Fome na Ucrânia

Fome na Ucrânia Gareth Jones




Resenhas - Fome na Ucrânia


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Reccanello 04/02/2023

Não há pão!
Ainda hoje negados por muitos militantes do coletivismo stalinista, os horrores do Holodomor - o grande massacre de fome causada por Stalin na Ucrânia - são escancarados por Gareth Jones, que foi o primeiro estrangeiro a ser sua testemunha ocular. Viajando incógnito pelo interior da Ucrânia, o jornalista galês teve acesso a fatos, informações e pessoas que até hoje muitos querem esconder. Assassinado por suas revelações, Jones não se calou, expondo ao mundo a mais horrenda e verdadeira face do socialismo soviético. Vale a pena ler!
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Claudia.livros 01/01/2024

"Não há pão" - essa era a frase que Gareth Jones, jornalista galês, mais ouvia em suas andanças pela Rússia e Ucrânia na década de 1930.

Gareth falava russo e pôde conversar com os habitantes, que lhe diziam que tudo o que estava acontecendo e também tudo o que lhes tinha sido tirado: a terra, as vacas, as sementes, a vida. O c4n1balism0 já havia se tornado comum. Ele foi testemunha de tudo isso.

Os horrores do Holodomor foram então escancarados e revelados por Gareth em artigos publicados nos jornais da época. O jornalista galês não se calou e um dia antes de fazer 30 anos foi ass4ss1nad0. Mas foi com seu trabalho corajoso que ficou exposta a mais terrível face do socialismo soviético. Esse livro é impressionante.

Recomendo fortemente a leitura ?
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Cris SP 09/10/2023

09.10.2023
Não tinha lido nada após a queda de Nicolau II em 1917. É lamentável o sofrimento do povo russo na época do comunismo, sem ter o que comer, com seus bens confiscados e a ideologia abalada. Pelos olhos do jornalista Gareth Jones temos a oportunidade de conhecer esse lado sombrio. Vale a pena a leitura.
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Rafael1885 21/10/2023

A fome na Ucrânia
O livro conta a experiência de um jornalista que visitou a URSS na década de 1930 algumas vezes, com o intuito de entrevistar pessoas. Ele passa por Moscow e pega um trem para uma cidade, até então com visita permitida, Karkiv na Ucrânia, mas desce no meio do caminho, sem autorização do governo soviético e vai andando pelos trilhos na neve e passando pelas pequenas cidades e aldeias. Durante essas visitas sem autorização, ele testemunha a fome do povo ucraniano provocada pelas políticas de coletivização de terras feitas por Stalin. Após deixar a URSS, o jornalista publica diversos artigos em jornais contando sobre sua experiência e os relatos dos camponeses.

É um assunto que me prende bastante. Sinto como se fosse um infiltrado na URSS que está sob certo risco a todo momento. É legal lembrar que tem um filme na Netflix sobre o jornalista chamado "Nas sombras de Stalin".
domy.a 21/10/2023minha estante
uhuuuuuu arrasou na resenha ???? deu vontade de ler ?




Marcella.Pimenta 27/01/2024

No paraíso dos trabalhadores, as ruas gritam: "não há pão"
Escritas entre 1930 e 1933, as reportagens refletem o estilo do jornalista que gasta a sola do sapato. Nas 3 viagens que fez à Rússia, Jones buscou conversar com o cidadão na calçada, com a senhora na fila do pão, com o camponês (o que foi facilitado pelo fato de o galês falar russo), s não só com o diplomata ou as fontes oficiais.

Era a população quem tinha de atestar as consequências do Primeiro Pano Quinquenal, implementado por Stalin entre 1928 e 1933 e que previa a coletivização das fazendas, a industrialização e o desenvolvimento agrícola do país. Ao final, o que Jones mais escutou foi "não há pão".

Demora um pouco pros textos especificamente sobre a fome aparecerem. O que se tem antes é o contexto: dificuldades e acertos do Plano, a situação dos trabalhadores (vivendo sob o paraíso que deveria ser para eles a ditadura do proletariado) e o "clima social" na Rússia.

As reportagens não são "jogadas". Antes de uma leva, há um texto introdutório, explicando os bastidores e antecipando o que o jornalista havia descoberto, pro leitor se situar. No início do livro também tem uma breve biografia do autor.

Embora o foco dos textos seja o Plano Quinquenal, as fazendas coletivas (e porque eles geraram fome e miséria), o leitor acaba conhecendo assuntos periféricos, como a demissão em massa de trabalhadores, a proibição de viajar em busca de comida e a "lei das espigas" (demonstrando que a propriedade socialista vale mais que a vida humana para um soviete).

Quem inocentemente acredita que "no comunismo ninguém passa fome" pode começar a revê seus conceitos por este livro.
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Mel 19/06/2024

Um tom jornalístico
São, de fato, artigos de jornais escritos por Gareth Jones nos entremeios da grande fome de 1933 na Ucrânia. O autor nos presenteia com fatos e impressões in loco, quando esteve em contato com o campesinato em suas viagens pela Rússia soviética. Vale demais a leitura.
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Fpxx 28/11/2023

Bom, mas necessita de complementação
Muito bacana o livro, principalmente em razão da sua adaptação em filme. Contudo, na minha visao, o leitor deve completar seus estudos sobre o tema para ter uma visão mais ampla.
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Maria4376 24/07/2023

Estude com esse livro !!
Não vou falar muito, mas leiam.
"Hlebu nietu" - Não há pão...
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marimoraesol 24/04/2024

Cheguei a duvidar da veracidade dos fatos
O livro é tão rico em detalhes da tragédia do Holodomor que em alguns momentos cheguei a duvidar que o que estava escrito era verdade, parece coisa de filme!
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Darlley Brito 23/06/2024

RELATOS DA VERDADEIRA RÚSSIA, OS TRABALHADORES COMUNS E OS FAZENDEIROS
Este é o tipo de livro que na verdade são vários artigos do autor espalhados em diversos jornais diferentes. Nestes artigos o autor conta como foi sua experiência durantes suas três viagens que fez para a União Soviética e a fome que assolou todo o país com auxilio de depoimentos anônimos.

Sobre estes depoimentos deixo a mesma crítica da booktuber @tatianagfeltrin sobre outro livro chamado "Sussurros" (https://youtu.be/R-EA_dRD__k?si=AkTXBqfRE4oOUv_P):

2:35 - É um livro perfeito? De jeito nenhum. Eu costumo desconfiar bastante desses livros que trazem depoimentos de vitimas, por que por mais que a intensão seja boa existe sempre um apelo à emotividade que me incomoda um pouco que me faz revirar os olhos em muitos momentos durante a leitura, mas essa sou eu. Isso sem contar um outro detalhe importante também: até que ponto esses depoimentos foram transcritos nesses livros? Nesse momento eu sempre me lembro do Truman Capote, autor de A Sangue Frio que é um marco ali do jornalismo literário. Eu recomendo a leitura da biografia dele por que ali a gente fica sabendo que durante o inicio das investigações para escrever aquele livro ele foi atras de testemunhas, pessoas próximas aquela família que foi chacinada (...) Durante a coleta de informação dessas pessoas ele notou que essas pessoas ficavam intimidadas com aquele caderninho, ele andava com aquele caderninho pra cima e pra baixo anotando tudo. O mesmo vale para gravadores. Então ele desiste de usar essas ferramentas e passa a simplesmente a conversar com aquelas pessoas e a confiar na própria memoria. Agora para e pensa o quanto foi que aquilo se perdeu durante esse processo. Para pra pensar que, ou você tem uma pessoa intimidade escolhendo muito bem aquilo que ela vai dizer durante a entrevista por conta ali do caderninho, ou do gravador, ou você tem que confiar na memoria do entrevistador. (...) Por que eu estou falando isso? Pra te alertar a não ser uma pessoa ingênua que pega um livro como esse sem esperar um tratamento literário do autor.

Outro ponto do livro que as vezes seu conteúdo fica repetitivo ja que ele escreveu quase a mesma coisa só que para jornais diferentes. Então vou resumir o conteúdo com base em suas viagens, que são três.

PRIMEIRA VIAGEM

Esta primeira viagem foi marcada pelo esnobismo russo, que prometia acabar com as classes sociais mas criou outras, você tinha distintivo de classe social, uma carteirinha do sindicato para provar que fazia parte da classe trabalhadora mas que era falsificada por que garantia mais pão de comer, os tabus e gafes com as palavras "Camarada" ou "Cidadão".

Não fazia muito tempo que a Revolução Russa tinha colocado pela primeira vez o comunismo em prática, ou tentado, então estava em andamento o plano stalinista chamado Plano Quinquenal que tinha como objetivo industrializar a Rússia para que ela fosse mais respeitada pelos países europeus capitalistas, em 5 anos o plano transformaria a Rússia em uma potencia, um paraíso sem desemprego ou fome para o trabalhador.

Toda a atmosfera otimista realmente praticamente extinguiu o desemprego, fizeram grandiosas construções e muitas fábricas foram abertas além de novas ferrovias.

Para mim o ponto mais marcante dessa viagem foi quando o autor conta que quase virou comunista depois de visitar o museu:

"Eu garanto que o Museu da Revolução pode transformar uma pessoa mediana desconectada em um bolchevique ferrenho em poucos minutos. Os revolucionários do mundo são apresentados em cores vibrantes, como os heróis da civilização. Os seus métodos, planos, bombas, cartas, jornais, punhais e fotografias são mostrados tão habilmente que, se não fosse por um evento (encontro com seu amigo), eu poderia voltar para Londres determinado a destruir a constituição britânica com o mais asqueroso dos meios repugnantes. [...] Talvez a minha presença também tenha salvado meu colega de sair daquele edifício como um entusiasmado conspirador vermelho, é que os museus na Rússia soviética são tão maravilhosamente organizados e tão extremamente eficientes que eles deixaram um efeito profundo em mim." (p. 49)

SEGUNDA VIAGEM

A segunda viagem foi marcada pela falta do fôlego comunista. Embora no início a atmosfera fosse otimista havia muita coisa em baixo do tapeta, as estatísticas manipuladas pelo governo, os trabalhadores cansados e a falta do pão já começava a aparecer por causa da coletivização das fazendas e do exilio dos kulaks, fazendeiros, além da má qualidade dos bens produzidos:

"Os tratores geralmente quebram em poucas horas de uso. Isso é facilmente entendido. Uma fábrica é ordenada a produzir mil tratores até uma determinada data sob o Plano Quinquenal. O gerente pode ser preso, talvez fuzilado ou ter seu cartão de pão confiscado se a ordem não for cumprida. Assim, esses mil tratores são produzidos, não importa a qualidade." (p. 63)

Os fazendeiros kulaks que empregavam trabalho de outras pessoas em troca de salário foi a classe mais perseguida pelo regime soviético, era um inimigo ao poder comunista. Então o partido lançou sua politica de coletivização de terras durante dois anos.

"A Rússia verdadeira encontra-se nas aldeias distantes que nunca, ou raramente, são vistas pelo viajante. O camponês é a figura central da União Soviética e deve continuar sendo assim. O Não apenas os camponeses constituem a esmagadora maioria da população como também é a sua produção de cereais que o regime soviético depende." (p. 70)

Durante sua segunda viagem o Plano Quinquenal ja obteve seu sucesso em coletivizar as fazendas:

"O período de aniquilamento dos kulaks está quase no fim. A política do Partido Comunista triunfou por que eles esmagaram seus inimigos nas aldeias e 60% das famílias camponesas não são membros de fazendas coletivas. O tempo do agricultor individual acabou e, pressionado por altos impostos, temendo perder sua casa ou um exílio faminto na Sibéria, ele se torna membro de uma fazenda coletiva." (p. 73)

Mas as expectativas eram sombrias, o inverno que se aproximava preocupava todos os países, mas os russos tiveram uma colheita ruim e estavam mais que todos preocupados. O autor estava querendo as respostas para as perguntas comuns de todos os russos, "por que há pouca sopa? por que tem pouca carne? por que o pão esta começando a ser racionado novamente?". Uma das razões da colheita ruim foi a expulsão e exilo de milhões de kulaks das fazendas coletivas por contrarrevolução e por serem capitalistas. Em conversa com um presidente soviét da aldeia em que estava (o brigadeiro):

"Ele me contou como o abate de gado e de cavalos em toda a Rússia era outra razão pela qual a comida era escassa. Stalin, em um discurso, em junho de 1930, estimou que um terço do gado e pelo menos um quinto dos cavalos da Rússia foram massacrados por camponeses que não queriam entregar em troca de nada os animais para as fazendas coletivas." (p. 92)

TERCEIRA VIAGEM

Jones conta que foi em uma reunião com um dos secretários que disseram que o padrão de vida do camponês tinha melhorado muito e em sua curiosidade queria ver com os próprios olhos. Mas jornalistas não eram autorizados a vagar por cidades e vilas do interior.

"A única coisa a fazer era pegar uma passagem para uma cidade grande e descer do trem em uma pequena estação sem que ninguém notasse." (p. 159)

No trem ele encontrou um jovem comunista desiludido, "o plano de cinco anos acabou e há fome em todo lugar" (p. 161). Este jovem teria dito que o partido comunista teria problemas internos se não houvesse mais o que comer (foi uma declaração profética para o novo período de terror que Stalin e=instaurou para conter a insatisfação pública, perseguindo e assassinando opositores, os mais conhecidos Sarguei e Trótski).

"Caminhei por várias aldeias na neve de março. Eu vi crianças com barrigas inchadas. Eu dormi em cabanas de camponeses, às vezes com nove pessoas em um quarto. Conversei com todos os camponeses que encontrei, e a conclusão geral que tiro é que o estado atual da agricultura russa já é catastrófico, mas que, em um ano, sua condição terá piorado dez vezes." (p. 97)

O relato mais tenebroso foi de um membro do partido durante sua viagem de trem para o interiro da Rússia:

Ele parece implacável e cruel. "Somos semimilitares", diz. "Vamos esmagar os kulags (os camponeses que antes estavam em melhor situação) e esmagaremos toda a oposição." Ele fecha o punho. "Praticamente somos todos homens que serviram na Guerra Civil. Eu estava na cavalaria do melhor regimento vermelho."

"Nós, que agora estamos indo para as aldeias, somos os escolhidos, os mais fortes, e somos todos trabalhadores, principalmente das fábricas. Vamos mostrar aos camponeses o que significa controle rígido."

"Esse homem é um típico exemplo do espírito com que as aldeias devem ser enfrentadas. Ele não hesitará em atirar. Está cheio da doutrina da luta de classes nas aldeias e está determinado a levar adiante o que considera ser uma guerra santa contra todos aqueles que se opõem às fazendas coletivas comunistas." (p. 122)

ARGUMENTOS CONTRA O HOLODOMOR

Este livro de pelo menos 1930 também consegue responder alguns argumentos modernos dos comunistas contra o holodomor.

1. "A fome foi causada pelo clima"

Em 1933 o autor já antecipou o argumento de que a fome foi causada pelo clima dizendo que as condições climáticas dos anos anteriores tinham sido perfeitas em benefício do governo soviético.
"Os lideres soviéticos levaram tudo em consideração, exceto uma coisa - o fator humano. Eles estudaram o solo, o trator, a ciência, os fertilizantes, mas se esqueceram do homem." (p. 152)

Em um dos relatos um camponês responde este argumento sem querer:

"(A fome) não é culpa da natureza. A culpa é dos comunistas. Eles tiraram nossas terras. Por que devemos trabalhar se não temos nossa própria terra? Eles levaram nossas vacas. Por que deveríamos trabalhar se não temos nossas próprias vacas e se temos que dividir o que é nosso com todos os bêbados e preguiçosos da aldeia? Eles levaram o nosso trigo. Por que devemos trabalhar se sabemos que nosso trigo será tirado de nós? Os comunistas nos transformaram em escravos e não seremos felizes até que tenhamos nossa própria terra, nossos próprias vacas e nosso próprio trigo novamente." (p. 168)

2. "Não morreram 200 melões"

O Livro Negro do Comunismo fez algumas estimativas não oficiais da quantidade de mortos ocasionadas pelo comunismo, quase 94 milhões, as estimativas altas fizeram o livro virar chacota no meio comunista. Mas é importante notar que pelo menos a história ficou ao lado do Jones por que os estudos e fontes primárias reconhecem que houve mortes por fome na Ucrânia durante o período do Holodomor. Um exemplo notável é um telegrama enviado por Pavel Postyshev, enviado de Stalin à Ucrânia, em 1933, que reflete a preocupação com a situação da fome e a necessidade de coletar grãos apesar das dificuldades. A questão central do debate é se essas mortes foram o resultado de políticas deliberadas de Stalin ou se foram consequências não intencionais das políticas econômicas e agrícolas do governo soviético. Independentemente da interpretação, o Holodomor é reconhecido como uma das maiores tragédias do século XX e um evento traumático na história da Ucrânia, com implicações profundas para a memória histórica e a identidade nacional.

"Ost-express, uma agência de notícias alemã que é considerada altamente confiável nos círculos oficiais, estima que, algumas das regiões de colonos alemães na Russia, de 15% a 25% da população morreu." (p. 151)

Em uma carta de colonos alemães é dito:

"Não se pode passar pela estrada. Ela esta marcada por corpos humanos. Não há mais ninguém entre todos os nossos amigos que tenha alguma coisa para comer... Os quatro filhos de seu irmão morreram de fome e os outros não estão longe disso. Eles sobreviveram — não é bom escrever isso — comendo carne dos mortos." (p. 151)

3. "fome foi causada pelo extermínio do gado dos camponeses"

Ao tirar suas terras em prol de uma fazenda coletiva, retirou a conquista de terras que tiveram em 1917. O pão e os grãos foram confiscados violentamente. O camponês privado de sua propriedade privada, foi privado de sua liberdade. Ele se opõe a ideia de ser conduzido por jovens comunistas das cidades e isto exilou 7 milhões de kulaks para cortar madeira nas florestas.

A resistência é natural: colheitas ruins e camponeses escolhendo trabalhar na cozinha do que no campo. Mas o limite foi o confisco de vacas em nome do bem comum, as vacas que na mentalidade do camponês comum significa riqueza e felicidade.

"Milhões de animais foram confiscados dos camponeses e enviados para fábricas de bovinos recém-formados, onde eles morreram por exposição a epidemias." (p, 154)

Os camponeses fizeram um massacre de seus gados e eles mesmo comeram suas carnes, foi a politica que o governo soviético mais se arrependeu.

"A politica soviética de coletivização colidiu com a mentalidade do camponês russo, e sua resistência passiva venceu. Acrescente a isso a queda desastrosa dos preços mundiais, que obrigou o governo soviético a exportar cada vez mais grãos, manteiga e outros alimentos para cumprir suas obrigações no exterior, e tem-se uma visão geral de por que agora existe fome na Rússia." (p. 155)

A fome na Rússia foi um problema multifatorial, dizer que ela ocorreu por causa do massacre do gado é simplificar um problema que tem origem anterior a ele, na coletivização das fazendas.

"A tomada de terra do camponês, o massacre do gado, o exílio de agricultores mais trabalhadores e a exportação de alimentos são as quatro principais razões pelas quais há fome na Rússia hoje." (p. 134)

Além do fato básico de que o gado era dos próprios camponeses e eles faziam o que quiser, o governo também conseguiu confiscar milhares de animais e eles morreram por exposição a epidemias. Também houve confisco violento de grãos que deixavam os camponeses com fome e cansados de trabalhar o que diminuía a produção, tirando o confisco das terras que eram dos camponeses e a proibição de pegar uma espiga de milho e ser penalizado a fuzilamento por jovens comunistas, a fabricação de má qualidade de maquinas agrícolas e de linhas férreas que estragavam e não conseguiam transportar os grãos então havia muito desperdício de matéria prima má gestão.
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Xandhy 02/10/2024

"Fome na Ucrânia" é uma obra que retrata a devastadora fome que assolou o país na década de 1930, resultado das políticas estalinistas. O autor descreve com profundidade o sofrimento da população, explorando tanto os aspectos sociais quanto as consequências políticas da repressão. A narrativa é impactante e emocional, destacando a luta pela sobrevivência e a resistência cultural do povo ucraniano. O livro serve como um importante testemunho histórico e alerta sobre os perigos do totalitarismo. A prosa é envolvente, convidando à reflexão sobre a dignidade humana em tempos de crise.
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Fernando612 11/05/2023

Intrigante e chocante
Diante de um período histórico importante em nossa sociedade, os relatos de Jones nos mostra o quão tenebroso é cruel a URRS. Nos levando de perto a entender e "precensiar" a verdadeira vida dos camponeses em fazendas coletivas e a real situação diante do plano quinquenal, mostrando os erros cometidos. Uma leitura interessante que te choca e te desperta um sentimento de querer descobrir mais da história.
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