Gárgula 05/01/2022
A Noiva de Lindorf, de Letitia Elizabeth Landon
Uma nova história em duas partes
Terminei de ler o drama gótico A Noiva de Lindorf, de Letitia Elizabeth Landon, que se divide em duas partes. Uma história que acaba surpreendendo pelas viradas presentes no enredo.
Com tradução de Carlos Primati, ambos os livretos são publicações da Editora Clepsidra para o Clube Raridades do Conto Gótico. A primeira parte traz, como já se sabe, a apresentação de Cid Vale Ferreira, que dá ao leitor a ideia de quem era a autora, assim como da sua época.
Uma estranha história de família
Adentrar na família Lindorf é inegavelmente se afundar em segredos. O leitor acaba testemunha do dia a dia da família, conhecendo todos pelo olhar do belíssimo jovem Ernest von Hermanstadst.
Seu tio, o Barão de Lindorf, é um homem atormentado sem que se saiba o motivo. Apesar de tudo, o jovem tem no tio um parente por demais querido. Sua prima, Pauline, não conquista seu coração e o jovem ainda prefere seus estudos ao casamento com a familiar.
Mas tudo muda de repente quando Ernest acha uma estranha passagem e nela, algo que nunca imaginaria encontrar. Deste ponto em diante a vida do jovem estará fadada à desgraça por uma estranha sombra que atravessa gerações.
Considerações finais
Apesar de não ser a minha história favorita do Clube Raridades do Conto Gótico, esta obra chama atenção pelo desenrolar dos fatos.
Ao final de sua leitura, acabo lembrando da história de vida da própria autora, comentada por Cid na apresentação. Seu final, completamente funesto, acaba sendo de certa forma tão sinistro quanto o fim do drama que escreve. Dessa maneira, estaria no casamento o grilhão maldito do destino?
São aquelas pequenas semelhanças que nos fazem sentir aquele estranho arrepio. Vale certamente a leitura.
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