Moitta 01/10/2022
Minhas notas do livro
O ato mais errado que cometi foi não fazer o que devia. Quando não fazemos o que tem de ser feito, o que podemos fazer, criamos débitos que têm de ser pagos.
Tenho também visto pessoas que querem sofrer pelo outro. Já escutei muito, principalmente de pais: “Por que não sou eu a ficar doente?”; “Por que não fui eu a morrer?”. A resposta é simples: temos, cada um de nós, a reação de que precisamos.
Muitas pessoas agem assim: o outro tem de amá-lo e não ele que tem que conquistar o amor. É um erro ocasionando outro.
Infelizmente, muitas vezes somente entendemos o outro quando passamos o que ele passou ou passa.
Estar no caminho do meio é ver os problemas, resolver os que podem ser resolvidos, aceitar os que não nos cabem resolver, ver as pessoas como elas são e amá-las como são.
Não importa, não deveria Maximiliano ter se importado se Leonor e Marcílio mereciam seu rancor, sua vingança, sua mágoa, porque eles terão o retorno de seus atos. Ao não perdoar, ao sentir rancor, ódio, a energia fica às vezes pior em si mesmo do que naquele que faz a ação maldosa. Pensamentos de mágoa, ódio, de querer a desforra produzem uma carga de energia nociva que prejudica primeiro quem a cria. Ao contrário, se perdoar e amar, gera-se uma energia que beneficia quem assim age.
Alerto que quem quer se vingar se iguala a quem fez a má ação. Ninguém consegue se vingar de outro sem fazer um grande mal a si mesmo. Torno o mundo melhor quando eu, quando nós anulamos o ódio com a força e luz do amor. Um dos envolvidos numa desavença, amando, irradia luz que pode iluminar o outro.
“Quando sofremos uma aflição, se procurarmos a sua causa, encontraremos sempre na nossa imprudência, na nossa imprevidência, ou alguma ação anterior. Nesses casos, como se vê, temos de atribuí-la a nós mesmos... neste caso, pela natureza da expiação, podemos conhecer a natureza da falta, desde que somos sempre punidos naquilo que pecamos”.
O melhor é reconhecer nossas deficiências e fazer um propósito de nos melhorar, tornarmo-nos pessoas melhores e lembrar sempre: ajude-se que o céu o ajudará. Aja com as pessoas como gostaria que elas agissem com você.
O dever começa precisamente no ponto em que ameaçais a felicidade ou a tranquilidade do nosso próximo, e termina no limite que não desejaríeis ser transposto em relação a vós mesmos”.
Dores que causamos são dores que sentiremos.
O arrependimento não deve existir somente para ser curtido ou sofrido: “Ah, me arrependo” e, no nosso caso, “Ah, ‘se’...” Mas, sim, para se tomar uma atitude para anular o erro cometido. Acaba-se com o arrependimento com o benfeito. Infelizmente, há pessoas que passam anos se lamentando, enquanto poderiam, por atitudes, se modificarem. Se fez algo errado, faça o certo. Odiou. Ame. Se não puder fazer o bem para quem recebeu o seu mal, faça o bem a outros. Reaja!