Querido estudante negro

Querido estudante negro BÁRBARA CARINE




Resenhas - Querido estudante negro


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Damaris15 20/08/2024

Querido estudante negro
O livro ótimo, foi uma recomendação de uma professora minha? Esse livro trás uma reflexão profunda sobre as pessoas negras que vivem nas periferia no qual lutam dia após dia pra terem um futuro melhor. Apenas leiam não irão se arrepender !!
Luisa662 21/08/2024minha estante
muito legal esse livro, traz uma perspectiva muito real das pessoas negras no ambiente acadêmico brasileiro, gostei bastante da leitura. realça bem como é importante ter referências negras e indígenas nos nossos livros e referências acadêmicas em geral. gostei bastante de ler nessa perspectiva




Nana 01/07/2024

Eu também sou aquela estudante
Esse livro me tocou num lugar muito particular. acredito que tocou também muitas pessoas que se pareçam com a estudante da história.
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Aila Cristina 09/11/2024

Me encontrei...
Este livro é um presente para todos os estudantes negros do país. Bárbara Carine narra sua biografia a partir do processo de escolarização, trocando cartas com um amigo — uma escolha que considero muito assertiva, pois amo cartas!

Ao longo da leitura, me vi em diversas cenas, depoimentos e situações compartilhadas. Acredito que todo estudante negro já viveu algo semelhante ao que é apresentado, seja na educação infantil, no ensino fundamental, no ensino médio, na graduação ou na pós-graduação.

Além disso, adorei poder conhecer mais sobre a autobiografia de Bárbara Carine e sobre os caminhos que percorreu. À medida que ela avança em seu processo de escolarização, também aprofunda as discussões, e nós, leitoras, aprendemos junto com ela.

É um livro bonito, emocionante e cheio de vida. Recomendo!
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Carlos.Junior 10/10/2024

8/10
Uma carta edificante, construtiva e, principalmente, positiva sobre as (sobre)vivências negras no ambiente acadêmico. Bárbara Carine utiliza traumas, medos, ansiedades e inseguranças para realizar uma alquimia desses elementos tóxicos e transformá-los em força, motivação e energia disruptiva negra. Fugindo de um clichê genérico de sofrimento do ?estudante negro que conseguiu alcançar a nota mais alta da sala?, Carine mostra que nem sempre o sofrimento precede a vitória e que nossos sucessos não se devem apenas ao mérito individual, mas sim à comunidade que nos atravessa.

No livro, somos apresentados a dois amigos, uma menina negra de pele não retinta e periférica e um menino negro de pele retinta, mas de classe média alta. Eles trocam cartas sobre os acontecimentos de suas vidas, suas descobertas, vivências e sua construção como pessoas negras, de diferentes classes sociais, em um Brasil patriarcal e racista.

Vale muito a pena a leitura! O livro é como uma rede de conhecimento compartilhado, repleta de acontecimentos que tanto da parte da menina quanto do menino já me ocorreram e também aconteceram com conhecidos negros. A construção do texto apresenta alguns defeitos de continuidade, falta de elaboração de personagens, perda de detalhes em partes importantes da troca entre os colegas, e poderia, sim, ser mais ampliado. No entanto, o foco principal é a linda e positiva mensagem que o texto traz: a educação transforma.

Recomendo para estudantes, professores ou pesquisadores universitários negros que queiram ver um reflexo de suas vivências ou quase uma autoanálise dos anos de (tortura) no ambiente acadêmico. Também recomendo para professoras brancas que desejam ser antirracistas; a autora é muito pedagógica em sua escrita e oferece uma lista vasta do que NÃO fazer com um aluno negro.
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Danielle802 04/10/2024

?Antes mesmo de eu ler, já me liam?

Cada livro que leio de @uma_intelectual_diferentona percebo o quanto essa leitura é necessária e urgente.

...

Histórias baseadas em vivências da própria escritora, repletas de tensões sociais e raciais presentes no cotidiano de pessoas negras brasileiras, independentemente de seu poder aquisitivo.

a autora ressalta que a leitura também é importante para pessoas brancas, principalmente para colegas e professores. ?Muitas pessoas brancas não têm noção de como é desesperador para um jovem acordar e ir para a escola sabendo que vai viver aqueles massacres, ouvir piadas e se deparar com a ausência de positivação da sua existência naquele espaço?. Por isso, ela defende a leitura de histórias negras por todos. Não somente para entender as potências dessas pessoas, mas para ?acessar o entendimento do outro, de como contribui para essa dor e entender isso com empatia?.
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elloisxz_ 02/10/2024

"Uma história pessoal, e também de muitos outros negros..."
O livro é uma carta aberta, escrita pela educadora e autora Bárbara Carine, com o intuito de dialogar diretamente com jovens negros e negras que enfrentam as dificuldades cotidianas da educação em um país marcado por profundas desigualdades raciais. O texto, embora breve, traz consigo, uma potência transformadora, sendo tanto uma expressão de afeto quanto um chamado à resistência.
Com um tom acolhedor, Bárbara Carine busca criar uma conexão íntima com seus leitores, propondo uma reflexão sobre a importância de conhecer a própria história e resistir às narrativas que subjugam a negritude. A obra é um ato de reafirmação da dignidade negra, em que a autora encoraja os estudantes a persistirem nos estudos e a ocuparem espaços que historicamente lhes foram negados, ao mesmo tempo em que questiona o currículo eurocêntrico e propõe uma educação mais inclusiva e representativa.
A simplicidade da obra é uma de suas maiores qualidades. Bárbara Carine consegue, em poucas páginas, abordar temas complexos como racismo estrutural, identidade negra e resistência de forma acessível e comovente.
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@estantedamarcia 31/08/2024

A biografia de Bárbara Carine, desde sua juventude, uma estudante negra de pele parda, da periferia de Salvador que avança nos seus desafios na sala de aula do ensino básico ao doutorado. Que vence todos os obstáculos da vida através da educação.
Um livro que é um espelho para nós negros e que alerta para as inquietações do ser negro nas instituições brasileiras.
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Patty Lima 15/08/2024

Bárbara Carine como sempre muito precisa em suas falas. Me senti tocada em algumas feridas, especialmente nas cartas da infância e da adolescência. A missão de apresentar o povo preto como precursor das ciências foi concluída com sucesso. Todos (brancos e negros) precisam ler esse livro.
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Larissa 30/07/2024

Indico, principalmente, para alunos negros
Pra mim, só não é 5 estrelas por causa das primeiras cartas que eram de uma criança, mas a linguagem não parece uma linguagem infantil.

Cara, os comentários das cartas são bem fortes e impactantes.
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Nêssa Caldas 18/07/2024

Uma autora fantástica que conta sua história através de cartas trocadas com seu amigo. Durante algum tempo conviveram juntos, no bairro e na escola particular onde estudavam. Com as necessidades e mudança na vida acabaram se afastando. Um para a escola pública e outro pra escola particular em outro estado. Com o passar dos anos, foram crescendo, estudando e sempre se atualizando um com a vida do outro. Escreviam nas cartas sobre a pobreza, desigualdade social, enfrentamentos do dia a dia. Bullying, racismo, exclusão, aceitação e referência sociais. A referência é importante, porque onde você não se vê você não se projeta. Dois adolescentes negros sofrem da mesma maneira com racismo, independente de sua classe social, são subjugados pelo tom da sua pele. Precisam estar atentos e serem os melhores no que fazem. Mas parece que nunca é o suficiente. ?Querido estudante negro? mostra que o estudo abre portas, muda a vida e transforma gerações. A obra conta sobre a história da humanidade sobre o ponto de vista do homem branco e europeu. Que passamos uma vida acreditando numa história única e nos faz questionar e pesquisar sobre uma história de um povo, que foi encoberta e apagada por terem sido considerados como um ?povo inferior?. Um livro que parece um perfume francês, pequeno e muito marcante.
Livro necessário e obrigatório para todos.
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carolina 04/07/2024

Querido estudante negro
Na obra de Barbara Carine, vamos acompanhar uma sequência de cartas de uma menina negra da periferia, que tem o sonho de ser doutora. A história não nos da informações sobre a narradora, apenas que ela escreve as cartas para um amigo de outro estado. A cada carta a menina retrata episódios vivenciados por ela no seu dia a dia, a vontade de mudar de vida, sair da periferia, ajudar sua mãe, ingressar na universidade, até fazer o então sonhado doutorado, mas quem pensa que foi fácil se engana. Várias questões raciais e classicistas são abordadas no livro e aos poucos vamos entendendo a realidade dessa menina que deu a volta por cima e virou inspiração para muitas pessoas.
Adorei a história, fluida e objetiva trazendo diversas reflexões sobre temas importantes.
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Clara 28/02/2024

Barbara Carine pegou a sua vivência e colocou como cartas a um amigo, mostrando toda a sua travessia pelo racismo estrutural e recreativo.
Acredito que deveria ser uma leitura obrigatória em todas os lugares.
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Débora Dionizio 01/06/2024

Representatividade e garra
Esse livro me fez refletir sobre inúmeros momentos da minha vida de estudante negra desde o primário à defesa da tese.
Embora, os fatos ocorridos tenham sido em enredos diferentes, ao ler esse livro, é possível voltar no tempo e reviver situações específicas vividas por estudantes negros ocupando espaços de produção de conhecimento.
Esse livro se mostra como um estímulo potente para que mais jovens negros se sintam representados e percebem que podem conquistar seus objetivos através da educação.
Me senti encorajada a ser em frente e, como educadora, a influenciar mais estudantes negros a compreender o seu valor nesse mundo tão discriminatório.
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EduardoBragga 31/05/2024

As cartas são para nós, estudantes negros
?isso deixa de acontecer quando eu descubro que, apesar de sermos poucos negros hoje nas universidades brasileiras, a ideia de universidade é uma invenção ancestral africana?. Fui atravessado de tantas formas ao ler esse livro, nunca destaquei tantas passagens durante uma leitura. Senti raiva, muita raiva, chorei ao revisitar passagens da minha vida. Também é sobre mim, é duro saber que é sobre todos nós estudantes negros, ainda hoje. Veja bem, o espaço que parece não ter sido pensado para nós, é, na verdade, uma criação conceitual e epistemológica ancestral africana que ao ser sequestrado passou por inúmeras modificações através de um processo de pilhagem epistêmica. Eu gostaria que todos na academia tivessem acesso (leia-se interesse) a essa leitura, mas torço também (quem sabe, muito mais) que crianças/adolescente negras a leiam e percebam a potência que somos.
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Amanda.Almeida 29/05/2024

Sejamos todos intelectuais diferentes!
"Querido estudante negro" é uma leitura obrigatória para quem deseja entender como a discriminação racial impacta diretamente o cotidiano de um estudante negro no Brasil. É uma narrativa tocante pois causa, acima de tudo, identificação. Bárbara Carine conta a trajetória dela, sendo estudante do IFBA, sendo estudante da UFBA, e se tornando professora de química. Bárbara Carine sou eu, é você, somos nós.

Lutamos contra um sistema opressor que não quer ver pretos se tornando acadêmicos, pois a cor da pele atravessa nosso corpo e determina nosso modo de estar no mundo cedo demais. Por isso é tão necessário preservar o conhecimento, pois ninguém pode nos roubar isso.

É muito fácil ver a luta diária de uma pessoa negra e dizer: "que linda história de superação, fulano é guerreiro!" Mas não houve superação, "houve incorporação ao sistema que machuca e oprime." Somos fortes e resilientes porque não temos alternativa, Bárbara quis ser uma negra acadêmica e fez o que era necessário dentro da realidade dela.

Fato é que "estamos no mesmo mar, não no mesmo barco; uns fazem a travessia de iate enquanto muito dos nossos estão se deslocando a braçadas."

Bárbara Carine é uma referência negra potente e inspiradora na academia.
Que possamos TER mais acadêmicos negros.
Que possamos LER mais sobre acadêmicos negros.

Sejamos todos intelectuais diferentes!
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