Maisa @porqueleio 12/06/2023Resenha / Deuses de Neon /@porqueleioPerséfone vive na parte alta da cidade de Olimpo, governada pelos 13, assim chamadas as pessoas que estão no cargo dos 13 principais deuses do panteão. Destes, apenas 3 são ‘cadeiras’ passadas hereditariamente, a saber: Zeus, Poiseidon e Hades.
Ocupar as demais cadeiras parte de um jogo político. É um cargo que vem com todo o glamour, e a nova Deméter brilha como ninguém, levando as três filhas – Perséfone, Calliope e Psiquê - na linha. Mas, em uma das festas badaladas de Zeus, ela recebe um pedido de casamento dele. Sem saída, já que não se recusa um pedido de Zeus, Perséfone não vê alternativa a não ser aceitar.
Perséfone tenta escapar da festa, e sai pela cidade para pensar. De repente, ela percebe que está sendo seguida, e corre em busca de socorro, chegando a uma das pontes sobre o rio Estige. Hades está do outro lado da ponte. Quando descobre quem vem pedir proteção, percebe que tem a chance pela qual esperou todo esse tempo em busca de vingança.
Apesar de se inspirar nos personagens e em alguns pontos da trama, a autora criou um mundo novo. Os deuses olímpicos são referidos como os Treze, e seus nomes são simplesmente títulos. Não é um livro sobre magia, mas muito mais sobre intriga política que surge com pessoas poderosas interagindo umas com as outras.
Aqui, vale uma nota: é um livro adulto, que até promete cenas de BDSM. Há, acima de tudo, muito voyeurismo – o que acho suficiente para a proposta. É um livro que vai frisar o consentimento em todos os aspectos, justamente para fugir de qualquer conotação relacionada à Síndrome de Estocolmo, evitando assim romantizar uma prática, comum em alguns recontos.
Enfim, com cenas de sexo bem dosadas – em ambiente fechado ou em público, tramoias políticas, jogo de poder, mal posso esperar pela sequência, e quero muito reencontrar as irmãs de Perséfone, e um gostinho da vida caseira e quente de Hades e Perséfone. Afinal, como a própria autora define, trata-se de uma história ao mesmo tempo pecaminosa e doce...