Marihluuuu 13/01/2024
SEM TRABALHO EU NÃO SOU NADA
O Motivo pelo qual coloquei essa descrição na resenha, é que no decorrer dessa leitura, me lembrei de uma música da minha banda preferida, Legião Urbana, a música em questão se chama "Música de Trabalho", do álbum "A Tempestade". Nessa música o Renato inicia dizendo "Sem trabalho eu não sou nada, não tenho dignidade, não sinto o meu valor, não tenho identidade". Me lembrei dessa música porque Gregor dedicou sua vida inteira ao seu trabalho para trazer melhores condições financeiras a sua família, em minha interpretação, creio que sua metamorfose está relacionada a problemas psicológicos, como a depressão, no decorrer dessa tragédia percebemos a desfiguração da família, o pai de Gregor afirma que o filho é um imprestável por não possuir mais utilidade, sua irmã tentou ajudá-lo, mas no final ela se envergonhava tanto de Gregor que virou as costas pra o mesmo. A várias citações em que o que nos traz a sensação de sermos humanos e traz a sensação de plenitude, é o trabalho, ele permite que sejamos úteis em nossa sociedade, mas para um indivíduo que sobrevive sobre a força do seu trabalho, isso meio que o desgasta (principalmente se o trabalho for vazio), mas nós podemos ser enxergados além dessa maneira, se a Mãe, ou a irmã, ou até mesmo o pai amassem Gregor pelo o que ele era, e não pelas condições que ele proporcionava a família, ele teria voltado a ser um humano, ou seja ele teria sua dignidade de volta? No meu achismo, sim.
Eu gostei muito dessa leitura, principalmente dos aspectos claustrofóbicos que o autor traz a leitura.
(Lembrando, o livro tem várias interpretações, e essa é a minha)