Ratinha da Biblioteca 06/03/2024
#52semanasliterarias e #DLL24
Nesse último volume da trilogia de Verhoeven, vamos acompanhar uma nova fase da vida do Comandante Camille Verhoeven, após os acontecimentos do primeiro livro, muitas feridas precisam ser tratadas e quando Anne aparece na vida de Camille, um pouco de cor volta a fazer parte dos seus dias. Mas, por uma infeliz coincidencia, Anne é vítima de assaltantes de uma loja de relojoaria, o famoso "no lugar e hora errada", acaba sendo espancada e por uma questão de determinação e espírito de sobrevivência, consegue sair viva desse episódio, mas o assaltante não desiste de matá-la e agora Camille precisa correr contra o tempo para salvá-la e prender o cara.
Esse, com certeza, foi o livro que mais mexeu com minhas emoções dos três. Camille com suas divagações ora me fazia sentir pena, ora me fazia sentir raiva. Me incomodou profundamente o fato dele tentar resolver tudo sozinho, sei que ele fez coisas erradas, mas ele tem amigos leais, podia ter recebido um pouco de ajuda. Mas o plot e a ligação desse com o primeiro livro me surpreendeu, apesar de ter acontecido o mesmo que no primeiro, Camille "descobre" as coisas como passe de mágica, não consigo acompanhar os passos que o leva a descoberta, apesar de estar fazendo toda a investigação com ele. Então são duas coisas que eu alteraria na história, Camille deveria pedir ajuda e desenvolver melhor o processo de descoberta do suspeito. Mas fora isso é uma boa história, instigante e dessa vez com bastante ação e sanguinho kkk então fãs de investigação policial, essa trilogia é para vocês!
Quotes:
"Sua decisão está tomada, ele nem sabe mais em que momento foi tomada. Ele se deve a Anne, a essa história, à sua vida, tudo está dentro dela, não há nada que outra pessoa possa fazer."
"Ele pensou que havia sido atropelado pelos circunstâncias, mas, na verdade, não. O que nos acontece é fruto de nossas atitudes."
"Em Hafner não há nada do animal selvagem descrito pela sua ficha policial. Isso é algo que se constata com frequência, com exceção dos minutos em que executam a mais agressiva das suas tarefas, os assaltantes, os ladrões, os criminosos se parecem com todo mundo. Os assassinos são como eu e você."
"Prestes a chegar ao fundo do poço, descobri que não era ruim ter alguém por quem eu aceitava sacrificar algo importante. [...] Nesses tempos de egoísmo, isso chega a ser um luxo, não acha?"