Ciranda de pedra

Ciranda de pedra Lygia Fagundes Telles




Resenhas - Ciranda de Pedra


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Ludmila 25/12/2022

Um livro sobre não se sentir pertencendo a nenhum lugar junto a família. Às vezes é preciso se afastar para pertencer! Adorei.
Hudson 27/12/2022minha estante
Um dos melhores livros que li.




Beca Nolêto 23/09/2021

Primeiro contato com a autora surpreendente
Confesso que não sabia o que esperar desse livro e apesar de ter ficado um pouco "decepcionada" (por falta de uma palavra melhor para dizer no momento em que escrevo) com o final, acho que é um livro que eu ainda vou remoer por um tempinho, pensando em tudo que aconteceu, em tudo o que estava ali de forma explícita e implícita. Incrível!
elizabeth.mitchel 24/09/2021minha estante
Eu amo os romances dessa autora.




bowieschild 23/09/2021

Obra de arte, válida por si mesma
Ciranda, cirandinha
Vamos todos cirandar
Vamos dar a meia volta
Volta e meia, vamos dar

O anel que tu me deste
Era vidro e se quebrou
O amor que tu me tinhas
Era pouco e se acabou


Uma narrativa sensível, sutil e elegante. Ao narrar a história pelo ponto de vista da menina Virgínia(que sobre nada sabe, mas sobre tudo imagina), Lygia nos mergulha em uma realidade frustrante, motivada por um desejo de pertencimento, pertencimento impossível.
Em sua situação de espectadora, que nada sabe sobre a condição da própria família, Virgínia só deseja pertencer. Pertencer à ciranda de anões, pertencer ao grupo de amigos de suas irmãs, pertencer ao mundo.
Nessas inúmeras cirandas que compoem a história, Lygia tece uma narrativa segura, íntima e, acima de tudo, misteriosa. Assim como Virgínia, não somos aceitos na ciranda de pedra, e o que nos resta é investigar cada personagem e situação em toda sua complexidade quase atômica.
Qualquer um que ousar mergulhar nesse livro, não se sentirá solitário.
Ale 23/09/2021minha estante
casa comigo pff




rafaelcgodoy 10/06/2021

Essa questão de jornada
Um romance muito bem construído. Definir essa leitura é difícil porque não é o tipo de obra que sou acostumado a ler, mas me lembra os tempos em que comecei a descobrir os textos. É um romance que parece já ter nascido clássico.
As construções descritivas, o aspecto da loucura exposta e, principalmente, a narrativa construída a partir de Virgínia é o que dá os tons dessa genialidade em prosa. Sem firulas, sem frases castigadas, sem a necessidade de dizer o que já estava dito nos gestos e atos dos personagens.
Um ponto necessário a se destacar é a forma em que esse livro é escrito, a questão da jornada sendo mais importante que o objetivo. O corpo do texto já faz valer a pena. A crítica à família de classe média, as subversões da época, a hipocrisia estampada: um conjunto de prazeres pra qualquer leitor que goste do tema. Lygia, sem dúvida, é gigante. Obrigado, bê, por isso. Hahaha
Rafaela.Maria 10/06/2021minha estante
Muito feliz que tenha gostado ??




ju 20/03/2023

Uma enorme decepção
A Lygia Fagundes Telles é considerada uma das maiores escritoras do Brasil, o livro Ciranda de Pedra se trata de um romance de formação e já ganhou duas novelas, ambas com mesmo nome da obra.

A decepção com esse livro foi muito grande, pois além de não ter me conectado com a história, não ter gostado de nenhum personagem, ainda podemos observar DIVERSAS passagens racistas nesse livro, o que me incomodou absurdamente. A história em em si parece focar bem mais que amores não correspondidos e qualquer situação extremamente dramática, sendo que falta uma boa construção de tudo. Ainda sobre o plot final, achei bem mal construído também pois apenas jogou a condição de um determinado personagem mas não explicou o porque ele era daquela forma, assim como muitas coisas foram apenas jogadas na história.

Alerta de gatilho, racismo ?

Algumas das passagens são:

"Você é uma negra mentirosa"

"Meu pai era preto e minha mãe era branca. Fiz tudo para tirar meu pai de mim, tudo. E não adiantou, ele está nos meus cabelos, na minha pele, no meu sangue...essas coisas a gente tem que aceitar."

"Todas as manhãs eram regadas pelos anjos louros que passeavam de mãos dadas, em bandos. Todos louros? É, todos louros, até Isabel que morrera preta mas no céu virou branca, muito mais bonito anjos só brancos, podiam soltar os cabelos até os ombros, como Otávia. Ser preto era triste e no céu só tinha que ter alegria."

Realmente essas passagens me incomodaram muito, apesar disso não achei uma leitura difícil, nem rebuscada e nem de difícil compreensão mas eu não pretendo ler mais nada da autora.

Obs: acredito que esse livro não deveria ser considerado um clássico, pois um livro clássico atravessa o tempo muito bem e permanece sendo atual, o que não foi o caso desse.
JonasDomm 20/03/2023minha estante
Eu amei a sua resenha. Penso a mesma coisa. RACISTAS NÃO PASSARÃO!




Izabella.BaldoAno 29/02/2024

Esse foi meu primeiro contato com a escrita de romances de Lygia. fui direto no romance que explodiu na cena da literatura moderna brasileira na década de 1950, e que já foi mais de uma vez adaptado pra produções audiovisuais.

vejo que o estrondo faz todo sentido. encontrei aqui uma história que aos poucos desmancha a estrutura de aparências da família de classe média alta brasileira da época, que explora as contradições de ser humano, que vai despindo os sentimentos mais íntimos de cada uma das personagens.

Ciranda de Pedra nos é contada a partir da perspectiva de Virgínia em duas fases: primeiro, através de seu olhar de criança, e depois, ao adultecer. Virgínia experimenta abandono e o tempo todo rememora e revivencia seus traumas. seu desenvolvimento e como ela reage a tudo que lhe acontece são surpreendentes, uma virada seguida de outra virada seguida de outra virada.

um dos pontos que mais me chamou a atenção foi a presença constante de insetos na narrativa, sobretudo nos pensamentos de Virgínia que repetem falas que escutou das pessoas que ama, e como a narrativa vai construindo significados pra a presença desses insetos. "um dia, um besouro caiu de costas. e besouro que cai de costas não se levanta nunca mais", disse Laura, mãe de Virgínia, marcando-a pra sempre.

outro aspecto marcante é a própria repetição dos pensamentos e como eles estão inseridos dentro das falas. as personagens conversam umas com as outras ao mesmo tempo em que conversam consigo mesmas em seus pensamentos. elas falam e pensam e daí nasce aquilo que falarão em seguida e sua escolha do que verbalizar nos mostra da maneira mais crua aquilo que sentem, aquilo que escondem, aquilo que querem construir da sua imagem.

as relações entre as personagens são essa ciranda que vai se fortalecendo a partir da cumplicidade, da dívida para com o outro, do amor, do ódio, de tudo que é belo e feio ao mesmo tempo.

no fim, o que é loucura? o que é traição? como é válido amar? - Lygia me faz questionar.

é um livro que parece não ter começo nem fim: começa assim, numa cena íntima em que parecemos nos intrometer, e do mesmo jeito termina.
mariaclara.pb 29/02/2024minha estante
eu amo!




estela.lavinia 31/12/2023

Amo amo amo ler Lygia. Embora essa leitura tenha sido meio lenta pra mim logo no início, eu não entendia bem o que estava acontecendo, mas depois fui me apegando e adorei.
cattjubs 04/01/2024minha estante
tive a mesma sensação!! primeiras páginas fiquei meio ??? depois fluiu




Gabrielle 24/10/2022

História repleta de nuances e camadas
Meu primeiro contato com a Lygia foi na época do ensino médio, quando uma das leituras obrigatórias do ano foi Antes do Baile Verde. Talvez isso tenha sido há +- 9 ou 10 anos atrás. Lembro que terminei o livro sem entender muita coisa, pois achei tudo muito complexo e difícil de se analisar. Porém, sempre tive vontade de ler outras obras dessa autora consagrada, então elegi Ciranda de Pedra para (re)começar.

Lygia é uma autora que coloca diversas nuances e camadas em suas histórias, então, acredito que, quanto maior o número de vezes que lermos um livro ou conto dela, mais coisas serão descobertas e compreendidas a cada leitura.

Foi um livro que realmente adorei e que pretendo reler (assim como Antes do Baile Verde), pois sei que irei perceber e compreender ainda mais coisas do que nessa primeira leitura.

Agradeço a minha professora de português/literatura do ensino médio por ter me apresentado essa autora na época e por ter falado tão bem dela, colocando essa vontade em mim de conhecer os trabalhos da Lygia. Demorei todo esse tempo para ler novamente a autora, porém, agora, fiquei apaixonada.

Recomendo demais!
beatriz 24/10/2022minha estante
Lygia é incrível




haruurane 01/10/2023

O meu primeiro contato com a lygia foi majoritariamente interessante e fantástico. a escrita suave é muito bem construída por meio de metáforas, que entrelaçam animais com seres humanos. a forma com que a vida amorosa dela se desenrola de repente é um tanto quanto engraçada.
a metáfora que se esconde por entre os anões de jardim releva o motivo do título: virginia vive num ciclo impenetrável de pessoas, que são tão desgastadas e apáticas quanto uma pedra.
lembrei demais de você e de sua escrita, fe.
stopmakingsense 13/10/2023minha estante
??




Denise Ximenes 13/06/2022

Relações líquidas
O livro de maior destaque de Lygia Fagundes Telles nos faz pensar na forma líquida das relações sociais. Empatia, responsabilidade afetiva e escrúpulos são palavras ausentes do vocabulário dos personagens de Ciranda de Pedra.

O enredo começa manso; frágil, eu diria. Virgínia, caçula de 3 irmãs, sente-se excluída e passa toda a sua vida buscando o sentimento de pertencimento. Não consegue.

Dilemas morais dos personagens são evidenciados. Aqui, percebemos a liquidez das relações proferida por Bauman, anos mais tarde... Ousadia demais inserir tabus para a litertura dos anos 50: impotência sexual, homossexualismo entre mulheres, eutanásia e suicídio. Só uma escritora porreta como Lygia mesmo!

Uma trama de prender a atenção até do leitor mais distraído. Nada aqui é supérfluo ou irrelevante. Lygia entrelaça detalhes para mostrar ao leitor atento às entrelinhas o quanto essa sociedade é, de fato, líquida.
Maria 20/06/2022minha estante
Virgínia é uma das minhas personagens favoritas em toda a Literatura Brasileira :p Ela só queria ser amada num mundo em que o amor havia se tornado apenas uma palavra...




@leitoradassombras 04/12/2021

Muito bom
Esse livro foi meu primeiro contato com a escrita da autora e não me decepcionou. Muito animada para ler os outros!
Alê | @alexandrejjr 09/12/2021minha estante
Ela é magnífica, Lorayne!




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Humb 27/03/2013minha estante
Eu li uma vez só e achei muito bom. Sua observação foi excelente, Virgínia fazia parte da ciranda sem saber. Eu só não me liguei que ela era o centro.
Nada como uma releitura para entender melhor!




Débora 11/09/2020

A inexplicável Lygia Fagundes Telles.
#lido
Ciranda de pedra, Lygia Fagundes Telles.

Não é possível explicar Lygia. Só é possível senti-la.

Citando alguns trechos da obra:

"Lembrou-se de Otávia: 'Não me peçam nunca fidelidade. Por que fidelidade se todos mudam tanto e tão rapidamente. Mas se nem a mim mesma consigo ser fiel. Seria bem divertido fazer uma pilha dessas Otárias todas tão contraditórias e tão desiguais, que não me reconheço em nenhuma delas'."

"Mais importante que nascer é ressuscitar."

"Nascemos todos os dias quando nasce o sol... Começa hoje mesmo a vida que te resta... Já que é preciso aceitar a vida, que seja então corajosamente."

Enfim, ler Lygia Fagundes Telles é uma experiência única e encantadora. Apaixonante.

"Um ponto digno de nota na construção desse romance é o poder imaginativo ou, mais precisamente, associativo de Virgínia, a personagem central, em quem a visão criadora das coisas será com certeza uma projeção da romancista. [...] Nesse livro tudo se situa dentro de planos bem conhecidos, e o que vai conferir a todas as cenas um caráter singular e, a muitas, uma inesquecível força, é o poder da autora --- que, com os suaves instrumentos de sua arte, vai desdobrando entre nós a sua criação." OSMAN LINS.

Lygia
Débora 11/09/2020minha estante
Retificando: Otávias*, não otárias.




Karin 29/12/2023

Bom livro para passar o tempo
Eu realmente acho que leitura pode ter muito a ver com o momento que a gente vive. Lygia é gigante. Um patrimônio da literatura brasileira, mas este livro não me pegou muito. Diferente de outros trabalhos da Lygia, senti que neste as personagens não são tão cativantes, o que me afastou de entender ou sentir empatia por elas.

É um bom livro, mas é que pro parâmetro Lygia eu realmente esperava mais.
Paula 29/12/2023minha estante
Também não senti muita empatia pela Virgínia não




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Silmara 15/02/2019minha estante
Uau, excelente resenha! Esse livro é maravilhoso!




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