Resenhas - Era Outra Vez

RenanDuarte 07/09/2022

Recontando o que não se conta nos contos de fada...
Os contos aqui retomam a crueza e violência dos originais que foram suavizados tanto nas coletânias feitas por Grimm, Andersen e outros, quanto pelas adaptações animadas de Walt Disney.
Conta com referêcias também à questões do nosso tempo (ditadura, eutanásia, prostituição infantil, etc). A arte é um espetáculo a parte, colagens incríveis, coloridas e bem elaboradas..
Adorei a relação que fazem no final entre Walt Disney e um dos personagens que aparece em suas histórias...

Ricardo.Rincon 13/03/2022

Trillo e Breccia, sempre 5 estrelas
Não tem como ler Trillo e Breccia e não dar 5 estrelas para o trabalho deles.
Um quadrinho que pega o que temos no imaginário sobre os contos de quando éramos crianças, e os transforma em verdadeiras histórias adultas.
Breccia está arrasando nos desenhos e Trillo, que já é meu roteirista de quadrinhos preferido, está simplesmente sensacional nos roteiros.

Funkeiros Cults 26/04/2022

Era outra Vez
Tem muita genialidade nesse quadrinho, principalmente as técnicas que foram usadas pelo Breccia, você realmente entra em algo fantasioso, mas não tem nada de lindo, provocações e toca em feridas da época da ditadura, A obra só peca por ser curta, apenas 5 contos, mas o da Chapeuzinho vermelho é tão ABSURDO, que ainda penso nele.

Raquel S. Ramos 29/04/2022

Para viciados em contos de fadas
Através de artes lindas feitas através de colagens e desenhos, Trillo e Breccia recontam histórias clássicas dando vez a finais "originais", como uma madrasta dançando eternamente em sapatos de ferro em brasa ou alternativos como protagonista abrindo bordel. Você pode até não se agradar dos finais das histórias, mas vai se encantar (ou se aterrorizar) com elas.

Henry 16/09/2022

Para além do " ... E viveram felizes para sempre".
Carlos Trillo e Alberto Breccia formaram uma das duplas mais competentes que compunha na história da nona arte.

Trillo com seus roteiro ousados e cheios de referências (duras) sobre a realidade. Já Breccia, nesse encadernado, traz um traço mais experimental, utilizando inúmeras técnicas até ter seus desenhos finalizados, como colagens, recortes, dentre outros.

Em "Era Outra Vez", alguns dos contos clássicos são adaptados de forma a mostrar um lado mais sombrio que não foram mostrados para as criancinhas. Tudo com muita criatividade, no entanto, de forma breve. Corrida.

Curti, mas longe de ser o meu trabalho favorito da dupla. Recomendo para aqueles que já estão habituados com seus estilos.

pordentrodaestoria 19/01/2023

Sensação de que eu estive em uma galeria de arte
Sétimo título publicado pela editora Comix Zone da biblioteca histórica Breccia e Trillo e o primeira obra do Breccia publicada no Brasil em cores.

Ao folhear esse material tive a sensação de estar dentro de um museu de obra de arte! Simplesmente sensacional.

Era Outra Vez compila as adaptações de contos de fadas clássicos. A obra nos apresenta cinco contos, sendo eles: A Branca de Neve, Chapeuzinho Vermelho, A Bela Adormecida, João e Maria e Cinderela.

Os contos foram publicados em diferentes revistas entre 1979 e 1981 e foram adaptados fazendo fortes críticas a ditadura Argentina.

Quadrinho argentino não tem erro, vale a pena conhecer!

Erika Neves.1 23/08/2023

Não gostei muito da arte. Além de feia, achei algumas imagens extremamente confusas e em alguns momentos ficava difícil entender o que estava acontecendo.

Cristiano.Cruz 13/11/2024

Menos é Mais
Não sou um bom entendedor quando se trata de contos de fadas. As metáforas que buscam retratar as vicissitudes da vida, na maioria das vezes, me soam incompreensíveis.

Aconteceu com João e Maria, fábula que abre este encadernado. Não compreendi a atitude das crianças em um mundo ainda mais vil. Ou entendi...?!

Já em Cinderela, Carlos Trillo e Alberto Breccia, parecem ter se transportado para o futuro, visto que em 1980 já vislumbrava fascínio dos reality shows, com sua versão da realeza e sua preocupação intrínseca com a imagem. Genial.

Branca de Neve é muito bem caracterizada e se torna, como sua madrasta, tão vil quanto.
O Lobo Mal realmente come criancinhas...

E os autores quebram a quarta parede bem antes da Mulher-Hulk e Deadpool e o fazem de uma maneira genial.