Mendonca_mai 14/11/2024
Ícone da Poesia Parnasiana do Século XIX.
Sempre ouvi falar do Olavo Bilac, mas nunca imaginei que um dia teria a audácia de pegar um livro dele. Ainda bem que fui corajosa (ou, quem sabe, inconsequente), porque foi uma leitura fora do comum; amei de verdade! Mas, olha, a linguagem robusta foi um verdadeiro desafio. Tinha momentos em que eu parava, olhava para as palavras e pensava: "Será que fui alfabetizada mesmo?" Às vezes, tinha que reler os poemas umas três, quatro vezes, porque parecia que a minha inteligência estava no nível de uma porta; sem querer ofender a porta, claro.
Bilac foi, sem dúvida, um dos maiores poetas parnasianos, com um estilo que exalta a precisão estética e a busca pela perfeição formal. Olavo Bilac foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras (ABL), que foi criada em 1897. Junto com outros grandes nomes da literatura brasileira da época, como Machado de Assis, Bilac foi uma das figuras chave na formação da instituição.
Publicado postumamente em 1919, Tarde é um livro de poemas que reflete o olhar maduro de Olavo Bilac sobre o passar do tempo. Com um tom introspectivo e melancólico, a obra explora as complexidades da existência humana, abordando temas como o envelhecimento e a inevitabilidade da transitoriedade da vida. Esse foi, sem sombra de dúvida, o livro mais difícil que já li. Eu fiquei com a impressão de que não absorvi nem metade do que estava ali, mas o que eu consegui pegar... uau! Foi maravilhoso.
No futuro, pretendo ler essa obra com um olhar mais maduro. No entanto, acredito que ela não seja para qualquer leitor, já que sua linguagem densa e intricada pode se tornar um obstáculo para muitos. A complexidade do texto exige uma abordagem mais atenta e paciente, e embora eu espere entender melhor seus nuances com o tempo, sei que o estilo desafiante de Bilac pode afastar aqueles que buscam uma leitura mais fluida e acessível.