Jackson 12/05/2024
O ódio como identidade de um povo
Uma obra de arte a reverenciar os antigos clássicos da literatura mundial.
É uma viagem planejada nos mínimos detalhes, precisa, bela, de encontros e despedidas em que o tempo é o Senhor que guia pelos caminhos por onde é preciso passar.
Talvez encontre-se aqui paralelos idênticos aos tempos em que vivemos, por isso não sei dizer se se trata de uma distopia. Tampouco diria que essa seria uma história fantástica, de realismo mágico ou tecnológico, quem sabe?
Sei que me senti nessa história, nas vivências tão desiguais de uma sociedade embrutecida pela ignorância, pelo poder, pelo dinheiro e pelo ódio, contada brilhantemente por Wellington de Melo que descortina os problemas atuais sem entrar no modismo militante escancarado; ao contrário, leva o leitor a verificar o macro e micro de nossa sociedade que aos poucos está se tornando uma distopia em que o passado não existe, portanto o futuro pode ser controlado.
Lembro me, ao finalizar essa leitura, da frase de um pensador contemporâneo Caio Fábio " o maior erro do ser humano é achar que o mundo começou no dia em que naceu"
Tanto a abertura, quanto o encerramento desse livro são impactantes, o final me arrancou lágrimas.
Uma obra de arte!