Por que escrever?

Por que escrever? Philip Roth




Resenhas - Por que escrever?


5 encontrados | exibindo 1 a 5


Alexandre Kovacs / Mundo de K 09/04/2022

Philip Roth - Por que escrever?
Editora Companhia das Letras - 568 páginas - Tradução de Jorio Dauster - Lançamento: 2022.

Ninguém melhor do que o próprio Philip Roth (1933-2018) para definir logo no prefácio a intenção e abrangência deste livro, último volume de sua obra completa publicado pela Library of America: "Aqui estou, tendo saído de detrás do biombo de disfarces, invenções e artifícios do romance. Aqui estou, sem recurso a truques de prestidigitação e desprovido de todas aquelas máscaras que proporcionaram a grande liberdade de imaginação da qual fui capaz de desfrutar como escritor de ficção". De fato, é uma rara oportunidade para conhecermos as motivações e os bastidores do processo criativo de um dos maiores autores norte-americanos na elaboração de seus romances, assim como a sua visão sobre a literatura nos séculos XX e XXI.

O livro é formado por uma compilação de mais de 30 ensaios, conferências e entrevistas de Roth no período de 1960 a 2013, não somente sobre os seus romances, mas também comentando a obra de outros escritores contemporâneos que ele admirava como: Primo Levi, Milan Kundera, Saul Below, Bernard Malamud, Issac Bashevis Singer e muitos outros. O parágrafo em destaque abaixo é parte de um texto sobre Kafka, escrito em 1973, mistura de ensaio e ficção, homenagem a um dos autores mais influentes da literatura universal e uma pequena prévia do material que espera o leitor ao longo de mais de quinhentas páginas.

"Ao escrever sobre Kafka, contemplo sua fotografia aos quarenta anos (minha idade) – estamos em 1924, um ano tão doce e cheio de esperança quanto ele possa ter vivido como adulto, e também o ano em que morreu. O rosto é afilado e esquelético, como o de um animal escavador; maçãs do rosto proeminentes, evidenciadas ainda mais pela falta de costeletas; orelhas com o formato e o ângulo de asas de anjo; um olhar intenso, quase desumano, de uma serenidade assustada – enormes medos, enorme controle; como único traço sensual, cabelos negros levantinos penteados junto ao crânio; há um bem conhecido alargamento judaico na ponte do nariz, que é longo e ligeiramente volumoso na ponta – idêntico ao de metade dos meninos judeus que tive como colegas no curso ginasial. Milhares de crânios assim esculpidos foram removidos dos fornos com pás; caso tivesse vivido, o dele teria sido mais um, assim como aconteceu com o crânio de suas três irmãs mais moças." - "Eu sempre quis que vocês admirassem meu jejum, ou Contemplando Kafka" - Ensaio escrito em 1973 (p. 14)

Roth comenta sobre as críticas polêmicas envolvendo alguns de seus primeiros romances, principalmente O complexo de Portnoy que provocou uma forte reação negativa por parte da comunidade judaica, incluindo improváveis acusações de antissemitismo que ele rebate da seguinte forma: "por mais que eu odeie o antissemitismo, por mais que me enfureça quando confrontado com a menor manifestação real desse sentimento, por mais que deseje consolar suas vítimas, meu trabalho num livro de ficção não é proporcionar alívio aos judeus sofredores, montar um ataque contra seus persiguidores ou defender a causa judaica junto aos indecisos."

"Por que 'O complexo de Portnoy' foi ao mesmo tempo um sucesso de vendas e tamanho escândalo? Para começar, um romance disfarçado de confissão foi recebido e julgado por inúmeros leitores como uma confissão disfarçada de romance. Esse tipo de leitura, pela qual um trabalho literário tem sua importância eclipsada pela circunstância pessoal que se imagina tê-lo gerado, nada tem de novo. Entretanto o próprio interesse pela ficção foi intensificado no final da década de 1960 por uma paixão pela espontaneidade e franqueza que coloria as vidas mais monótonas e se expressou na retórica popular com frases como 'bota pra quebrar', 'rasga a fantasia' etc. Naturalmente, havia razões excelentes para esse desejo de conhecer a verdade nua e crua durante os últimos anos da Guerra do Vietnã. Porém, seja como for, suas raízes na consciência individual eram às vezes rasas, sendo pouco mais que uma forma de conformar-se com o clichê do momento." - "Imaginando judeus" - Ensaio escrito em 1974 (p. 112)

Respondendo à clássica pergunta "Então, de que servem os romances?" em entrevista para a The Paris Review em 1985, Roth demonstra mais uma vez a sua objetividade e inteligência: "Para o leitor comum? Os romances proporcionam aos leitores alguma coisa para ler. Na melhor das hipóteses, os escritores modificam a forma como os leitores leem. Essa me parece ser a única expectativa realista. Também me parece ser suficiente. Ler romances é um prazer profundo e singular, uma atividade humana absorvente e misteriosa – que, como o sexo, não exige nenhuma justificativa moral ou política."

Em uma de suas últimas entrevistas, concedida a Daniel Sandstrom em 2014, Philip Roth compara e resume a sua carreira de 31 livros publicados com uma declaração do pugilista Joe Louis: "Fiz o melhor que pude com o que tinha", simples assim, um homem dedicado ao que mais amava, ler e escrever. Uma obra indispensável para compreender melhor a literatura do nosso tempo e que não exige a leitura prévia de toda a bibliografia do autor, os textos valem pelo refinado senso crítico e ainda mantêm a força e originalidade da época em que foram publicados. Esta edição conta ainda com um índice remissivo e uma cronologia detalhada.

"Minha reputação pública – que distingo da reputação de minha obra – é uma coisa com a qual tento lidar o mínimo que consigo. Sei que circula por aí umas intrigas geradas por 'O complexo de Portnoy' e reforçadas pelas fantasias que o livro criou devido à sua estratégia confessional e ao sucesso financeiro. Não há muito mais em que possa se basear, porque, fora das letras de imprensa, praticamente não tenho uma vida pública. Não considero isso um sacrifício, pois nunca quis ter esse tipo de vida e nem tenho o temperamento que ela exige. Quase toda a minha vida consiste em escrever num quarto sozinho. Aprecio a solidão como outras pessoas apreciam as festas. Ela me dá um enorme sentimento de liberdade pessoal e um agudo senso de estar vivo, proporcionando-me a tranquilidade e o espaço para respirar dos quais eu preciso para fazer funcionar minha imaginação e produzir minha obra. Não sinto o menor prazer em ser uma criatura de fantasia na mente daqueles que não me conhecem – e é praticamente nisso que consiste a fama a que você se referiu." - "Depois de oito livros" - Entrevista concedida a Joyce Carol Oates em 1974 (p. 153)

Sobre o autor: A contribuição de Philip Roth (1933-2018) para a literatura foi amplamente reconhecida ao longo de sua vida, tanto nos Estados Unidos quanto no exterior. Entre outras homenagens, o autor recebeu os prêmios Pulitzer e Man Booker International, foi duas vezes vencedor do National Book Critics Circle Award e o National Book Award, e foi presenteado com a National Medal of Arts e a National Humanities Medal pelos presidentes Clinton e Obama, respectivamente.
comentários(0)comente



jota 26/06/2022

Ler romances é um prazer profundo e singular, uma atividade humana absorvente e misteriosa: palavras de Philip Roth
Avaliação da leitura: 4,7/5,0
Lido entre 06 e 22 de junho de 2022.

Roth responde à pergunta que dá título ao livro “sem disfarces, invenções e artifícios do romance”, como ele próprio afirma. Não pretendia mudar alguma coisa na cultura, queria mesmo era conquistar profundamente quem o lia: “Quero é possuir meus leitores enquanto estiverem lendo meus livros -- se possível, possuí-los de formas que outros escritores não possuem.” Na verdade, quer não apenas isso, mas um pouco mais ainda. Que esses leitores depois voltem:

“[...] exatamente como são, a um mundo em que todos os demais estão se esforçando para mudá-los, persuadi-los, aliciá-los e controlá-los. Os melhores leitores vêm para a ficção para se livrar de todos esses ruídos, para liberar a consciência que de outro modo está condicionada e limitada por tudo o que não é ficção.” E conclui sabiamente: “Isso é algo que toda criança, apaixonada por livros, compreende na hora, embora as crianças não tenham de forma alguma essa ideia da importância da leitura.”

Tudo isso e muito, muito mais, encontramos nas mais de 550 páginas de Por Que Escrever? Conversas e ensaios sobre literatura (1960-2013), publicado no Brasil pela Companhia das Letras em 2022. Originalmente lançado em 2017 o volume apresenta trinta e sete textos entre ensaios, entrevistas e discursos, além de uma pequena, mas bastante completa cronologia no final. Ao longo do tempo ele conversou e ou trocou correspondência com grandes escritores americanos e estrangeiros, visitou-os em seus países, conheceu alguns de seus cônjuges ou familiares, como as irmãs de Franz Kafka etc.

Nessa lista estão escritores do porte de Primo Levi, Aaron Appelfeld, Ivan Klima, Milan Kundera, Edna O'Brien, Mary McCarty, Isaac B. Singer. Além das conversas com esses notáveis temos também sua análise da obra de Saul Bellow, Bernard Malamud e Bruno Schulz. Admirava todos eles, mas o autor que mais se destaca aqui, além dele próprio, claro, é o tcheco Kafka, citado inúmeras vezes e personagem de um ensaio especial. Roth também lembra o prazer que foi lecionar numa universidade, durante um semestre, sobre os principais títulos do autor de A Metamorfose.

O início se destaca com Roth tratando das polêmicas que envolveram a publicação de O Complexo de Portnoy (1969), seu romance mais famoso e vendido ao longo da carreira, considerado obsceno, escandaloso, ofensivo aos judeus etc. Notáveis representantes da comunidade judaica americana levaram muito tempo criticando Roth não apenas por esse livro, também porque ele seria um judeu que não se comportava de acordo com o que se esperava de outro igual, que exaltasse o caráter de seu povo e não que escrevesse sobre um jovem viciado em sexo, coisas assim. Depois disso ele exalta Kafka e reproduz algumas entrevistas que concedeu a destacados órgãos de imprensa mundiais e também aquelas que realizou com os escritores estrangeiros que admirava -- parte deles do leste europeu, então dominado pela antiga União Soviética.

Em seguida se volta com profundidade para a questão inicial: por que escrever, para que servem os livros, especialmente os romances? Então ele analisa seus próprios livros, que foram 31 publicados. São 27 romances e 4 obras de não ficção, lançados desde 1959, ano em que saiu o volume de contos Adeus, Columbus, até 2010, ano da publicação de Nêmesis. Desses todos li 18, o que fez de Roth não apenas um autor favorito como o que mais li até o momento. Meus preferidos: O Complexo de Portnoy (1969), Patrimônio (1991), O Teatro de Sabbath (1995), Pastoral Americana (1997), A Marca Humana (2000), Indignação (2008).

Roth fazia uma distinção entre os leitores comuns e os outros, digamos, a chamada intelectualidade americana ou europeia. Acreditava que “[...] os romances só causam efeitos significativos naquele punhado de pessoas que são escritores, e cujos próprios romances são obviamente afetados de forma significativa pelos livros dos outros romancistas. Não consigo ver nada parecido acontecendo com o leitor comum, nem esperaria que acontecesse.” E prossegue, quando o entrevistador lhe pergunta então do que serviam os romances para os leitores comuns, nós todos:

“Os romances proporcionam aos leitores alguma coisa para ler. Na melhor das hipóteses, os escritores modificam a forma como os leitores leem. Essa me parece ser a única expectativa realista. Também me parece ser suficiente. Ler romances é um prazer profundo e singular, uma atividade humana absorvente e misteriosa -- que, como o sexo, não exige nenhuma justificativa moral ou política.” Além disso, ele não acreditava que seus livros tivessem mudado alguma coisa na cultura americana, de modo algum, como já foi dito no início.

Vale a pena transcrever também a última pergunta do entrevistador e a resposta de Roth, claro: “Como você se descreveria? O que acha que é, em comparação com seus protagonistas, que atravessam vívidos processos de transformação?” E Roth: “Sou como alguém que está tentando vividamente se transformar num de meus protagonistas em vívido processo de transformação. Sou bem parecido com quem passa o dia inteiro escrevendo.” É isso, então. De minha parte quero me transformar num eterno leitor e releitor (existe isso?) de Philip Roth.
Alê | @alexandrejjr 27/06/2022minha estante
Excelente! Teus apontamentos são sempre imperdíveis, Jota. Esse livro parece tão interessante e do mesmo porte de "A fonte da autoestima", da Toni Morrison. Quem sabe, num futuro próximo, separe ambos pra ler no mesmo ano.


jota 27/06/2022minha estante
Alê: muito obrigado, muita gentileza de sua parte. Que bom que você vê algo aproveitável nas minhas anotações.




Paulo Sousa 16/03/2022

Leituras de 2022

Por que escrever? - Conversas e ensaios sobre literatura - 1960-2013 [2017]
Orig. Why Write?
Philip Roth (??, 1933-2018)
Companhia das Letras, 2022, 568p
Trad. Jorio Dauster
_____________________________
?Escrever para mim não é uma coisa natural, que eu simplesmente vou fazendo, como um peixe nada ou um pássaro voa. É algo feito sob uma espécie de provocação, uma urgência especial. É a transformação, mediante uma personificação complexa, de uma urgência pessoal num ato público (nós dois sentidos da palavra ?ato?)? (Posição Kindle 2612/34%).
.
?A única leitura que chega perto da ideal é a que faz o próprio escritor. Todas as demais são um pouco surpreendentes, para usar minha palavra, ou ?equivocadas?, para usar sua expressão, o que não significa que a leitura seja superficial ou burra, e sim que foi determinada por formação, ideologia, sensibilidade e outros fatores que caracterizam o leitor? (Posição Kindle 2993/39%).
.
Às vésperas de 19 de março de 2022, data em que, se vivo, Philip Roth completaria 89 anos de idade, encerro a deleitosa leitura de ?Por que escrever??, densa coletânea de ensaios e entrevistas do grande autor norte-americano, desaparecido em maio de 2018.
.
Os textos reunidos neste volume abarcam o período que vai de 1960, onde encontramos um Roth jovem, mas já famoso e consagrado, e vai até 2013, um ano após o romancista ter anunciado sua aposentaria, mas deixando um legado literário que inegavelmente compõe o melhor da literatura do século XX. Sua pirâmide literária, iniciada com a publicação da coletâneas contos ?Adeus, Columbus?, de 1959, e findada com ?Nêmesis?, de 2010, é um primor das letras, composto por cerca de 31 livros com os quais o autor ganhou fama, dinheiro e reconhecimento, assim como também problemas.
.
Roth produziu livros que abordam temas sensíveis, repletos de tabus, ligados à condição judaica, à decrepitude física e sexual e a finitude da vida do homem. Seus romances são povoados de figuras masculinas problemáticas, claudicantes, constantemente bombardeados pela obrigação de serem perfeitos, bem sucedidos, potentes sexualmente. Não por isso, Roth é considerado por muitos como misógino, já que a figura feminina é posta quase sempre secundariamente. À exceção de Lucy Nelson, de ?Quando ela era boa?, todos os livros de Roth têm como personagens principais masculinos.
.
O que muita gente não sabe (ou por ignorância ou por leviandade) é que no universo rothiano o homem nunca se dá bem. Ele vive mal, numa crise constante, tem medo de morrer, vê as marcas indeléveis do tempo destruindo seu ideal de sonho perfeito, sua virilidade sendo consumida pelo câncer, pela impotência e pela incontinência urinária, seus ideais despedaçados pela incerteza resultante da implosão dos dilemas sociais e políticos nos quais os livros são ambientados. São, na verdade, uma feroz crítica ao chamado sonho americano, que vendia a esperança do sucesso certo e, por isso, buscavam retirar as camadas de pintura que metamorfoseavam de belo o mais feio lado do ideário americano.
.
Com tantas oposições, Roth passou mais de meio século se defendendo das acusações de anti-semitismo, misoginia e libertinagem. Mediante entrevistas e ensaios, buscou desmistificar os diversos e falsos simbolismos atribuídos erroneamente a sua obra, desfeito tantas pechas a si atribuídas, provando que, na verdade, ele só quis produzir, enquanto a saúde e o vigor não lhe faltassem, boa literatura. E que literatura produziu, não?
.
Apesar de suspeito, não posso mitigar o imenso entusiasmo que tenho sempre que leio Roth ou converso sobre seus livros (na verdade sinto falta de mais contato com interlocutores com quem possa conversar sobre os seus livros?). Isso porque, após me ter imposto a solitária e deleitosa ? mas não fácil! ? tarefa de ler cerca de 21 livros de Philip Roth, em ordem cronológica de publicação, posso reiterar com conhecimento de causa que Philip Roth é parte da curta lista de grandes nomes da literatura de todos os tempos. Os quase sete meses em que fui lendo todos esses livros mais que me convenceram que um autor americano possa ter produzido uma prosa envolvente, inteligente, de um estofo que você facilmente encontra num Garcia Márquez, num Vargas Llosa, num Jorge Amado, num Machado de Assis, num John Updike, num Saul Bellow, num Bernard Mallamud, num Javier Marías, só para citar os escritores modernos.
.
No texto não-ficcional de Roth o leitor se depara com o rosto por trás da máscara, aquele que concebeu um Michey Sabbat, um Alexander Portnoy, um David Kepesh, um Sueco Levov, um Coleman Silk, um Ira Ringold e um Nathan Zuckerman, o escritor-observador, o fantasma que se recolhe para falar dos seus alvos jamais atingidos, idealizados como sendo homens a cujos adjetivos o próprio Zuckerman nunca terá. E Roth tem muito de Zuckerman mas Zuckerman tem muito mais de Roth, pois o autor, ao contrário do que a gente pensa, nem sempre se vê compelido a se dar às suas páginas para que todo o resto funcione.
.
?Por que escrever?? é justamente para trazer esta e outras respostas sobre o seu processo de escrita, as influências extrínsecas e a motivação reacionária que servem de combustível para o ato de escrever, de ?lutar com a palavra?, no dizer do próprio Roth. Ele conta um pouco de suas amizades com outros escritores, de como tomou partido a favor dos escritores dissidentes de Praga, da sua busca por mais facetas de Kafka, das confusões que o cacetearam por meio século de atividade literária, das inspirações para escrever, sempre entremeando suas impressões do mundo à sua volta, comprimido no estreito universo da Newark de sua infância. Enfim, é leitura obrigatória para se aprofundar na literatura de Philip Roth, um passo a mais no conhecimento da vida e obra desse escritor que tanto fez e deixou no mundo literário, laureando-o com diversos prêmios (exceção do Nobel) e uma existência certamente dicotômica, pelo menos para as vozes algozes que duramente o criticaram. Ainda bem que, a despeito destes, a história provou estarem errados.
Jacy.Antunes 16/03/2022minha estante
Brilhante resenha Paulo. Já li aTrilogia Americana, e pretendo ler mais do autor.Ao ler a trilogia eu me senti transportada para Newark dos anos 50. A leitura é agradável, não há excesso de diálogos e a estória termina no tempo certo, diferente de Saul Bellow em As aventuras de Augie March.


Paulo Sousa 17/03/2022minha estante
Cara Jacy, e eu querendo ler justamente esse do Bellow! ?? dele eu havia lido o Henderson, que é um livro até bem bom. Já o Roth, vdd tudo que disse: o cara sabia envolver com palavras?


Ana Sá 18/03/2022minha estante
Adorei a resenha, Paulo. Qual livro dele você considera uma boa porta de entrada?


Paulo Sousa 21/03/2022minha estante
Olá, Ana. Dele, sugiro Patrimônio ou ?Os Fatos? em não ficção; em ficção, ?Adeus, Columbus? ou mesmo ?Zuckerman acorrentado? é uma boa porta, pq vc já pega o início da história do Zuckerman e já mata logo três pequenos romances.




Biblioteca Álvaro Guerra 05/05/2023

Além de um balanço sobre uma vida quase inteiramente dedicada à escrita, o livro aborda temas como a obra de Kafka, considerações sobre alguns dos romances mais polêmicos de Roth e a presença dos judeus na literatura.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9786559212620
comentários(0)comente



tiagovalente.blog 11/04/2024

Por que o livro tem este nome?
Um livro com mais de 500 páginas que não discorre sobre NADA relevante sobre escrita.

Eu adoro livros sobre escrita e leitura, mas esse é muito fraco, aliás, não entendi nem o que o livro se propõe.

Em determinado momento, ele começa com a divagar sobre o Judeu Americano, e o livro vira isso.

Acho que foi o livro mais confuso que já li. Tem tudo nele, e ao mesmo tempo nada.
comentários(0)comente



5 encontrados | exibindo 1 a 5


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR