Maddu 07/09/2024
Definitivamente: eu precisava ler isso.
Ocupar espaços como pessoa LGBT também significa ocupar gêneros.
Tendo uma ambientação com base no vampirismo (e uma crença muito bem formada, mesmo sendo uma novela!), Izzy nos coloca para dentro do universo de A Última Mordida com ideias de consumo consciente, representatividade LGBT (aroace/sáfica) e, principalmente, nos entrega bastante momentos de reflexão em uma narrativa agradável, simples de se compreender e, muitas vezes, engraçada.
A verdade é que me peguei rindo, torcendo pelo casal principal (será?!) e, principalmente, me senti vendo uma boa série daquelas que eu queria ter visto aos 14 anos. Izzy não nos entrega uma história infantil, se engana quem pensa. Ela nos entrega uma representatividade que faz você pensar: eu quero que minha filha/irmã mais nova leia isso no futuro, para ela saber que o mundo pode ser gentil com ela também.
Com profundidade e conhecimento no mundinho aroace, descobri mais sobre eu mesma do que o normalmente saudável (toquei em feridas antigas, inclusive) e me peguei adorando o nosso blondebat que me fez torcer, se desesperar e me apaixonar.
Sendo uma leitura rápida, as 140 páginas passaram em 30 minutos. Sendo algo necessário, passei o resto da noite tentando assimilar o quão excelente uma boa história poderia ser. O sentimento que nós pegamos após nos vermos nos personagens, sabe? Na família complicada de Dália, nos conflitos de Gia, e, mesmo na fantasia, no valor de "relacionamento saudável" que pegamos após ler a obra.
Felizmente tem spin off pra eu matar a saudade, pois estou disposta a virar uma vampira só pra conhecer as duas 💚