Dri - @leiturainsone 06/06/2022Será que é possível um país só de mulheres?Três homens saem em uma expedição e escutam boatos de um país habitado apenas por mulheres. Curiosos, resolvem empreender uma outra expedição, dessa vez focada apenas em encontrar essa Terra das Mulheres.
Os homens esperam chegar em um país habitado por seres extremamente selvagens e violentos. Assim, vão preparados para o pior ao mesmo tempo em que sonham poder ajudar essas mulheres, mais ou menos quando colonizadores acreditam que sua forma de viver é superior à do colonizado, sabe? A ideia do homem salvador? Então!!!
“Não eram jovens. Não eram velhas. Não eram, no sentido feminino da palavra, bonitas. Não eram nem um pouco ferozes.”
Mas qual não é a surpresa desses queridos quando encontram um lugar completamente pacífico, com uma estrutura de subsistência mais voltada para o vegetal e uma organização política de tolerância zero com violência.
As mulheres acolhem esses homens, ensinam sua língua e todo o conhecimento que possam oferecer a eles em troca de que eles também lhes ensinassem como era o mundo fora daquele país, já que estavam exiladas havia séculos.
Preparem-se para passar muita raiva!
Charlotte Perkins Gilman não escreveu esse livro para agradar. Escolheu deliberadamente narrar os fatos pela perspectiva de homens.
O livro todo é um relato sobre essa expedição, sobre como eles, os homens, tinham ideias pré-concebidas sobre aquele país e as interpretações que eles vão construindo ao longo da estadia, será que eles mudam de ideia?
Não vou mentir que torci, a todo momento, para que esses homens se dessem bem mal no final. Mas já adianto que essas mulheres são extremamente pacíficas que chega a dar inveja.
Foi meu primeiro contato com utopias na ficção e fiquei completamente presa a essa leitura, desejando que não terminasse, mas, como nem tudo são flores, o final foi muito abrupto, me desapontou um pouco e me fez tirar uma estrela da nota.
Uma leitura que recomendo a todos, pois é aquele livro curto que vai te fazer pensar dias sobre o que aconteceu ali, seja para ridicularizar situações e pensamentos ou para se compadecer com certos personagens e ações.