Carla Med 18/10/2022
Surpreendeu!!!
Em Running Wild a gente acompanha a história da Marie Lehr - melhor amiga do Jonah e por quem ela foi apaixonada por anos. Não deu certo, o seu coração se estilhaçou e, agora, apesar do coração partido e dos sonhos frustrados, ela procura seguir em frente. Eu gostei muito da história dela porque o que aconteceu com ela é algo tão comum e corriqueiro que trouxe um tom de realidade para a história, afinal o final dependendo do ângulo da equação, alguns têm o final feliz e, outros não.
Marie e o Jonah tinham tanto a ver um com o outro que poderiam ter sido os protagonistas de uma grande história de amor, mas apesar de amá-la como amiga, a paixão dele foi a Calla. Mas isso não quer dizer que a Marie não esteja contente por ele, afinal ela o ama e está feliz de vê-lo feliz. Entretanto, apesar de tudo, o livro não fica circulando muito ao redor do relacionamento Jonah e Marie. A autora aborda esse aspecto porque faz parte da história recente dela, mas ela não foca nesse amor perdido, pelo contrário, o foco é na Marie e o novo morador da cidade.
A pobre não tem sossego. Como descrito na sinopse, se não bastasse um amor não correspondido, ela se depara com dois - um seguido do outro. rsrs Tyler é viúvo e, apesar de terem se passado dois anos da morte da esposa, ele ainda não conseguiu seguir em frente e, embora atraído pela Marie, ele não está pronto para um novo amor. Se apaixonar por outro cara que está disposto a lhe dar apenas a sua amizade é a última coisa que ela quer para si, e já tendo estado nesse lugar, ela também resolve se afastar.
Eu já sabia que eu iria gostar da Marie. Nunca tive raiva dela nos livros anteriores. A posição em que ela se encontrava era muito delicada e, embora ela tenha dito algumas coisas não tão legais, eu sempre me coloquei no lugar e, ao invés de raiva, eu tinha uma certa pena. Porém, nesse livro ela mostra tantas facetas da personalidade dela que eu posso afirmar que é impossível não gostar dela. E embora muito frustrante, eu também amei o Tyler. Inclusive, ele e o Jonah têm vários pontos em comum, mas não ao ponto de a gente olhar pra ele e vê-lo como um prêmio de consolação de algo que a Marie quis e não pôde ter.
"Quando estou com você, esqueço de todo o resto. Você faz eu me sentir como eu mesmo novamente."
A história dela é não intensa quanto a da Calla, mas é igualmente boa. A história da Calla tem aspectos muito tristes e nesse ponto, foi mais difícil de ler. A da Marie foi uma história mais gostosa e mais leve, mas a intensidade do romance foi incrível em ambas as histórias. Eu teria facilmente dado 5 estrelas para Running Wild. Aliás, tudo estava se encaminhando para isso, até o último capítulo do livro. Eu estava super empolgada e, de repente, o livro acabou. Quando o casal finalmente fica junto, o livro acaba e a gente não tem a oportunidade de ver nada além disso, nem mesmo um epílogo. Isso também aconteceu em The Simple Wild. A diferença é que esse livro teve uma continuação e até mesmo um conto para complementar e fechar a história. Entretanto, até o momento em que estou escrevendo essa resenha, eu não sei se a história da Marie e do Tyler terá continuação. Caso tenha, vai ser uma maravilha porque assim, a história terá uma conclusão digna. Senão, vai ficar com esse gostinho de inacabada.
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