Cibeli Sebajes 03/04/2024
A origem de Ivy contanda por Ivy
Terceiro e último capítulo mostrando a "origem" de Poison Ivy contada pela própria personagem. Wilson finaliza essa versão mais "atual" da origem de Ivy de forma sublime, com muita intertextualidade com versões mais antigas da personagem (como a de Gaiman), mas como algo novo e único que fica dentro da personagem e honra as origens de vilã ao mesmo tempo que adapta para metamorfose de anti-heroina que a personagem finalmente atingiu com essa solo. É provável que alguns fãs do Batman não fiquem tão contentes, porém a interação dos personagens aqui cai muito bem com o que vem sendo trabalho com a Ivy não apenas nessa HQ, mas desde o arco "Everyone Loves Ivy" e com a conversa que a Bella Garten aka The Gardener teve com o Batman, o alertando sobre o que Ivy faria em Everyone Loves Ivy e também o lembrando que Ivy diferente dos outros vilões da galeria dele pode ter algum tipo de redenção. O diálogo de Ivy é Batman aqui serve de uma justificativa para Batman ao longo dos anos ter mudado de ideia e ter, em algumas instâncias, ajudado Ivy de alguma forma, serve para mostrar que tanto Ivy quanto Batman envelheceram e evoluíram, mas sem dúvidas algumas pessoas irão interpretar como uma "demonização" de um herói por mostrar que em um momento ele foi menos do que "perfeito"... De qualquer forma essa origem da Ivy se torna a mais sólida, não serviu apenas para "atualizar" a personagem para audiência atuais e também unificar a lambança que se tornou as origens de Ivy desde The New 52, Wilson fez melhor. Volta e meia crítico um certo plot que a autora insiste em escrever, mas na origem na Ivy não tenho o reclamar, é notável que ela realmente entende a personagem sobre a qual escreve usa várias referências de forma nova, como Floronic Man estar ligado a origem de Ivy, mas a escolha ter sido dela, a relação com Bella pelos olhos da Ivy também foi refrescante de ler e também respeitou a nova personagem que é a Bella e que se a DC souber utilizar pode ser ótima. De modo geral Wilson teve muito sucesso entre caminhar na linha tênue de Ivy quando mais jovem ter uma "ingenuidade idealista" e "narcisismo com necessidade de ser a melhor" que com o passar do tempo a tornariam cada vez mais vilã e depois a anti-heroina que ganhamos.