Mrs Dalloway

Mrs Dalloway Virginia Woolf




Resenhas - Mrs Dalloway


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Vitinho 29/12/2022

Profundo!
Esse foi meu primeiro livro de Virgínia Wolf e também do Clube da Literatura Clássica e eu só posso dizer que amei.
A escrita de Virgínia é incrivelmente profunda captando os desejos, as experiências, pensamentos e inquietações de cada personagem. Todos eles são complexos, mas muito do que é apresentado ali mostra os anseios da população naquele período conturbado pós guerra. O plot sobre Septimus eu realmente não esperava. Fiquei completamente chocado.
Enfim tenho que dizer que amei o livro e a forma como foi conduzido, e vi muita semelhança com a forma como Clarice Lispector escreve.
Não posso deixar de mencionar o trabalho primoroso do Clube da Literatura Clássica, esse foi o primeiro livro deles que li e que incrível que ficou, a capa, a tradução, as imagens, enfim o trabalho gráfico é sensacional e ser uma edição bilíngue o torna ainda mais sensacional.
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Thiago662 23/01/2024

"já que tudo não passa de uma piada de mau gosto, façamos, de todo modo, nosso papel; mitiguemos o sofrimento de nossos companheiros de cárcere".


Primeiro contato com a obra de Virgínia Woolf. Não é um livro que lerei novamente. Cansativo! Extremamente bem escrito! Um dia na vida de Clarissa Dalloway e suas reflexões (passado e presente, lado a lado na narrativa). Só que a autora não para por aí, vai tecendo vários fios, com lembranças, pensamentos, desejos, reflexões de inúmeros personagens que aparecem ou não no caminho de Mrs. Dalloway! O fio de um novelo. Uma reflexão abrindo caminho para outra, mudando os personagens, num texto corrido, sem divisões. Não é para qualquer um escrever assim. Gostando ou não, Woolf escrevia pra 🤬 #$%!& ! 


Fico pensando se o personagem central não é a cidade de Londres... As reflexões vão ocorrendo à medida que os personagens passeiam pela cidade. Na realidade, o livro parece ter dois núcleos principais: Mrs Dalloway e suas reflexões que vão muito pelas escolhas que ela fez ao longo da vida e Septimus Smith e os transtornos de estresse pós-traumáticos gerados pela sua participação na Primeira Guerra Mundial. Confesso que as relações entre Septimus e sua esposa, as reflexões sobre os efeitos da guerra geraram maior interesse do que o núcleo de Clarissa, bastante cansativo. Impossível não chorar, torcer por Septimus e Rezia. 


A guerra aconteceu. Fudeu muitas pessoas, mas para as elites a vida continuou como sempre foi... Festas, chás, petições, almoços e etc. Quando há o desfecho da história de Septimus, o livro perde um pouco da graça. O fôlego já tinha acabado quando finalmente começa a festa de Mrs. Dalloway, o motivo da compra das flores. Outras partes com algum interesse são as reflexões de Peter Walsh, o pretendente renegado de Clarissa. 
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Zenaildo 04/02/2023

Leitura importante para saber como eram os "pensamentos" de quem passou pela 1 guerra mundial.. você verá vários gatilhos nesse sentindo. Leitura um tanto difícil porque ela vive pulando de cabeça em cabeça dos personagens. Vale a experiência.. talvez mais tarde eu volte a ler e tire outras coisas e goste mais... Por se tratar do primeiro contato com a autora.
É realmente um livro e eu tenha que reler para pegar minuciosamente as coisas..
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Wesley.Rodrigues 01/01/2023

Minha leitura mais desafiadora de 2022, primeiro livro da Virgina que eu li, nas primeiras páginas não consegui me concentrar muito na leitura, reli várias vezes, pois sentia que não estava adentrando na história como deveria, porém do meio para o fim, me acostumei com a escrita e foi uma jornada muito boa, em tão poucas páginas ela consegue dar muita profundidade aos personagens, a história em si do livro não é instigante, podemos dizer que nem história tem, porém a análise que é feita dos personagens, principalmente da Clarissa, do Septimus, Rezia e Peter, é o que faz valer a história. Acredito que esse livro numa futura releitura irá se tornar ainda melhor, pois sinto que na primeira leitura ainda não consegui captar todas as nuances dessa obra.
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LaAs183 25/10/2022

Ambientada na Inglaterra do pós guerra, a história apresenta uma trama simples, narrada em um único dia, tendo como seu ponto alto, e diferencial da autora, o fluxo de consciência que passa de um personagem a outro, sem aviso prévio. Essa divagação e passagem entre a mente dos personagens, que muitas vezes torna a trama difícil de ser entendida, é o dá ao livro seu tom contemplativo e tão singular. Vale muito a experiência.
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Café com Livros 13/12/2023

Delicado e profundo
Clarissa nos leva para comprar flores e nos coloca em uma introspecção poética sobre a complexidade das relações sociais e a passagem do tempo. O romance revela camadas sutis de emoções e pensamentos. Precisei ler sem pressa, fazendo anotações e buscando referências e ainda assim a leitura fluiu muito bem.
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AnaSininho 12/10/2023

Gostei da história, gostei como a escrita do livro foi apresentada, no começo é um pouco confuso, mas depois vamos nos acostumando com o livro.
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Lilian 05/01/2023

Foi o primeiro livro que li dela, precisa muita atenção pois a escrita é super diferente do que estamos acostumados, mas achei maravilhoso, mostrar a fluidez de um dia para diversos tipos de pessoas em um período pós guerra, achei genial!
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Apenas Evelim 14/10/2022

Mrs Dalloway
Esse foi o meu primeiro contato com a Virgínia Woolf.

A leitura para mim foi muito custosa. Essa literatura atomística, de fluxo de consciência é dificultosa no início. Mas depois se torna algo diferente, num sentido bom. Eu nunca li nada parecido.

Entretanto, o enredo não é muito envolvente. A narrativa retrata um dia comum em diversas perspectivas. A Virgínia Woolf explora todos os pensamentos dos personagens. Existem dois grandes núcleos, o da Clarissa e o do Séptimus.

O núcleo de Clarissa é mais superficial, de festas, amores, desilusões e um prestar de contas a "sociedade". Já o núcleo de Séptimus (para mim, o mais cativante), mostra a vida de um soldado sobrevivente da primeira guerra, que tenta viver apesar de tudo o que vivenciou, entretanto, se perde ao recordar das perdas dos amigos. O personagem sofre com lembranças traumáticas e possivelmente, depressão, porém não recebe tratamento pois tais condições eram desconhecidas, ou pouco conhecidas até então pelos médicos.
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Miguel.Moreira 31/12/2022

Mrs Dalloway
Antes de tudo, quero deixar minhas impressões sobre a edição do CLC, que está muito bonita, com material impecável. Apenas uma ressalva à tradução (e alguns erros de digitação), que comparando com a original, ficou um tanto pedante, que em minha opinião se tornou uma outra versão da obra (inclusive uma versão melhorada, pois não me agradou esse estilo de escrita e desenvolvimento da obra), porém, apesar de uma tradução que melhora a obra, não concordo com esse tipo trabalho, pois soa como uma tentativa de melhorar determinada obra. Eu como consumidor deixo esta avaliação, mas novamente ressalto a excelente qualidade do produto.

Agora tentarei resumir minhas impressões de Mrs Dalloway.

É um livro bem cansativo e tedioso de ler, não tendo muitas pausas, e nenhuma separação por capítulos. O desenvolvimento é inexistente, basicamente a narração de um dia de uma Londres pós-guerra sob a perspectiva de uma senhora terminando os preparativos para uma festa extremamente fútil, algo característico do início do séc XX na Inglaterra.
O tempo é algo que se distorce, desde as viagens nas mentes das pessoas, até o leitor que se sentiu entediado ao ler páginas e páginas, ficando exausto e perceber que se passaram 30 minutos apenas.
Em paralelo com a música do séc XX, eu entendi completamente a proposta do livro, mas como um leigo, leitor amador, é um livro extremamente ruim para esse público, no qual me considero fazer parte. Então classifico o livro com nota baixa pelo fato de que eu simplesmente não gostei. Não sou especialista, mas eu arrisco dizer que é um livro ruim.

Reconheço o valor artístico da obra, de tentar revolucionar a literatura, e chocar o leitor com esse "novo" estilo de escrita, assim como os compositores do séc XX tentaram fazer. Mas ainda assim, é um livro fraco, mal desenvolvido, porém revolucionário pelo estilo de escrita (o que resulta em muito tédio).
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gissaxp 09/07/2024

Bastante informações
Meu primeiro contato com um romance da virgínia, eu já havia lido alguns contos e percebi que ela tem uma escrita que me lembrou muito a Clarice e a Lygia, com fluxo de consciência e etc.
Pra mim não é uma coisa que fica fluida, eu acho meio confuso e me perco fácil, tenho dificuldade para concentrar em com quem está a narrativa já que ela fica migrando de pensamento em pensamento em cada ciclo de personagem.
Fora isso, eu gostei da história, se passa em apenas um único dia e acompanhamos Mrs Dalloway arrumando todos os preparativos para sua festa, encontrando diversas pessoas excêntricas com seus problemas.

De todos os núcleos, me chamou muito a atenção da relação de Clarissa com Richard Dalloway, seu marido. Não esqueço nunca da parte em que ele fica a tarde toda se remoendo por não dizer à sua mulher que a ama, mesmo a amando muito a tantos anos, e a cada parágrafo em seus pensamentos temos ele contornando todas as objeções que possam aparecer para não deixar de dizer que a ama, e no fim quando ele chega, entrega a ela as flores que comprou, e não diz que a ama mas sente que esta implícito no ato. Fiquei muito frustrada!! Acho que porque isso infelizmente reflete tanto de nós nos dias de hoje, em que as pessoas parece que evitam ser claros em expressar suas impressões e sentimentos (aqui me refiro a qualquer relação). E claro não deixaria passar de comentar de Peter, a quem a vida foi tão injusta, talvez seja a palavra certa, achei um personagem diferente e incoerente em algumas situações, o que o tornou muito interessante pra mim.
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OssosDePapel - Instagram 22/05/2023

Não funcionou para mim.

A estrutura é muito interessante. Confusa no início, mas logo se assimila a proposta narrativa.

O conteúdo, porém, é delicado demais. A ponto de soar demasiadamente artificial, exagerado... Não me comoveu.

Talvez seja justamente o tipo de literatura que se esperava das mulheres escritoras daquela época.
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Kafrancesquetto 14/01/2023

Complexo
Sempre desejei ler Virgínia Woolf, mas adiava, temia não ser capaz de compreender a escrita - devido aos relatos sobre a complexidade de seus escritos. Quando o clube lançou que traria Mrs Dalloway achei que fosse uma oportunidade.

Antes de ler Mrs Dalloway, fiz a leitura de Flush, o qual achei uma leitura leve e tranquila.

Diferente, Mrs Dalloway foi difícil. Pensei em
Desistir algumas vezes, o livro não me prendeu, achei chato, por vezes me perdi na narrativa? enfim, finalizei.

Mesmo não sendo um livro agradável ao meu gosto, admiro suas riquezas. Junto de uma escrita diferenciada, traz um cenário histórico e nos emerge no mundo de uma dama da sociedade no ano de 1923.

Foi uma experiência desagradável, desafiadora, mas que agregou na minha experiência como leitora.
Machado 26/01/2023minha estante
Tá acontecendo a mesma coisa comigo rss
Li, primeiro, Flush, e gostei bastante da leitura, mas, agora, com Mrs Dalloway, estou me sentindo totalmente perdido e com vontade de desistir rss




@liv_olivroqueeuvi 25/01/2023

A Literatura de Virginia é incomparável, a sua sensibilidade e inteligência me deixam admirada, é até difícil escrever sobre seus livros. O grande clássico Mrs. Dalloway, lançado em 1925, é sua obra mais conhecida e estudada . A história, ambientada em Londres, se passa em um período logo após o fim da 1ª Guerra Mundial e esse contexto está fortemente relacionado com a vida daquela sociedade.
Na narrativa, acompanhamos um dia de Clarissa, a mulher que dá nome ao livro. Por meio de técnicas de fluxo de consciência e monólogo interior, que nos permite adentrar nos pensamentos das personagens, vamos conhecendo a protagonista num dia em que ela prepara uma festa.
Enquanto os fatos vão acontecendo, mergulhamos na mente das pessoas que estão ao redor da vida dela. Entramos em contato com as reflexões do presente, mas também viajamos no tempo pelas recordações desses sujeitos.
Além da própria Mrs. Dalloway, outro personagem é considerado protagonista: Septimos, jovem atormentado pelos horrores que viveu como soldado na Grande Guerra.
É muito complexo explicar a experiência de leitura dessa obra, o que posso afirmar é que ela é arrebatadora! Nos faz pensar na vida, na morte e, sobretudo, na efemeridade da felicidade. Para fazer esta resenha, li o livro pela segunda vez e confesso que na primeira não tinha conseguido compreender nem 50% do que captei agora. Tenho a impressão que é o tipo de livro que cresce com você: o amadurecimento como pessoa faz com que ele ganhe outras dimensões.
Em alguns momentos, pode parecer uma leitura muito difícil, às vezes é bem desafiadora, mas vale muito a pena.
Mais uma vez Virginia me fez transcender como leitora. Desejo que todos e todas tenham a oportunidade de ler um pouquinho da aniversariante do dia.
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Paola 17/01/2024

5 ??
?Mas aí (ela o sentira só essa manhã) havia o terror; a esmagadora impotência; os pais a entregam nas nossas mãos, esta vida, para ser vivida até o fim, para caminharmos serenamente com ela lado a lado; havia, nas profundezas do seu coração, um medo terrível.?
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