RU

RU Kim Thúy




Resenhas - RU


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@buenos_livros 29/08/2022

Ru - Kim Thúy ??
?Essa lembrança explica certamente por que jamais deixo um lugar levando mais do que uma mala. Carrego comigo apenas alguns livros. O restante nunca consegue se tornar realmente meu. Durmo tão bem numa cama de hotel, num quarto de hóspedes na casa de amigos ou de um desconhecido quanto na minha própria cama. Na verdade, sempre fico feliz em me mudar, assim tenho a oportunidade de aliviar o peso das minhas posses, de abandonar alguns objetos para que a minha memória possa se tornar realmente seletiva, para que ela possa se lembrar unicamente das imagens que permanecem luminosas por trás das pálpebras fechadas. Prefiro recordar minhas comichões internas, meus assombros, meus soçobramentos, minhas hesitações, minhas transformações, minhas faltas... Prefiro-os porque posso moldá-los conforme o espírito do tempo, enquanto um objeto permanece inflexível, imóvel, incômodo.?
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. 65/2022
. Ru (2009)
. Kim Thúy ??
. Tradução: Letícia Mei
. Romance | 150p. | Livro
. @editora.ayine
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. Um romance livremente inspirado na história da própria autora, classificado por críticos como uma auto-ficcao, remonta à fuga de milhares de vietinamitas de ascendência chinesa após a vitória do Vietnã comunista contra as as forças americanas. Narrando o exílio e a reconstrução da sua vida na América, a autora tece uma linda trama, um dos mais belos livros que li recentemente, trazendo o horror da guerra, mas também a força de recomeçar, a esperança e a solidariedade.
. ??????????
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Yasmin O. 31/08/2023

Livro singelo e melancólico que parte das memórias da autora, desde a saída de sua família do Vietnã como boat people após o fim da guerra no país, passando por um campo de refugiados na Malásia, até o recomeço no Canadá, indo e vindo na linha temporal dos acontecimentos, da infância à vida adulta. Eu gosto muito dessa forma de narrar, através de relatos episódicos, mesclando a história pessoal com a coletiva, sem a intenção de ser um tratado, sendo sempre interessante conhecer um pouco mais sobre acontecimentos, países e culturas com os quais não estou familiarizada, desperta o interesse para conhecer ainda mais. Gostei muito, a autora escreve de uma maneira muito delicada, inclusive nas partes mais dolorosas do livro.
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Jose 23/03/2024

Relatos de uma refugiada vietnamita
Esse livro é como uma espécie de diário de uma refugiada vietnamita dos anos 1970. Ela nos conta como era a sua vida confortável antes da guerra e depois as dificuldades da viagem num barco de refugiados, o asilo no Canadá, a superação, as cicatrizes, e todas aquelas atrocidades que acontecem em todas as guerras.

É um relato fluído, com uma narrativa fácil de leitura (nem sempre fácil de digerir) e rápido. Fico pensando, se não houvesse guerras, sofrimentos o que teria os humanos para relatar?
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JAlia 07/05/2024

De uns tempos pra cá tenho lido muitos livros asiáticos e esse foi muito interessante. Pouco vi nos meus anos escolares sobre a guerra do Vietnã e achei muito interessante esses relatos expostos no livro. É um livro rápido até, lemos que nem sentimos o tempo passar. Teria terminado antes se não estivesse com outras leituras simultaneas, mas foi um bom livro.
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Julio.Argibay 08/11/2024

Hanoi
O romance Ru de Kim Thúy é um relato de sua vida, pelo menos na interpretação. Ela nos conta como foi a fuga desesperada de sua família num barco clandestino com mais de 200 refugiados do Vietnã para a Malásia. A travessia do mar era um perigo, além do clima havia piratas dispostos a matá-los por dinheiro. Assim, com o tempo eles conseguiram seguir para Granby no Canadá. Ela teve dois filhos e um deles era autista. Quando criança a mãe dela a ensinou a partilhar com seus irmãos as refeições. Assim, ela lidou, desde cedo, com as frustrações da vida e, com este método, ela criou laços emocionais com seus filhos. A protagonista tinha uma prima chamada Sao Mai e, quando criação e até adulta, ela era a protegida dessa menina. Segundo a senhora conta, ela era como se fosse uma sombra da garota, pois ela falava pouco e a prima era muito talentosa, além de muitos outros dotes que ela tinha. Este fato provocou, quando já adulta, um certo rancor da mãe. Ela tinha um desejo de que a mãe dela poderia ter feito o mesmo que seu tio dois, tratando a prima e a ela como uma princesa. Só que a mãe tinha outros interesses, ela queria e era a autoridade da casa. Ela informa que, antes dos franceses deixassem o Vietnã e antes que os americanos ali chegassem, os campos vietnamitas eram aterrorizados por diferentes facções de criminosos infiltrados pelas autoridades francesas para dividir o país. Este fato contado é interessante pois, de certa forma, contradiz ao ambiente anticomunista da autora. Haja vista, que foram eles que combateram os invasores franceses e americanos. Pois, sim, a política rola solta aqui e ela, é claro, toma partido. Em seguida, a autora nos leva a muitos devaneios, bem poéticos de como eles viviam no país, antes e depois das invasões e da tomada do poder pelo regime comunista. Ela conta também, que os parentes dela se reúniam em cerca de 30 pessoas, num pequeno apartamento para relembrarem o passado já distante. Eu não consegui relacionar as características da escrita da autora com os romances japoneses, chineses ou coreanos. Apesar de já ter lido um autor japonês comentar esta tal mancha mongólica das crianças que caracterizam os asiáticos, segundo eles.
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Valéria Ribeiro 05/06/2023

Esperei um pouco mais dessa história
Gente, quando encontro um livro para mim desconhecido, crio uma imensa expectativa diante de sua leitura.

Pois bem, com este não foi diferente. A narrativa não linear conta como a protagonista, nascida em uma família privilegiada e cercada de conforto, vê a chegada do comunismo em Saigon e as consequências desse fato para si mesma e sua família.

A fuga para a Malásia, a vida de restrições, doenças, falta de higiene e de alimentação no campo de refugiados, a chegada ao Canadá e a adaptação à nova cultura. O desconhecimento da língua, as novas formas de relacionamento, as comidas e diversões, tudo se tornou desafios diários.

Há também a suas impressões após sua volta a trabalho ao Vietnã e sua visão como mãe de dois filhos (um deles, autista).

Embora seja possível conhecer um pouco desse período histórico, perceber a cultura do lugar por meio da evocação de diversos objetos cotidianos, penso que o livros deixa a desejar. Muitos assuntos são abordados, mas todos, na minha visão, superficialmente.

Kim Thúy Ly Thanh, CQ é uma escritora de origem vietnamita, cujo romance de estreia Ru ganhou o Governor General's Award de ficção em francês no Governor General's Awards de 2010.
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José Carlos 07/06/2024

Perfeito!
Este livro é perfeito! Aborda um tema extremamente importante, neste caso os refugiados da guerra do Vietnã! De fácil leitura, a escrita é extremamente cativante!
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Camila Stéphani 18/09/2024

"Ru" é uma obra com uma narrativa muito poética, cheia de fragmentos e memórias, com uma leitura rápida, fácil e fluída, mas contemplativa.

Uma das características mais marcantes do livro é sua estrutura não linear. A autora opta por contar a história de forma fragmentada, como flashes de memória que surgem de forma espontânea, sem seguir uma linha do tempo rígida. Por exemplo: em um capítulo a personagem principal narra algo sobre a mãe, no próximo ela narra sobre o tio, depois sobre o país e por aí vai. Kim Thúy nos guia por meio de sentimentos e momentos específicos, e essa desordem cronológica reforça a ideia de que a memória não segue uma linha reta — ela flui, recua, avança, refletindo o próprio processo de relembrar.

Outro ponto notável é o estilo da autora. Ela utiliza uma linguagem simples, porém carregada de sensibilidade e poesia. Cada capítulo é curto, às vezes consistindo de apenas algumas linhas, mas sempre com um impacto emocional intenso. Essa economia de palavras faz com que cada frase seja cuidadosamente escolhida, como se cada momento tivesse sido destilado ao seu mais puro significado.

É um livro desconhecido aqui no Brasil, mas que vale a pena leitura e reflexão.
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lizmr_rm 08/08/2023

Uma história autobiográfica com pitadas de ficção (imperceptível) de uma autora que possui uma vida para contar. Uma sobrevivente da guerra do Vietnã, onde a família pode encontrar alento com o passar dos anos, mas o passado sempre está ali. Um relato emocionante.
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Renata.Mieko 12/10/2023

WOW!!!
Esse é o segundo livro que leio esse ano de vietnamitas.
E que história rica e sofrida, especialmente para as mulheres, que carregam nos ombros o peso do Vietnã.
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Faluz 27/10/2023

Ru. - Kim Thúy
Nesse livro tomamos contato com a história de uma menina vietnamita que escapa do país com os pais rumo ao Canadá. Vive momentos de muito conforto até os dez anos quando a situação no país se modifica e os pais são desprovidos de seus bens. Em fuga por barco chegam a um campo de refugiados na Malásia at´conseguirem se estabelecer em Quebec.
A narrativa é caótica talvez deixando transparecer as enormes dificuldades que refugiados mesmo após se estabelecerem trazem em seu íntimo.
Leitura muito dinâmica.
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einalien 25/11/2023

Ru é uma coletânea de memórias, por vezes duro e cruel, mas em uma narrativa que torna tudo muito fluido.
A escrita não é linear, mas como uma conversa pessoal com a autora, onde a mesma vai se lembrando de fragmentos de seu passado e da sua dor.
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Cassio.Santos 12/02/2023

Ainda bem que esquecemos as nossas memorias.
Porque já é confuso lembra um mês e imagina uma vida toda, Kim Thuy se desdobra nas falácias todas pra tentar traçar uma (ou 20 linhas) sobre o que a trouxe até aqui. Achei cansativo por vezes, mas é um livro muito bonito.
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Bia* 31/07/2024

?Em francês, ru significa ?pequeno riacho? e, em sentido figurado, ?fluxo? (de lágrimas, de sangue, de dinheiro). Em vietnamita, ru significa ?canção de ninar?, ?embalar??.
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