Resenhas - The Coming Wave

Igor13 14/11/2023

Argumentos e informações de um 'insider'
O livro não é de um jornalista. E nada contra jornalistas ou historiadores. Ou outros 'outsiders' das áreas que estão escrevendo sobre. Por que? Porque normalmente quem é 'de dentro', normalmente tem uma visão muito positiva sobre suas áreas. Inclusive excessivamente valorizando a mesma. Neste caso é um alerta muito bem elaborado e suportado por exemplos históricos, dos riscos das novas tecnologias de inteligência artificial. E isso não é comum de se ler.

Um argumento que achei bem interessante é o risco de uma distopia opressiva caso se adotem medidas extremas de controle ou como resultado de se deixar solto, e quando começarem problemas sérios, como ataques terroristas em larga escala, medidas contra liberdades individuais - já vistas anteriormente após catastrofes muito menores que uma AI pode ajudar a gerar. Não tinha pensado nessas possibilidades.

@jaquepoesia 16/12/2023

Livro super necessário!
Ao passo que a tecnologia avança, avança com ela irregularidades, ameaças ao trabalho humano... será que estamos preparados para isso?
A tecnologia parece estar avançando mais do que pudemos prever, o que traz consigo muito progresso, mas já parou pra pensar em como isto pode ameaçar o poderio dos Estados nacionais e o alicerce da ordem mundial? Implicações econômicas e políticas de nível global, afinal como conter tecnologias incontíveis e tudo que elas trarão?
Quem já leu Fahrenheit 451, viu a tecnologia colaborar para uma supervigilância autoritária. Mas imagine a tecnologia presente na distopia de Ray Bradbury em nossos dias.
E o que dizer do quanto o avanço tecnológico pode fazer pela saúde, mas também o quanto pode ser assustador quando falamos de impressoras de DNA? E se todo esse avanço favorecer certos grupos cruéis na criação de suas próprias sociedades?

🧠 Iniciei essa resenha com muitas perguntas provocativas, justamente porque foi assim que encarei esse livro. Aqui relembrarmos os benefícios da tecnologia, desde a prensa móvel de Gurltenberg (1440), a geração global de eletricidade, até a inteligência artificial. Mas somos também levados a refletir sobre tudo o que está em jogo diante de tamanhos avanços.
O autor não deixa de mencionar possíveis meios de tornar a tecnologia mais segura:
📖"A tecnologia não é um adversário, mas uma propriedade básica da sociedade humana. Conter a tecnologia precisa ser um programa muito mais fundamental, um equilíbrio de poder não entre rivais, mas entre seres humanos e nossas ferramentas(...) A contenção inclui regulamentação, mais segurança técnica, novos modelos de governança e propriedade e novos modos de prestação de contas e transparência, todos precursores necessários (mas não suficientes) de uma tecnologia mais segura."
▪︎ página 56