Se adaptar

Se adaptar Clara Dupont-Monod




Resenhas - se adaptar


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@almicci.thiago 21/08/2023

Um livro que trata temas importantes.
me identifiquei muito com o livro, apesar de achar algumas partes uma escrita fora do
comum.
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Fernandes47 05/10/2024

“Era possível que tivéssemos inventado o choro para não falar, porque quem questiona a pessoa que chora? Ninguém, a pessoa pode ser esquecida, ignorada, silenciada, mas questionada, nunca.” - Casas vazias, Brenda Navarro.

Esse livro teve tantas camadas e foi brutalmente real…
Ele conta a história de uma mulher que nem pensava em ter filhos e que acabou engravidando e adotando uma menina, passamos pelo período difícil de puerpério, pelo diagnóstico de autismo e por fim, pelo luto pelo seu filho ter desaparecido.
Por outro lado, vemos uma mulher pobre que passou por várias coisas horríveis em seus anos de formação e um relacionamento abusivo. Essa mulher sempre sonhou em ser mãe, porém teve esse sonho negado inúmeras vezes. Um dia ela se apaixona por um menino e o leva para criar como seu filho.
O impacto que essas duas histórias tiveram sobre mim foi enorme, e eu com certeza saí desse livro com uma visão completamente mudada sobre maternidade.
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Carolina165 18/07/2024

Muito bom
Um livro narrado pela pedra do muro da casa da família de uma criança especial que conta como cada irmão reagiu a essa criança.
Singelo e reflexivo, gostei muito e recomendo.

"Procurou com os olhos a irmã do meio [...] quando uma frase ressoou, algo como ?amar não é olhar um para o outro, é olhar juntos na mesma direção?. Tinha sido dita no microfone por um dos padrinhos. Era a frase que, inevitavelmente, aparecia em todo discurso de casamento; era, ao que parece, de Saint-Exupéry, e ele a odiava por considerá-la uma idiotice. Era uma lógica de equipe, não de casal. Que mundo esquisito este, em que o amor é transformado numa meta, e que coisa lamentável não entenderem que, muito pelo contrário, o amor é um afogar-se nos olhos do outro, mesmo se esses olhos forem cegos."
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SouDulce 22/06/2024

Um dia nasceu um menino inadaptado
No romance Se Adaptar de Clara Dupont-Monod acompanhamos pela narrativa de uma pedra, a perspectiva de três irmãos de um menino inadaptado. Esse resumo não dá dimensão do turbilhão do que é esse romance. Melhor seria, nasce um menino diferente numa família, como aquelas crianças vão se adaptar a esse fato?

A partir dessa pergunta, vamos acompanhando como esse menino muda não só o presente desses irmãos, mas a maneira como eles constroem a sua vida presente e futura e qual o impacto que ele terá na família. É doce, poético, cruel, real como uma boa história pode ser.
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Little Blue Bird 02/06/2024

Um ferido, uma revoltada, um inadaptado e um bruxo.
Um garoto (inadaptado) nasce e com ele os familiares precisam se ADAPTAR a uma nova realidade, pois esse garotinho não enxerga, não anda, não fala, única coisa que está a seu alcance é a audição.
O livro é dividido em três partes e cada uma delas retrata um dos filhos, o mais velho (o ferido), a do meio (a revoltada) e o mais novo (o bruxo) e no decorrer da história somos introduzidos com máxima sensibilidade ao dia a dia dos irmão, percebo que a narrativa foca em como a infância é importante para nosso amadurecimento na vida adulta, ?(?) É uma questão de gratidão. Todo adulto deveria lembrar que é alguém em dívida com a criança que foi (?)?.
Um livro curtinho com uma linguagem fluída que apresenta várias camadas sobre resiliência.
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NazaSicil 24/04/2024

As pedras do muro da casa da família é que narram a história, o que achei bem diferente.

No interior da França, uma familia composta de um casal, o filho mais velho e a filha do meio, nasce um bebê com uma grave disfunção neurológica.

O livro aborda a percepção dos irmãos: o mais velho, que é extremamente cuidadoso e amoroso com o irmão deficiente, a irmã do meio que é rebelde e não aceita bem o irmão doente e o irmão caçula que nasce anos depois da morte do menino enfermo.

O livro é lindo, poético, delicado e evidencia bem a necessidade de toda a familia se adaptar à chegada de uma criança severamente doente ao seio familiar.

Cada irmão se adapta de uma forma e até mesmo o quarto filho, mesmo sem ter conhecido o irmão que morreu, precisa de adaptar ao luto daquela ausência que nunca será esquecida.

O livro toca um tema muito pungente que é a dificuldade de ser diferente perante um mundo inadaptado, muitas vezes, para acolher as pessoas com deficiências e transtornos.
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Izabella.BaldoAno 29/02/2024

"todo adulto deveria lembrar que é alguém em dívida com a criança que foi".

uma criança inadaptada, um irmão mais velho, uma irmã do meio, seus pais e avó e as pedras do jardim. sim, as pedras do jardim: entre as personagens presentes, são elas que nos contam a história.

ser inadaptado, segundo a perspectiva das pedras, é ter características que te isolam, de alguma forma, da inserção social. no caso desta criança, ser inadaptado é ter nascido com necessidades especiais. sua inadaptação é contada pelas pedras com uma atenção delicada para a perspectiva de seus irmãos; acompanhamos aqui essas três crianças em momentos de amor, de ódio, de frustração, de desentendimento de si e do outro, de egoísmo e todo o mais que se esconde nas entrelinhas.

eu amo narrativas que transferem para a história o olhar das crianças. e amo quando isso é feito com cuidado e profundidade como foi feito nesse livro. quanta delicadeza, quanta beleza, quanta dor. as pedras como um narrador coletivo, neutro mas nem tanto, trazem pra nós a visão do ambiente sobre as pessoas, e elas enquanto parte do ambiente terem escolhido olhar para o olhar das crianças foi de uma riqueza sem tamanho.

ler Se Adaptar foi uma experiência surpreendentemente linda pra mim. confesso que o estilo de escrita desse livro não é do tipo que me arrebata e eu não esperava muito dele, por isso deixava pra lê-lo enquanto estava no transporte, por exemplo, ou em outros momentos de não tanto destaque na minha rotina. e esse livro deu uma luz diferente pra esses momentos. não foi uma experiência avassaladora, mas teve um brilho especial.
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Garota Imersiva 07/02/2024

Resiliencia
É um livro de leitura lenta e sem grandes reviravoltas, mais baseado na emoção. Acompanha uma familia que muda e se adapta com a chegada de um filho pcd. O foco é nos que auxiliam e se doam para cuidar, em como muitas vezes eles perderam sua identidade e tiveram que se redescobrir.
As narradoras são pedras e achei super interessante, combinou muito.
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honey 24/01/2024

A história tem muitas e muitas camadas mas eu infelizmente não me conectei tanto assim. lida com a complexidade do ser humano e eu adoro isso, mas dessa vez não rolou tanto
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nay.gba 19/01/2024

Diante de um Inadaptado, todos os outros Se Adaptam
Se Adaptar foi uma leitura curiosa. A narrativa é em terceira pessoa e possui três pontos de vista principais.

A história aborda o cotidiano de uma família do interior com os pais e os três irmãos, sendo o caçula uma pessoa com deficiência.
A partir do nascimento do menino passamos a acompanhar os familiares com muita profundidade.

A narrativa trata com naturalidade a realidade de uma família singular, o que nos faz refletir sobre as questões em torno das famílias com PCD. Um assunto comum a tantos e ao mesmo tempo tabu e invisibilizado.

Os pais e os irmãos não possuem nome, diferente dos outros personagens. O que me fez atentar para as vezes que citam os outros que possuem nome.
A hospitalidade é uma virtude muito valorizada. É uma herança familiar e da região o dom de ser hospitaleira.

Quem também faz a boa acolhida é a montanha com suas plantas, suas águas, suas pedras e os seus ouvidos. A natureza se mostra como anciã e procedente.
Para a nossa surpresa é pela voz das pedras a narrativa em terceira pessoa. Foi o único ponto que a autora escorregou e percebi incoerências, mas ignorei por achar que o foco era realmente somente os irmãos e segui com a leitura.

Diante de um inadaptado, imutável e impassível como uma pedra, só resta a nós se adaptar.
Leitura Recomendada.
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Be 16/01/2024

Se Adaptar - Bepo
Um livro carregado. Sinto que me faltam palavras pra descrever por ser um livro que usufrui tanto do uso delas. E o que senti lendo também é difícil descrever.
Peguei o livro no intuito de ver como seria a relação de alguém inadaptado, por as vezes me sentir assim. Inadaptado. Alguém que: "não transmitia o que é preciso." (p. 13) e me surpreendi em ver que a história são os reflexos desse alguém, são as palavras mal balbuciadas ou os suspiros de alívio de alguém que não faz o que é "preciso".
Um livro muito carregado, de tristezas, de alegrias, de carinhos, de revoltas, de magia, de fraternidade, de medo, de alívio e de sentimentos.
Fiquei muito contente de ler.
Agora, por ter ganhado atenção por ser bonito, "Se Adaptar", um livro sobre fraternidade, será emprestado para a minha irmã mais velha.
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Masagao Ribeiro 30/12/2023

Um dia, numa familia, nasceu um menino inadaptado. Assim começa a história do menino de olhos negros que flutuam para o nada, eternamente deitado, e dos seus três irmãos. Em meio à natureza poderosa das montanhas, são as pedras do muro da velha casa da família que testemunham suas trajetórias O amor absoluto e protetor do mais velho, a rebeldia que a do meio assume para rejeitar a dor, a chegada do mais novo que cresce a sombra das memórias. Um livro magnífico e luminoso sobre o laço infinito entre irmãos e a inesgotável capacidade humana de se adaptar.
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sleepyintgarden 23/12/2023

Ciência do silêncio
"se uma criança não está bem,é preciso ficar sempre de olho nas outras. ?depois acrescentava para si mesma:? porque as saudáveis não fazem barulho,elas se adaptam às arestas que a vida oferece,se moldam às dores sem reclamar de nada. essas vão ser as guardiãs do farol apesar de odiarem as ondas,mas pouco importa,recusar seria descabido. um senso de dever as guia. elas vão estar sempre ali,vigias na noite escura,vão se virar para não sentir frio nem medo. acontece que não ter frio nem medo não é normal. é preciso ir até elas."
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Renata | @am0r_p0r_livr0s 03/09/2023

Cheguei a este livro por meio da @tatalendo, e só posso dizer: QUE LEITURA!!!!
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É um livro belo, narrado pelas pedras do muro da casa de uma família que é composta pelos pais e três filhos, onde nasce uma criança deficiente. É mostrada sua trajetória, desde o nascimento do menino “inadaptado”, pelos olhares do irmão mais velho, da irmã do meio e do mais novo, chamado de “o último”.
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Fala sobre laços familiares e sobre como cada irmão reagiu ao nascimento do menino atípico. Sobre como os acontecimentos impulsionam a vida e suas transformações. Sobre como encaram diferentemente o luto. E, principalmente, sobre amor.
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A história é contada de forma poética e tão emocionante e delicada que você mergulha fundo nos sentimentos dos personagens. E um diferencial, coisa que nunca tinha visto, é que a autora não dá nomes próprios aos personagens. Faz o leitor refletir sobre as várias maneiras que os seres humanos encaram a deficiência e como pode ser complicado para uns e fácil para outros, adaptar-se.
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Recomendo demais a leitura desse livro. Lindo demais!!!
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Fabíola 18/09/2022

"Nós já tivemos diversas oportunidades de constatar isso: as pessoas nascem, primeiro, de um lugar, e, muitas vezes, esse lugar equivale a um parentesco."

História muito sensível sobre os laços familiares e principalmente entre irmãos. Sobre as transformações que certos acontecimentos produzem e assim impulsionam a vida. Escrita linda, muito poética, sem ser pedante ou rebuscada. Amei a forma como ela descreve as montanhas e a Natureza, verdadeiros personagens da história, eles também.
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