma coisa 'delicada' que os frouxos preferem deixar de lado.

Além disso, o que eu gostei é que os capítulos que falam sobre aceitar o corpo, por exemplo, não trazem só "ah, você precisa se amar". Ela sempre apresenta dados, históricos e hipóteses e visões da própria psicologia sexual. Eu achei muito legal mesmo, muito interessante, fez uma certa diferença na minha leitura.

O que eu notei é que a Marcela ia falando de modo cada vez menos geral conforme ia dando explicações. Então ela falava sobre mulheres de modo geral, depois mudou os termos pra ser algo mais inclusivo... e cada vez mais, conforme eu, leitora, ia aprendendo com ela ao longo dos capítulos. Realmente é algo legal, interessante, que conta com o passo a passo do leitor.

O livro tinha muitas informações interessantes. Algumas eu já sabia, outras eu não fazia ideia, e muitas eu reforcei, recordei e refleti sobre. A escrita é bem íntima, tem um jeito mais informal de falar com o leitor e, consequentemente, mais adequado. Justamente porque a ideia dela é tornar o livro um guia meio escritora-leitora, sabe? Algo íntimo, próprio, secreto; um momento seu em que, inspirada pelo livro, você vai refletir e mudar algo na sua vida, vai se aproximar mais de si, vai se olhar diferente no espelho ou se tocar.

Acho que a leitura dele é bastante necessária e é muito engraçado que eu tenha pegado pra reler depois de ver o filme da Barbie (eu acho) porque bateu TOTALMENTE com a vibe do filme que é: nós juntas na nossa revolução e eles que se virem kkkkk são grandinhos o bastante pra se virarem e aprenderem.

O livro não fala tanto sobre a questão da assexualidade, mas menciona por alto no capítulo de desejo sexual. O que eu entendi é que ela quer que as pessoas experimentem, reflitam sobre si mesmas sobre o fato de sentirem atração/desejo ou não sentirem é algo PRÓPRIO ou é algo INDUZIDO, IMPOSTO pela sociedade patriarcal. E isso ela repete em vários capítulos, com várias questões, sempre falando que a gente precisa se conhecer pra poder entender como funcionamos.

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No final, o livro trás reflexões interessantes, ao mesmo tempo que realmente funciona como um guia pra consulta. Primeiro você reflete, depois volta nas páginas pra resgatar alguma coisa que esqueceu, alguma dica, algum conceito, etc.

Mas um dos conceitos que eu mais gostei foi do "body neutrality" que consiste em basicamente: se olhar no espelho e não ter sentimentos. Tipo: só de não me odiar, tá ótimo! Justamente porque muitas ficam nessa cobrança ne, de "se amar" quando se olha no espelho, sendo que pra muitas pessoas isso pode ser mais difícil - e gera um sentimento de fracasso e frustração.

Enfim, mega recomendo a leitura. Dá pra comprar em grupo e as amigas vão emprestando entre si. É ótimo.
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Bruna 08/04/2023

É um bom livro. A linguagem é clara, direta, de fácil entendimento. Se você busca um livro sobre educação sexual do ponto de vista feminino, feito para refletir sobre nos, pode ler, sem duvida.
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Stefhany9 22/03/2023

O livro é um ótimo guia para questões femininas e sexuais. Traz a tona assuntos complexos e de extrema importância, em uma forma leve e fluída . Vale a pena a leitura
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Vanessa.Gutierrez 16/03/2023

Ótimo
Livro com informações muito importantes! Acho que todas /todos/todis, deveriam ler. Foco no comportamento, sexualidade, autoestima e autocuidado. Abre a nossa mente e nos faz questionar sobre esse patriarcado atual.
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Nalva 31/12/2022

Sente da forma que quiser
De forma simples e direta a Marcela dialoga sobre muitas das questões que nos cercam ao falar de sexualidade e sexo feminino. Destacando a importância de conhecer nossos corpos e nossos desejos.
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Camis 27/12/2022

Leitura obrigatória para todas as mulheres
Neste livro guia Marcela traça o caminho das pedras para uma educação sexual, uma consciência corporal e busca pelo autoconhecimento. Ela aborda sexualidade de forma geral mas quando de corpos, o foco é claramente o público feminino. Adorei o livro, achei a escrita leve e divertida, comunica muito bem o que ela quer passar e de uma forma muito amigável. Achei a construção de cada capítulo, começando pelas histórias de consultório, uma boa forma de aproximar tanta teoria da realidade. O último capítulo tem alguns pontos repetitivos, mas no geral o livro tem um saldo extremamente positivo pra mim.
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Maria 27/12/2022

Marcela acertou em cheiro nesse livro. Um livro cheio de ensinamentos e que foi feito pra surpreender todo mundo. De verdade eu me surpreendi com esse livro, é um livro pra você adquirir diversos conhecimentos. E uma parte que me chocou no livro, foi saber que o termo ?virgindade? é totalmente uma farsa(sem spoiler porque vale muito a pena ler). Não tenho muito mais o que falar ao não ser recomendar esse livro, só não recomendo para crianças kkkkkk.
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