Gio_vit2 11/11/2024
Seria melhor sem o Euyin
A história acompanha um grupo de 5 jovens que foram reunidos com um objetivo: matar o rei. Quais as chances de uma assassina, uma ladra, um capanga, um mestre espião e um príncipe deserdado conseguirem tal feito e, detalhe, sem trair uns aos outros?
Esse é o enredo do livro, mas a narrativa se torna arrastada conforme as descrições maçantes de cada personagem principal prolonga demais. Poderia ter economizado uns bons 1/4 da narrativa se tudo fosse um pouco mais objetivo.
A estruturação do mundo de fantasia não é excelente. Pouca coisa é explicada, as descrições não são suficientes pra dar uma imagem mental vívida para o universo criado pela autora.
Quanto aos personagens, Sora é insossa. Quando se fala de uma assassina bela, letal e venenosa eu imagino uma mulher inabalável, inteligente, astuta e autossuficiente. Mas ela teve uma das ideias mais burras possíveis ao longo do livro, que em 2 segundos de conversa foi descartada por seu companheiro, que é ainda mais insosso, tanto que nem lembro o nome. Pra que dar uma narração a ele no livro, inclusive? Nunca saberemos.
Contudo, por mais que Sora não seja a criatura mais interessante da obra, ainda conseguiu ter minha empatia, eu realmente torci pra que ela fosse feliz. O que não é o que acontece com Euyin.
Caramba, como descrever Euyin? Ou melhor, por que esse personagem existe? O príncipe deserdado é uma criatura naturalmente desinteligente. Machista. Sua personalidade se resume a ser apaixona por alguém que não tem nem 1/3 da mesma admiração por ele. E com razão, viu, Mikail? Eu também não admiraria essa criatura.
Ainda assim, dei uma chance a Euyin. Acreditei que a autora poderia transformar o ex-príncipe em alguém que tem redenção de seus preconceitos e atitudes horripilantes. Mas ele só continua tecendo comentários de se revirar os olhos até o fim mesmo.
Mikail é ótimo. Líder, forte, inteligente, só vacilou ao não questionar Royo no grupo, né? Mas vou colocar a culpa no roteiro.
Por falar em Royo. Esse cara é digno de meu respeito, por ele eu dei uma estrela a mais nesse livro. Personagem com a melhor história, desenvolvimento, personalidade e caráter disparados. Não fez muita coisa durante o livro, falhou na sua missão várias vezes mas, novamente, irei culpar o roteiro.
Quanto à Aeri, uma querida! Que personagem irritante, mas eu amei. Amei a Aeri sozinha, amei a Aeri no grupo, amei a Aeri com o Royo.
Quanto ao plot Twist, funciona. Me senti uma tapada por não ter adivinhado antes, mas foi uma sacada excelente da autora. Esse final garantiu outra estrela na minha classificação final.
Por fim, registro que não me arrependo de ter lido, gostei da história e me diverti com a leitura. Só não sei se lerei o próximo, mas quem sabe?