Alice 18/05/2022Projeto Agatha ChristieO quinto livro é “O Homem do Terno Marrom”, um livro de aventura publicado em 1924 e que nos apresenta a um recorrente personagem, o Coronel Race.
O Projeto é uma iniciativa do Blog Viagem Literária para reunir leitores fãs da autora e que desejam ler ou reler a sua obra, seguindo a ordem cronológica de lançamento. Lemos juntos um livro por mês e nesse período conversamos sobre nossas impressões e compartilhamos experiências.
Quando começamos o projeto com “O Misterioso Caso de Styles” eu disse que me intrigava o estilo de escrita da autora pelas épocas, e gostaria de analisar mais a fundo. “O Homem do Terno Marrom” me deu essa oportunidade ao apresentar uma aventura a cara da época em que foi escrito.
Aqui, temos a história de Anne Beddingfeld, uma jovem que presencia um estranho acontecimento. No metrô de Londres, ela vê um homem cair nos trilhos e morrer, para logo depois ter seu corpo inspecionado por um falso médico, o homem do terno marrom cheirando a naftalina, que deixa cair um papel ao fugir. Ela retem essa pista e investe sua herança em busca de uma aventura para descobrir o que realmente aconteceu, uma investigação que a levará até a África do Sul e apresentará pessoas interessantes, como o Coronel Race.
As aventuras de Anne, escritas em 1924, são a cara desta época. Anne é uma jovem que deseja se encontrar e quem sabe um grande amor, fora da rotina esperada para as mulheres da época. E o seu espírito aventureiro a leva a um mundo exótico – a África do Sul em conflito, veja – e envolve coisas empolgantes, como diamantes, uma organização criminosa e interesses amorosos.
Isso é a cara de filmes de aventuras antigos e muito refletem costumes e devaneios da época. Diamantes como os bens mais valiosos e preciosos, a África do Sul como o exótico estrangeiro a ser desbravado, e a noção do “dinheiro não importa, mas sim a aventura”, desde que essa aventura no final possa trazer amor e mais dinheiro.
Ora, é muito fácil para mim em 2022 ler e analisar esse livro com os olhos da minha época. Agora, se eu analisar o livro com o olhar de 1920, consigo ver uma história interessante e envolvente. E eu não consigo deixar de pensar na minha avó.
Resenha completa no Blog Viagem Literária
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