Tico Menezes 27/02/2024
Isso aqui rende papo por horas!
A bola de neve que é a existência do Chainsaw Man só aumenta e chegamos num dos volumes em que a dimensão dessa treta é quase universal.
Sobram críticas ao comportamento humano e, maaaano, como Fujimoto provoca bem!
Ele fala sobre como as pequenas autoridades se engrandecem na primeira oportunidade que têm, como a sociedade normaliza "regras" que, na verdade, são prejudiciais e quase criminosas ao povo e sobre como o mundo do ganancioso é efêmero.
Power protagoniza um dos momentos mais engraçados do mangá inteiro até aqui, numa sequência de ironias deliciosamente brutais. E algumas das bobajadas desse volume tão pauleira são de precisar fechar o mangá pra rir.
O ritmo frenético continua, as ameaças são ainda maiores e a sensação de uma conspiração muito maior não passa, é parar pra pensar e a gente fica tenso. A ingenuidade de Denji e Power no meio da bagunça toda é como a última gota de bondade que pode haver nesse universo tão repleto de nojeiras. E bota nojeira nisso!
Como vários vilões se reúnem com um mesmo objetivo, conhecemos um pouco de suas vidas e ambições e, uau, é realmente um pior que o outro. Vai de psicopatia a tráfico de crianças em dois segundos. Esse é um dos volumes tematicamente mais pesados de Chainsaw Man, o que engrandece a obra, que não joga nenhum assunto despretensiosamente, tratando absurdos como absurdos e provocando o leitor a ir além da ação.