Kennia Santos | @LendoDePijamas 24/01/2023Me senti atraído por sua força. Você não é uma mulher que precisa de um homem. É uma mulher de quem um homem precisa.Stella é uma perfumista que largou seu emprego para focar em sua marca, e, de repente, descobriu uma traição do seu noivo (e sócio) e viu seus sonhos irem por água abaixo.
Visando esquecer a catástrofe atual a qual sua vida se encontra, Stella e seu melhor amigo, Fisher, entram de penetra em um casamento hiper-elegante na biblioteca de Nova York. E é lá que ela conhece Hudson Rothschild, um dos padrinhos e (pasmem!) um homem o qual ela não consegue tirar os olhos.
No decorrer da noite eles se aproximam, mas Hudson fica cada vez mais desconfiado, pois ele não consegue lembrar de ter visto Stella antes, e o casamento é, nada mais nada menos do que de sua irmã.
Quando a farsa vem à tona, Stella e Fisher fogem às pressas, no auge de tropeços e risadas, para esquecer aquela noite fatídica - e louca. Mas é claro que nem tudo são flores, e Stella percebe que esqueceu o seu telefone em uma das mesas disposta aos convidados do casamento.
Agora, veja bem…
Adivinha em qual?
Em “O convite”, temos outra história diferente da nossa diva Vi Keeland, a única capaz de diferenciar um clichê.
O que mais me agrada nos livros da Vi, é que as personagens femininas são INCRÍVEIS. Sério. Diferente de outras histórias por aí, onde vemos os homens sendo cavalheiros e as mulheres mais bobas e inocentes, nos livros da Vi elas sempre possuem uma personalidade distinta, força, coragem e iniciativa.
E aqui não foi diferente. Stella é INCRÍVEL. Mesmo tendo crescido num lar pra lá de esquisito (sério gente, era BIZARRO) e tendo passado por uma traição daquelas, ela não deixa isso influenciar no modo como vê a vida. Ela corre constantemente atrás dos seus objetivos, busca alternativas quando recebe um não, é resiliente, humilde e muito, muito HUMANA.
Do outro lado, temos Hudson, que não fica pra trás: é um pai solteiro - e INCRÍVEL, empresário herdeiro de uma montanha de dinheiro (gostamos e queremos) e um irmãozão daqueles.
Com dois personagens ótimos, tudo indicava que a história tinha tudo para dar certo, e tinha mesmo… mas não deu.
É bem raro eu ter problemas com algum livro da Vi, mas dessa vez eu tive. Achei que tudo se desenrolou fácil demais: a carreira, o romance, e o desfecho então, nem se fala.
As cenas de Stella e Hudson a princípio são divertidas, mas depois elas vão perdendo o sal, sabe? Fica padrão demais.
Eu queria mais cenas com a Charlie, que é uma criança incrível.
Eu queria mais detalhes sobre aquele desfecho, que ao meu ver, deixou muito a desejar, e ficaram pontas soltas.
Eu queria um desenvolvimento melhor do romance entre o casal.
No final, eu fiquei com a sensação que o livro prometeu 100% e entregou sei lá, 60%. Ficou algo faltando, sabe?
O Hudson que começou como um tubarão, cheio de personalidade e perigoso, terminou como um golfinho. Impotente, mais do mesmo.
A história é divertida sim, e se você está na vibe clichê, vale a leitura: a escrita da Vi é excelente e fluida, e o livro vai te arrancar várias risadas.
Eu poderia dar uma nota menor, mas não vou, porque confesso que sou puxa-saco da Vi. É um livro bacana, com personagens (analisados individualmente) bons, mas que não entrega uma história completa e desenvolvida como os outros da autora.