Debora.Ciampi 06/09/2022
Alguém me leva pra Charis!
A história da Lilah é a história de todos nós.
Em poucas páginas, a Lavinia nos apresenta um mundo novo bastante consistente. Ela consegue aprofundar relações, personagens e ambientes, ainda que esse não seja o foco da história.
O mundo foi tão bem construído que fez com que as decisões da Lilah tivessem um peso maior, ainda que a gente, como leitores, conhecesse há pouco tempo aquele universo.
Os personagens são bem consistentes e a Lilah apresenta uma profundidade surpreendente, se formos considerar o tamanho da história.
Ela é uma menina curiosa, que ama a vida, e, sim, ela toma uma decisão errada, mas não é uma rebeldia crua, que dispensa explicações; é uma rebeldia rebuscada, repleta de camadas; não é a rebeldia pela rebeldia. Assim como muitos de nós.
Em menos de 50 páginas, conseguimos acompanhar o grande dilema da Lilah, que, ao mesmo tempo em que ama profundamente seu rei, seu povo e sua vila, também cede aos seus próprios desejos e curiosidades. (Isso parece familiar para você?)
E, então, vem Raah. Um eco, um reflexo, um vislumbre do nosso verdadeiro Pastor, mas que, ainda assim, consegue trazer o acalento à nossa alma.
Raah é uma ótima ilustração da bondade e eterna misericórdia do nosso Deus.
As mensagens do livro, além de verdadeiras, são profundas, porque foram tiradas da própria Palavra de Deus.
Inclusive, aproveito aqui para destacar as referências bíblicas ao longo da história. Elas não foram enfadonhas nem forçadas, muito pelo contrário: contribuíram para o desenvolvimento da narrativa e estavam ali de forma orgânica; somente os conhecedores da Palavra pegariam algumas delas, inclusive.
Enfim, acho que não tenho mais o que dizer.
Uma leitura leve, inspiradora, que nos lembra de verdades eternas e reabastece a esperança em nosso coração.
Terminei o conto com um desejo ainda mais profundo dentro de mim de, algum dia, enfim, conhecer a verdadeira Charis!