Ana Júlia Coelho 08/02/2024Abby e Gretchen são melhores amigas desde a infância. Agora, no ensino médio, a amizade está mais forte que nunca. Só que, depois de se perder na floresta, Gretchen começa a agir estranho, assustando muito Abby com seu comportamento.
Abby fica de olho na melhor amiga e tenta ajudá-la a todo custo. Mas o comportamento tem se tornado mais bizarro a cada dia. Ela não toma mais banho, está sempre com cara de cansada, fede, não presta atenção em nada... mas, do nada, volta a ser como era antes.
Desconfiada, Abby tenta pedir ajuda pra diversas pessoas, mas ninguém a leva a sério. Ela não sabe o que fazer para tirar Gretchen do buraco em que se enfiou (e está arrastando as outras duas amigas junto) e passa a recorrer a soluções extremas.
De início a narrativa é muuuuito devagar, pra poder mostrar a evolução da amizade das duas. Depois, a narrativa continua devagar, mostrando vez ou outra um comportamento esquisito, tanto de Gretchen quanto de outras pessoas em volta. O final foi mais intenso, mas até a parte mais interessante ficou arrastada depois de um momento, com o jeito que o autor decidiu conduzir a história. O livro me despertou nojo em várias partes, com descrições bem bizarras, mas não senti medo em nenhum momento – acredito que, em duas partes específicas, caso eu tivesse lido durante a noite, teria encerrado a leitura para continuar no dia seguinte.
Também odiei a personalidade cachorrinha insegura da Abby. Manda a amiga pro inferno, não importa o capeta que esteja no couro dela, socorro. Mas a amizade delas é bonita, até me emocionei no final. Também algumas coisas ficaram zero explicadas, o que me incomoda muito dependendo a forma que o autor decide deixar essas pontas soltas. Apesar de todos esses contras e de ser uma história lenta, ainda assim a escrita do autor me prendeu, querendo saber como o livro ia se desenvolver, e a parte interessante é mesmo interessante, pena que ficou polvilhada entre vários momentos lentos.
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