spoiler visualizaranaluisadinizr 11/05/2024
Não me sinto inspirada o suficiente para procurar uma frase desse livro e colocá-la como título desta resenha.
Eu não gostei desse livro. Não leria novamente, como os raros com os quais faria. E não recomendo a leitura. Mas, vamos lá: esse não é um livro ruim, apenas não é bom. A autora, Olivia Dade, trouxe uma proposta interessante para um romance romântico que não é tão comum, ainda que nos dias de hoje: uma mulher protagonista inteligente, engraçada, com amor próprio e que se sente confortável quanto à sua sexualidade independentemente do que a sociedade espera de uma mulher gorda. A questão é que as analogias que a autora traz no decorrer do livro me chegam rasas. Superficiais. Até mesmo um pouco idiotas. Você pode, sim, escrever um romance clichê sem fazer sua história parecer boba. Além disso, outros casais abordados me pareceram muito mais interessantes do que os próprios protagonistas em si, o que me fez querer parar de ler esse livro e começar as minhas próprias fanfics baseadas na Maria e no Peter ou no Alex e na Lauren. De verdade. Ademais, em alguns momentos, a personagem da April tomou conclusões muito precipitadas, de forma passivo-agressiva, o que a tornou (como gostamos de dizer no Brasil) a "Rainha da Coitadolândia, de nome Coitada da Silva", além de bastante não compreensiva. O personagem do Marcus tinha que pisar em ovos para FALAR com a mulher com que estava saindo e isso me deixou desconfortável. Quanto ao Epílogo, senti falta de, pelo menos, uma menção ao que possa ter acontecido com o Alex e toda a sua situação com o Ron e R.J. Tem um casal apaixonado perdidamente, tem mulheres lindas e interessantes (algumas até bem mais do que a protagonista, como a Summer ou a Vika), tem representatividade Queer, e tem histórias sobre fanfics; o que faz com que o livro não seja ruim para mim. Leiam aqueles que se identificarem com a história, como não foi o meu caso, e aqueles que não se importam com as cenas incontáveis de sexo, o que também não é muito a minha praia em livros. E, por fim, leiam para ter repertório o suficiente para falar o quanto esse livro poderia ter sido melhor, como eu fiz. É isso.