Viquituhpm 12/12/2022
Eu já li alguns livros da autora, e gostei de todos, mas este aqui me ganhou de um jeito diferente. Acredito que todos tem sua particularidade e, por aqui, em "não corte as minhas asas", eu senti ser a noção do que é um ser humano e sua dualidade.
A escrita da autora fica mais inteligente a cada novo livro. Eu vou sentindo ela se debruçando em seus próprios conceitos e adquirindo confiança em suas histórias, suas verdades, em cada obra lida. Gosto muito de como ela faz suas construções.
Como eu disse, o que me conquistou aqui foi a dualidade do humano, a destruição dessa coisa que nós carregamos sobre bondade, sobre o que é ser uma pessoa boa e essa necessidade de fazer o bem sempre, de ser um herói/heroína. Nós erramos, e fazemos escolhas egoístas o tempo todo. Nós não somos santos o tempo todo, não pensamos o bem o tempo todo. Gostei de como ela moldou os processos pessoais dentro disso, dentro do entendimento sobre o que é ser uma pessoa e em que isso implica.
O que a autora passou não foi fácil, este livro possui alguns gatilhos, então, para algumas pessoas, ele pode ser menos digerível. Se apropriando do que é um ser humano, do que é ser mulher e dominando a narrativa de suas histórias, Amanda mostra que é possível se conectar, desabafar e reconstruir tudo com poesia. Eu adorei este. Recomendo demais!