Madeleine, resistente

Madeleine, resistente Dominique Bertail...




Resenhas - Madeleine, resistente


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pordentrodaestoria 01/09/2023

?Madeleine, Resistente: 1. A Rosa Engatilhagada?, com roteiro de Jean-David Morvan e ilustrações de Dominique Bertail, é uma trilogia em formato graphic novel sobre a biografia da ex-combatente, poeta e jornalista Madeleine Riffaud. Inclusive, Madeleine é co-autora da obra.

Este primeiro volume recebeu o prêmio René Goscinny de melhor roteiro em 2022. Ele nos conduz ao passado das principais memórias da nossa protagonista. Aqui seremos apresentados a sua infância, convívio com seus pais e avô, os efeitos da guerra na sua família, a internação no sanatório para cuidar de uma tuberculose, violência sexual e física sofridas, um grande amor e seu desejo de fazer parte da Resistência Francesa.

Obras com temática sobre guerra normalmente são bem emocionantes e aqui não é diferente. Jean-David conseguir transmitir com sensibilidade o relato de Madeleine, aliado ao belo azul e branco de Dominique. ?Madeleine, Resistente: 1. A Rosa Engatilhagada? é um quadrinho necessário sobre a história da Segunda Guerra Mundial que demonstra toda coragem de uma mulher em um cenário completamente avesso a liberdade. Mais uma obra sensível trazida pela editora Nemo! Sigo ansiosa para conhecer mais sobre a jornada de Madeleine e que ela continue servindo de inspiração para muitas outras mulheres.
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@jaquepoesia 19/09/2023

" Tínhamos uma mensagem a passar, a do princípio da Resistência: jamais chorar pela situação do seu país ou pelo próprio destino. Nenhuma causa está perdida, a menos que você desista. NÃO SOU UMA VÍTIMA. SOU UM RESISTENTE(...) Não sou um ícone. Não sou uma mulher extraordinária. O que fiz, centenas de outros, milhares ao redor do mundo, também fizeram. E você também pode. A única coisa extraordinária nesta história é que ainda estou viva para contá-la."

Memórias transformadas em arte e poesia contam a história de um resistente.
Eis aqui o registro da luta de uma mulher que nunca teve medo da morte e por isso o medo nunca a deteve. Ela soube ainda na infância que sempre havia dramas escondidos em sorrisos e mais tarde, mas ainda muito jovem Madeleine sentiu na pele as atrocidades do regime nazista, e sobreviveu, se tornando uma lutadora que carrega em sua memória a dor daqueles que sofreram nas prisões da Gestapo, nos maquis e nos campos de concentração.

Nessa graphic novel, que é a primeira de uma trilogia que trará biografias da Resistência Francesa durante a Segunda Guerra Mundial, temos a oportunidade de acompanhar sua incrível história. Pois neste primeiro volume, a ex-combatente da Resistência, poeta e jornalista que hoje aos 98 anos de idade, concordou em reconstituir sua vida em quadrinhos.

"Um simples pontapé na bunda tem potencial para criar muito mais resistentes do que qualquer outra coisa." pág.32

Madeleine nasceu em 1924, e no ano de 1939 desfrutava da vida ao lados pais professores e do seu avô, mas foi então que a Segunda Guerra Mundial muda totalmente o rumo de sua vida. Devido a um sério problema de saúde a jovem é enviada a um sanatório nas montanhas. E enquanto trata sua tuberculose tem um forte contato com os livros e passa a escrever poesias.
O Sanatório era um lugar de muita cultura, onde recebiam mestres, palestrantes e as vezes até grupos de teatro.
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Felipe HQs e Mais 01/09/2023

Amor pela França
?? "A única coisa extraordinária nesta história é que ainda estou viva para contá-la". O Brasil lutou junto dos Aliados contra o Eixo na 2ª Guerra Mundial e os sobreviventes trouxeram fortes relatos daquele período. Entretanto, um oceano nos separava dos horrores da guerra e havia um distanciamento natural das experiências das nações envolvidas. Nosso país não foi invadido. Nosso país não foi controlado por uma nação impiedosa vizinha.

?? Mas a França foi.

?? 'Madeleine, Resistente - a Rosa Engatilhada' é o primeiro volume de uma trilogia que a editora Nemo está publicando. Fruto das memórias de Madeleine Riffaud, hoje com 98 anos, uma jovem na época da França ocupada pela Alemanha, a HQ narra suas experiências daquele triste período. Dominique Bertail, com os graciosos desenhos de Jean-David Morvan, te conta a história de Madeleine desde sua infância, aos 6 anos. Sua relação com os amigos do bairro, seus pais e, principalmente, seu avô, te encantam e faz você, leitor, ter apreço por aquela menina.

?? Os ensinamentos da família, a tuberculose e o amor guiam nossa protagonista para lutar na Resistência Francesa em um gibi de tons azuis - tristes e sem perspectiva de cores quentes - emocionante. Para quem gosta, assim como eu, de ler obras que retratam esse triste período do século passado, 'Madeleine' é um importante registro de como a França conviveu e enfrentou os alemães.

1?? Curiosidade 1: ao ser procurada pelos autores, Riffaud achou que quadrinhos eram coisa de criança e por pouco não aceitou o convite ?

2?? Curiosidade 2: esta procura está detalhada ao fim da edição, em um delicioso relato de Bertail e Morvan, que mostram a vivacidade de Madeleine em relatar suas experiências aos mais jovens ?

? E você, já leu essa HQ? Esse lançamento da editora Nemo, histórico e emocionante, merece um lugar na sua estante.

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Rafael Mussolini 11/05/2024

Madeleine, resistente
"Madeleine, resistente: a rosa engatilhada" (Editora Nemo, 2023) é um quadrinho francês ilustrado por Dominique Bertail e roteirizado por JD Morvan e Madeleine Riffaud. A HQ narra a história real de Madeleine, uma mulher que ainda muito jovem despertou para um sentimento de revolta e busca por justiça com a eclosão da Segunda Guerra Mundial. Como o quadrinho expandirá para mais dois volumes, em “a rosa engatilhada” conheceremos mais detalhes sobre sua infância e juventude, assim como as primeiras aproximações do movimento de resistência.

Com essa divisão em volumes que se tornará uma trilogia, os roteiristas tiveram tempo e liberdade para contextualizar tanto o tempo em que a história se situa, como os passos e motivações de Madeleine. A HQ consegue nos inserir lentamente em um clima de tensão próprios dos tempos de guerra, onde notícias aterradoras vão chegando como boatos para depois se materializarem em aviões despejando bombas.

A participação da própria Madeleine na construção do roteiro alçou a história a um outro lugar. A construção da personagem é bastante realista e os traços de Dominique Bertail captaram de forma criativa toda a ambientação de medo e guerra, assim como uma aura em tons azuis que se refere a um processo de narração e reconstrução da memória.

"Todos aqueles soldados, talvez algum fosse boa pessoa, mas sinceramente não era o que parecia. Não costumo admitir, mas senti medo."

Madeleine Riffaud, que hoje tem 98 anos de idade, narra sua própria história de uma maneira incomum nessa trilogia. Se levarmos em consideração algo que poderíamos chamar de um “desencontro geracional”, nunca imaginaríamos uma senhora de 98 anos envolvida no projeto de Graphic Novel para falar de algo ao mesmo tempo tão intimista, doloroso e com um grande peso histórico. Pois ela topou e a narrativa é genial, também pelo fato de que Madeleine é uma reconhecida jornalista e poetisa.

"Os parisienses tentavam agir como se nada estivesse acontecendo. Queriam viver a vida como antes. Podíamos fechar os olhos, claro, mas... o som das botinas no asfalto nos trazia de volta à realidade."

Enquanto a ocupação nazista expande suas garras pela França e vários outros países, em “a rosa engatilhada” vemos também um espírito de luta ocupar completamente a mente de Madeleine Riffaud antes mesmo da maioridade. O primeiro volume da trilogia nos prepara para adentrar em uma história onde o medo e a violência do fascismo não consegue esmorecer o coração de quem acredita na paz e na liberdade dos indivíduos.


site: https://rafamussolini.blogspot.com/2023/09/madeleine-resistente-rosa-engatilhada.html
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Odivany 28/02/2024

Resistência francesa
O primeiro volume desta trilogia sobre o papel de uma mulher na resistência francesa na segunda guerra mundial trata da formação da revolucionária, sua infância e adolescência e como entrou para o grupo armado que lutou contra Hitler nos anos 40.
Embora seja apenas o volume 1, Dominique Bertail consegue passar bem o cenário da época e a realidade que os franceses viveram após a invasão alemã.
Considerando ser uma história real, pra quem gosta de literatura sobre a 2a grande guerra, vale a pena.
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