Isabella.Wenderros 11/10/2022Já estou esperando ansiosamente pela continuação. Depois de solucionar o caso Bell-Singh, Pip decide que aquela será sua única investigação. Enquanto entrevistava as pessoas ao seu redor, juntava pistas e montava o quebra-cabeça, coisas graves aconteceram e as consequências poderiam ter sido ainda piores. Para finalizar com chave de ouro e contar a verdade sobre aqueles dois jovens, ela cria um podcast intitulado Manual de Assassinato para Boas Garotas – é um sucesso imediato. Todos querem saber mais sobre a adolescente que desvendou um duplo homicídio, marcas querem oferecer patrocínio, mas a decisão está tomada e é uma temporada única. Talvez tudo tivesse voltado ao normal, mas as coisas saem do eixo quando Connor – um de seus melhores amigos – implora por ajuda: seu irmão mais velho, Jamie, desapareceu e a polícia não acredita que ele precise de ajuda. Já que é assim, não resta alternativa: outra investigação precisa começar.
Para mim, ficou claro logo de cara que as coisas aqui seriam um pouco mais frenéticas se eu fosse comparar com o livro anterior – antes existia um interesse genuíno que foi desenvolvido durante um trabalho escolar, mas os “atores principais” estavam mortos. Outras pessoas seriam afetadas no processo, é claro, mas não existia pressa, urgência. Com Jamie já era outra situação: o rapaz estava desaparecido e cada minuto contava, era uma corrida contra o tempo. Além disso, Pip precisava lidar com os traumas do ano anterior, a curiosidade da mídia e os julgamentos dos criminosos que foram expostos por ela.
Gostei bastante do primeiro livro, então decidi controlar minhas expectativas e isso foi totalmente desnecessário – como aconteceu antes, fiquei intrigada do começo ao fim. Continuei adorando a forma como a protagonista vai reunindo informações e como não deixa nada escapar. A relação entre Pip e Ravi é excelente e acompanhar enquanto a adolescente lida com as injustiças e descobre mais sobre a própria personalidade também foram partes que me agradaram muito.
Minha vontade foi continuar até terminar, é praticamente impossível largar isso aqui. A autora consegue me deixar ansiosa por cada migalha que ela libera no livro e a forma como é escrito é muito dinâmico – tudo isso faz as páginas voarem. O veredicto do julgamento de Max Hastings não me surpreendeu – infelizmente –, mas a revelação final fez isso muito bem. Estou torcendo para ver essas coisas se desenrolando no próximo livro e mal posso esperar por essa publicação.