Todos os nossos ontens

Todos os nossos ontens Natalia Ginzburg




Resenhas - Todos os Nossos Ontens


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Luciana.Lourenco 21/01/2024

Durante os anos de fascismo na Itália, uma típica família da classe média precisa seguir a vida após a morte do pai. 
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Gabriele Talaia 21/01/2024

Todos os Nossos Ontens
Todos os Nossos Ontens é uma colcha de retalhos de duas famílias, que se entrelaçam aos longos dos anos hora por amizade, hora com desprezo, e com desdobramentos que permeam toda a leitura. Os personagens não cativam, em nenhum momento você se vê torcendo por eles para que consigam "x" ou "y", mas com o passar da leitura você entende que são todos frutos da criação que tiveram (revolucionária e permissiva de um lado, repressiva e da pequena burguesia do outro) e do meio que vivem - primeiro a Itália fascista e depois a Itália como membro do Eixo, aliada à Alemanha na Segunda Guerra.
Seguimos com eles pelas páginas, acompanhando estas pessoas no vai-e-vem deles pelas cidadezinhas, e como folhas e incetos (te dedico essa Cenzo Rena) não somos personagens, e sim espectadores daquelas vidas.
Leitura interessante e ao mesmo tempo intrigante, já que não me recordo de ter feito outra leitura com personagens italianos nesse contexto histórico.
No fim, o sentimento é que vão-se os aneis, mas ficam-se os dedos. O próximo passo é descobrir o que fazer com esses dedos.
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Dilso 24/01/2024

Os ontens...
Um livro que frequenta a visão de duas famílias da/na Itália desde o germe do fascismo até o final da Segunda Guerra Mundial. Escrita seca na qual o narrador se mistura às vozes das personagens. Muitos socos no estômago do leitor e perdas ficcionais verossímeis, pois o chão da história é pisada na História.
Enfim, termino minha inquietação de leitor citando o excerto sheakespeareano que deu origem ao título:
"E todos os nossos ontens não fizeram mais que iluminar para os tolos o caminho que leva ao pó da morte. Apaga-te, apaga-te, chama breve!" (Macbeth, William Shakespeare, 1603-1607).
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Marina 18/05/2024

O cotidiano de duas famílias italianas, suas relações, os hábitos, o cotidiano, as pequenezas. No plano de fundo, a Segunda Guerra Mundial, o fascismo, a invasão dos alemães. E aí, como essas vidas mudam com a chegada da guerra, o que ganha e o que perde importância, o que aproxima e o que afasta. É incrivelmente triste sem ser explícito ou apelativo. Eu gosto como a Natalia Ginzburg consegue retratar o horror nas entrelinhas do banal, é sutil e delicado mas tá lá, sempre presente e à espreita. Acho que dos que li dela até agora, esse foi meu favorito.
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Biblioteca Álvaro Guerra 23/05/2024

Com naturalidade, em família, vai apresentado as personagens, delineando-as, com perfis que parecem sair do papel. O pai de família, uma figura singular: “Havia deixado a advocacia para escrever o livro; vinha desempenhando essa tarefa há muitos anos. O título era: E nada além da verdade e estava cheio de opiniões inflamadas sobre o fascismo e o rei. Ele ria e esfregava as mãos ao pensar que o rei e Mussolini viviam alheios ao fato de que, numa pequena cidade da Itália, um homem escrevia páginas inflamadas sobre eles

https://pablogonzalezblasco.com.br/2024/03/06/natalia-ginzburg-todos-os-nossos-ontens/

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788535934557
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Ana Helena 16/06/2024

Como explicar?
Você finaliza um livro excepcional, domingo 22:10, e pensa: como explicar como esse livro te tocou?

No começo a leitura parece até infantil, a forma narrativa usada faz com que as coisas sérias e superficiais sejam narradas do mesmo jeito, trazendo o peso das palavras apenas para o leitor.

Mas aí, você continua lendo e vê que tudo isso, a forma narrativa, não passa de uma camada do livro pra mostrar como essas pessoas viviam.

Os personagens são tão cativantes que me peguei amando Cenzo Rena e me afeiçoando ao pobre Franz.

Acho que o livro tem muitas camadas que ainda preciso entender e estudar, mas, não posso deixar de já notar como ele é excepcional e como sinto carinho e afeição pela Anna.
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Juliana 20/06/2024

"e disse que ele, giustino, fizera bem em ir para a rússia pensando como pensava, de ser um como os outros atirando não em nome da pátria, em nome da gente que estava ali sem culpa e no fundo a pátria era isso, a pátria eram os pobres filhos da mãe de tan
Esse trecho me pegou muito, sobre o que é pátria, principalmente num contexto de guerra. mas o livro aborda a rotina doméstica de uma família comum. é tão mundano que alguns personagens soam familiar, como se eles fossem seus vizinhos ou até alguém da sua própria família. pra mim, a leitura foi cercada pelo pensamento de que é tão estranho ver como o tempo passa e a gente nem percebe isso, a gente tem tantos sonhos e motivos e mais da metade deles acaba ficando para trás. acontece. mas também fala dessa nostalgia de olhar para trás e se lembrar dos que foram e dos que ficaram. lindo lindo lindo!!

(one step closer to the sally rooney state of mind)
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@almicci.thiago 30/06/2024

Que novelão das 21h meu deus!
que livro gostoso, que livro interessante, que livro que ensina tantas coisas!
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Ana Clô 16/07/2024

Potente.
Que escrita incrível Natalia Ginzburg tem. Acho que esse foi o meu livro preferido dela até agora.
A potencia narrativa nos envolve de maneira a devorar cada milímetro de sua escrita.
A construção de um cotidiano familiar atravessado pelo fascismo e pela guerra dissolve o que até então era a vida.
Uma leitura marcada por esse entre-lugar do medo e da resistência.
Um livro sensível e visceral na mesma medida.
Natalia nos dá uma aula de história ao mesmo tempo que nos coloca diante das complexidades humanas diante dos assombros do fascismo.
Poético, dolorido, sensível e arrebatador.
Leiam!
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