kaworaes 16/04/2024
Os mais complexos dentre todos os povos mesoamericanos
O estudo do livro se baseia na história de uma das mais importantes civilizações que existiram na América. Os Maias foram um dos primeiros e o maior (em termos de duração) que passaram pelas terras da América, seus primeiros resquícios são datados de aproximadamente 1800 a.C e existem descendentes se seu povo até os dias atuais.
A principal teoria de sua chegada em terras americanas, seria a passagem pelo Estreito de Bering, em uma época em que os gelos teriam coberto boa parte do território e o continente estaria ligado à Ásia. No entanto, ainda existem outras teorias válidas, já que, os maias se referem à mais complexa civilização da Mesoamérica.
O livro pontua de forma objetiva e coesa os principais pontos da sociedade Maia. Começamos essa aventura a partir de suas origens, através dos antepassados e contemporâneos maias. É mencionado os Zapotecas que se referem à primeira cidade da Mesoamérica e os Olmecas que é considerada a civilização mãe de todas as outras, uma vez que foram os primeiros que se assentaram em um loteamento de terra e começaram uma vida “sedentária”. Essas duas civilizações foram um berço para o Império Maia.
É importante destacar que as datas que fundamentam a história desse império são imprecisas, porém conseguimos dividir esse período em três partes. Sendo elas: O período pré-clássico (1200 a.C à 250 d.C.); o período clássico (250 d.C à 900 d.C) e por fim, o período pós-clássico (900 d.C à 1525).
O termo “Império Maia” é de certa forma anacrônico, pois os maias nunca se unificaram como um único império, ao invés disso eles eram divididos por cidades-estado (cidades que funcionam como reinos ou impérios independentes) comandados cada uma por um rei. Por extensão, diversas vezes os maias se enxergavam como rivais, o que ressaltava em guerras e na captura de prisioneiros. Havia cerca de 60 reinos independentes espalhados pela área maia.
A pirâmide social dessa civilização era nessa ordem: Reis; Nobreza; Comerciantes; Camponeses e por último, como os mais inferiores na pirâmide, os escravos.
Já na economia, o livro aborda a agricultura como principal meio de comércio dos maias. Sua produção ia desde o milho, seu principal alimento, até a batata, pimenta, sal, abóbora, mamão, abacate e tomate. Para plantar, os maias utilizavam um cano oco para escorregar as sementes enquanto este mesmo cano dava conta de cavoucar o solo. A prática do escambo era comum. E o comércio era o elemento vital para o desenvolvimento. Sua moeda era as sementes de cacau.
Muitos especialistas não têm certeza se as leis maias existiram de fato ou se foram inventadas e recontadas de maneira diferente pelos espanhóis quando estes tiveram contato com a cultura ameríndia séculos atrás. Porém, até onde sabemos as punições para os diversos tipos de crime também variavam de acordo com a classe social.
Observamos também que no viés religioso, os maias eram politeístas. Adoravam muitos deuses e deusas e acreditavam que diversos fenômenos naturais e outros acontecimentos estavam conectados com esse panteão místico. O Popol Vuh é o livro sagrado os maias, o que seria a bíblia para os cristãos.
Além disso, o livro abre uma discussão sobre a cultura maia, em termos arquitetônicos e artísticos, seus conhecimentos sobre ciência e astronomia.
Por fim, disserta sobre a chegada dos espanhóis, os conflitos, relações estabelecidas e os efeitos causados por eles na civilização. Além de falar também como se encontra a Guatemala, atual região maia, onde ainda existe descendentes desse povo misterioso, complexo e diversificado que foram os Maias.
O encantamento que tive por essa civilização após ler o livro foi indescritível. Os detalhes destacados pelo autor de forma objetiva e ao mesmo tempo minuciosas fizeram a leitura desse texto ser rápida e prática, perfeita para um estudo coeso e completo.