Resenhas -

Leiliane R. Falcão 22/11/2023

Não é só um livro. É uma experiência completa!
Acabei de finalizar a leitura dessa biografia do Pink Floyd escrita pelo baterista da banda Nick Mason. Não preciso nem dizer que é leitura obrigatória para quem gosta de Classic rock.
Além da história da banda, o Nick dá um bom contexto histórico, então pra gente que é mais jovem dá pra compreender a cronologia da banda e o seu tempo. Achei muito divertida a experiência de ir ouvindo disco a disco do Pink Floyd conforme o Nick vai desenvolvendo a sua narrativa. Que por sinal é deliciosa. O Nick tem um senso de humor ímpar, não se leva muito a sério e isso deixa a leitura ainda mais gostosa.

Aqui vão algumas curiosidades aleatórias que achei no livro, e que tem a ver com literatura. De repente interessa a alguém :)

* Em um certo momento da banda, eles pensaram em fazer um show com ballet inspirado em Em busca do tempo perdido, do Proust. Não foi pra frente porque nenhum membro da banda conseguiu passar do terceiro livro.

* Quem batizou o álbum "The division bell" foi o Douglas Adams, autor do Guia do Mochileiro das galáxias. A banda ficou por meses com o disco pronto sem conseguir achar um nome ideal, até que fizeram uma aposta com o Adams e ele ganhou. Inclusive ele tocou com o Pink Floyd em alguns shows.

* Em algum momento da história, o David Gilmour recebeu uma fita de uma cantora muito talentosa. Ele foi atrás e passou a ser um grande incentivador. Essa cantora é a Kate Bush ?

Esse livro foi uma das experiências de leitura mais legais que tive neste ano de 2023. Ainda tive a oportunidade de ir no show do Roger Waters este ano, e o que li na biografia (o perfeccionismo do Waters e a atenção ao espetáculo além da musica) fizeram total sentido com o que eu encontrei no show. Maravilhoso!

Vitor Hugo 31/10/2024

SPEAK TO ME

Nick Mason foi o único integrante do Pink Floyd do início ao fim. De The Piper at the Gates of Dawn (1967) a The Endless River (2014). Em algum momento, por diferentes razões, faltaram Syd, Rick, Roger e David. Nada mais indicado, portanto, que seja ele a contar a história da banda desde a cena underground até os últimos anos, quando ocorreu uma certa reaproximação de Roger e David.

Outro fator que também contribui para seu relato é o fato por ele admitido de se manter de certa forma neutro quando dos grandes choques entre os demais membros, notadamente aquele que marcou a saída de Roger após The Final Cut (1983).

Dito isso, cabe referir que Nick descreve a história do Pink Floyd combinando farta exposição de acontecimentos com uma leveza irônica tipicamente inglesa, havendo algumas referências mais sutis que podem passar batido para aqueles não súditos do "Império Britânico". Isso é interessante, pois ele poderia endeusar uma das maiores bandas de todos os tempos (indiscutivelmente a maior, para mim). Mas não. Ele trata tudo de uma forma muito realista, reconhecendo até mesmo suas deficiências vez por outra como baterista.

Eu diria que o livro é essencial para os admiradores do Pink Floyd. É a oportunidade de conhecer mais sobre os membros da banda e as várias e várias pessoas que contribuíram de alguma forma, construindo uma singularidade, um som complexo e extremamente criativo, tudo embalado por projetos gráficos icônicos, que entraram de forma definitiva para a cultura popular. Aliás, falando em elementos visuais, cabe apontar que o livro é recheado de dezenas de fotografias, cobrindo todas as décadas de atuação da banda.

Enfim, muito obrigado, Syd, Rick, David, Roger e Nick. O Pink Floyd tornou-se eterno.

The time is gone the song is over, thought I'd something more to say.

Juliano.Ramos 07/12/2023

Uma das melhores bibliografias já feitas, a memória do Nick Mason é fantástica, o livro tem muita informação e aquele humor britânico sem graça mas que trás muitos momentos que nos tiram um sorriso.
Vale a pena.

Jess.Carmo 03/01/2024

A história do Pink floyd
Bom livro para quem gosta de Pink Floyd e quer conhecer a história da banda. Além do autor ser o baterista da banda, a obra também passou pelo crivo de Roger Roger Waters e David Gilmour.

Nick Mason também é bastante descontraído, o que torna a leitura mais divertida. Ele também é honesto com o título. A história dá destaque à experiência do autor com a banda. Para quem está interessado nos pormenores dos outros integrantes, provavelmente vai se decepcionar.

O trabalho de revisão da editora Belas Letras deixou muito a desejar.

site: https://www.instagram.com/carmojess/

Lucas.Monteiro 02/06/2024

Nunca conheça seus ídolos
Pink Floyd é, sem sombra de dúvidas, a minha banda favorita de todos os tempos, porém, lendo a descrição do comportamento dos membros aos olhos do Nick Mason, eu acabei me frustrando um pouco. A forma como eles trataram o Syd Barrett foi ridícula! Outra, a dissolução da banda ocorre pelo regimento do ego, que impera todas as relações da banda, literalmente, como Mason descreve, como piratas decidindo como irão dividir o tesouro.

O Pink Floyd foi um tremendo golpe de sorte, um caso de estar no lugar certo, na hora certa. Hoje, a banda que toca minha alma é fruto de um acaso fortuito de 70 anos atrás, em que estudantes de arquitetura tiravam uma onda com som.

Enfim, muito bom, vou continuar amando a banda, apesar de achar os membros bem gente ruim... Mas qual artista não é coisa ruim?