Alê | @adagaliteraria 06/11/2023
Quando você acha que já viu o pior que os seres humanos têm a oferecer, pensa Holly. O mal não tem fim
O livro é um thriller investigativo que se desenrola durante a pandemia de 2021. A história segue a detetive Holly Gibney, que é chamada para ajudar Penny Dahl a encontrar sua filha desaparecida, Bonnie. Holly, relutante no início, decide aceitar o caso depois de sentir a urgência na voz de Penny. À medida que a investigação avança, Holly descobre uma série de sequestros que incluem não apenas Bonnie, mas também outros indivíduos.
O livro é marcado por uma trama intensa que não possui elementos sobrenaturais, um desvio do estilo de Stephen King.
Enquanto Holly luta para desvendar o mistério por trás dos sequestros, o autor descreve os relatos e as experiências das vítimas de forma impactante, criando empatia no leitor e destacando a maldade inerente à humanidade.
Stephen King mais uma vez mostra seu conhecimento e apreço pela cultura geek, inserindo referências a Star Wars, Star Trek, poetas e séries como Veronica Mars. O autor também ressalta que, apesar das ameaças sobrenaturais comuns em seus livros, os verdadeiros horrores estão muitas vezes enraizados nas ações humanas, como ganância, homofobia, egoísmo e violência.
“Você não está sugerindo colocá-la na lista, está? – Eu teria que descobrir um monte de coisas sobre ela antes de considerar algo assim. Mas provavelmente não. Ainda assim, em uma emergência...”
A personagem principal, Holly Gibney, que já havia roubado a cena em livros anteriores do autor, recebe a chance de brilhar em sua própria história. A narrativa não é linear, e King permite que os leitores se conectem com as vítimas dos sequestros, tornando a história ainda mais emocional.
O livro se destaca por sua abordagem realista e sua capacidade de perturbar os leitores com a maldade pura que pode surgir em situações cotidianas.
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