Dre21 26/07/2024
O Mistério das Irmãs Hollow
"Eu não seguia minha irmã. Eu era minha irmã. Respirava quando ela respirava. Piscava quando ela piscava. Sentia dor quando ela sentia dor. Se Grey fosse se jogar de uma ponte, eu estaria lá com ela, segurando sua mão."
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Um dos primeiros elementos que chamaram minha atenção foi a ambientação que a autora criou para a trama: misteriosa, escura, fria e mística. Particularmente, gosto muito de histórias com esse ar cinza e cheio de segredos. No entanto, há pontos de cores nela. Para exemplificar, é como nos filmes do Tim Burton, onde o sombrio e o colorido andam juntos, opostos que se complementam.
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O mistério é o ponto que, ao meu ver, foi bem trabalhado. Desde a primeira página, você se vê preso na teia de interrogações que vão aumentando ao longo da narrativa.
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Um grande defeito que encontro em livros únicos de fantasia é o fato de os autores(as) deixarem várias pontas soltas, sem explicação. No entanto, em ?O Mistério das Irmãs Hollow?, gostei da maneira como essas lacunas ficaram, pois até a protagonista se pergunta a respeito delas. Ou seja, sinto que foi proposital, como se a Sutherland quisesse prolongar o mistério após o final.
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Para encerrar, não sou fã de finais abertos, mas acredito que, em algumas histórias, esse tipo de encerramento combina, pois permite que o leitor construa seu próprio final ou elabore várias teorias, como acontece na história em questão. Gostaria que a escritora tivesse escrito mais algumas páginas revelando se o que a Íris se propôs a fazer deu certo. No entanto, a incompletude desse fato torna a narrativa mais interessante, ao meu ver.