Filho da mãe

Filho da mãe J. Filipe da Mata




Resenhas - Filho da mãe


15 encontrados | exibindo 1 a 15


evelli 02/07/2024

Gostei
Li o livro inteirinho numa tarde, é uma narrativa curtinha, mas diferente. O autor correlaciona o presente com lembranças passadas. Fiquei bugada no começo, mas depois peguei o ritmo e foi tudo de bom.
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Flávia Nunes 14/07/2024

Identidade
Reconhecimento
Recordações
Reflexões

Por mais que João(um homem gay cis) esteja sempre viajando e conhecendo novos lugares ele precisa conhecer a si mesmo; e essa viagem em busca do seu autoconhecimento nós vivenciamos na leitura do livro #FilhoDaMãe

Quando acontece o falecimento de sua babá Zila (que o criou como um filho) ele viaja para Minas Gerais junto com o filho biolo?gico de Zila.

Recordações.

A leitura é rápida, é uma história cheia de nuances e representatividade.

A mensagem que ficou da história em mim, foi o quanto a carência afetiva da sua mãe biológica diz sobre o seu EU na vida adulta. Uma boa reflexão para os psicólogos, né?
Já fica a dica.
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Naty @livrossaofilhos 19/07/2024

Gostei demais
Esse livro tem um modo super diferente de acontecer e me fez ficar curiosa com o modo como o autor trouxe cada reviravolta na vida de João Paulo.

No começo eu estranhei o modo da narrativa, a diagramação e o personagem. Mas assim que fui apresentada a tudo e mergulhei na história gostei bastante. O autor trouxe muitas reflexões profundas já no comecinho da história, como amizades que terminam e onde estão suas raízes assim como a tão temida solidão.

Sabemos do término de um relacionamento amoroso do João e de como ele lidou com isso, também houve o término de uma amizade, o que na verdade foi mais um abandono ou um arrefecimento de sentimentos, fiquei mais triste com esse término, parece que tocou mais meu coração e fiquei mais indignada, não sei explicar bem os sentimentos, já que foram muitos.

Depois houve um grande acontecimento com Zila, e o JP teve que voltar pra Brasília, meu olho chegou a lacrimejar com as descrições dos sentimentos dele e de como tudo fica turvo e cinza nesses momentos. Como se a alegria sumisse, mas tudo continua porque é só mais um funeral, só mais um cemitério, só mais um velório.

Enquanto ele fala do trabalho no consulado e sobre a rapidez da vida, vemos a busca de Zilo e sobre a "fuga" de JP. A história mostra claramente como é a solidão quando se é gay, sobre família e tudo que isso acarreta.

A sinopse diz que ele entende que liberdade parece não existir sem solidão, mas quando se trata de JP eu sempre pensei que foi uma escolha ser sozinho e que não tinha muito a ver com liberdade, já que eu tive a sensação que ele estava preso num limbo de sentimentos que não sabia sentir.

O personagem me fez sentir muitas coisas, uma hora eu pensava: "menino do céu, como é?" em outro momento: "Meu Deus, deixa eu te abraçar". Foi o tempo todo assim, cheio de sentimentos. Então se você gosta de livros diferentes e emocionantes, vai gostar desse aqui.
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delia.s 19/07/2024

?João passou a vida viajando, conhecendo lugares e isso até poderia ser algo incrível se ele não passasse a vida inteira buscando sua chance de ?pertencimento?.

?Ao se identificar como um homem gay cis ele passou a entender a solidão que isso o traria. Durante sua vida, diversos momentos o fizeram questionar se realmente valia a pena ser ele mesmo. Numa narrativa que permeia entre o passado e presente conseguimos notar isso.

?Só que, de uma maneira abrupta ele se encontra perdendo a única pessoa que o ?enxergava? na sua versão mais pura, sua babá Zila, e agora, junto do filho biológico dela, ele viaja para Minas em busca de lembranças.

?Esse é um livro simples, fluido mas extremamente profundo. Quando começamos a conhecer a vida de João, logo nota-se a representatividade LGBTQIAP+ da narrativa, mas com uma nuance diferente, o autor te leva a conhecer a solidão que muita das vezes esse lugar trouxe.
Uma das minhas partes favoritas é que em uma conversa com a mãe temos a fatídica fala do ?eu respeito, mas não concordo? e a ideia de vê-la problematizada nessa história, mostrando o quão desrespeitosa e dura ela verdadeiramente é, pra quem a recebe, me emocionou bastante.
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@literarychat 20/07/2024

Uma leitura impecável!
#Resenha

Filho da Mãe - Lido em parceria com @lcagcomunicacao e @jfilipedamata

Acompanhei a história de João Paulo, um personagem tão real, confuso e perdido em seus sentimentos que nos faz sentir um turbilhão de emoções.

JP está sempre em busca de algo que nem ele mesmo consegue identificar. Um diplomata em busca de um lugar onde possa se sentir completo. Mas será que esse lugar existe?

O personagem nos leva para dentro de seu íntimo, onde sentimos sua dor, a distância da família e amigos, e a solidão que ele demonstra de tantas formas.

Este livro me tocou profundamente, me fazendo parar a leitura para refletir sobre as falas do personagem.

?"E sobrevivi. Cresci. Me descobri mais forte. Mas o medo de me sentir desacompanhado no mundo continuava lá."?

O livro aborda temas como perda, solidão, busca por amor e aceitação de uma maneira que ressoa intensamente.

?"Você não tem que concordar. Ser gay não é escolha, eu queria ter dito."?

Em resumo, este livro me tocou profundamente, me fez chorar (sim, eu chorei) e me ensinou muito!

Agradeço imensamente ao autor por essa obra incrível e à @lcagcomunicacao pela oportunidade de ler um livro que definitivamente me mudou.

E você, já leu algo que te fez chorar?

#FilhoDaMãe #LeituraEmocionante #ResenhaLiterária #LivrosQueTocam #Livros #LeituraProfunda #ImpactoEmocional #LiteraturaNacional #LeituraColetiva
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xali 21/07/2024

A solidão do homossexual é uma realidade
João é um homem gay cis que sente a solidão do mundo pesando em sua vida, sempre se afastando das pessoas que conhece, viajando de lugar em lugar, país em país, cultura em cultura, de pessoa em pessoa... vivendo sonhos pelo trabalho, porém só, sempre só.


a solidão gay é algo verdadeiro e palpável, passamos por tantas demonstrações de pouco afeto e de abandono, acho que por isso aprendemos a viver pelo desejo, com relações frias e apenas corporais, tudo isso para não sentir o abandono novamente... e essa narrativa traz tudo isso! os pensamentos de alguém que se sente errado desde criança, que demora se encontrar por medo de ser o que tantos demonizam e abandonam...

por isso amei essa leitura, por me fazer pensar em todas as solidões que já vivi, e por mais que isso doa, refletir sobre isso é muito valido. entender que muitas vezes machucamos primeiro para não sermos o machucado (não que isso justifique algo, não), que buscamos o prazer rápido só para não abdicar do poder de controle das nossas feridas.
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Jônatas Rafael Garpin 22/07/2024

A liberdade só existe com a solidão?
O autor se utiliza de suas próprias experiências para retratar a dificuldade de ir para longe e cortar laços com quem fica, além de mostrar o processo de se estabelecer e se reinventar em diferentes lugares ao longo do tempo.

A liberdade só existe com a solidão? Esse é um dos temas centrais do livro. Com sua narrativa visual e diálogos que fogem da escrita tradicional, "Filho da mãe" leva o leitor para dentro da mente não apenas de João Paulo, mas de muitos homens gays que vivem entre o desejo de liberdade e a vontade de manter um laço duradouro.

Além de uma viagem pelo mundo, o livro também tem uma grande carga sentimental, me peguei refletindo com várias passagens e pensando sobre alguns trechos, como o que citei ao início da resenha.
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Luiz 22/07/2024

Que não falte no início, para não precisar preencher no fim?
O livro em si é muito bom. Eu gostei muito de como o autor foi desenvolvendo a história do personagem, o fato dele ser vice-consul, dos ambientes que ele já viveu, locais, as culturas que ele foi descrevendo. Mas o que eu achei mais interessante foi como o autor foi abordando as partes da vida do personagem, no caso, um homem gay que enfrenta desafios na vida sentimental e social.

Eu senti que o personagem tem essa carência afetiva por parte da mãe; ao meu ver, parece que não tem aquela proximidade do mesmo jeito que ele tem com a babá (que parecia uma segunda mãe para ele). Às vezes, na vida, a pessoa não se sente bem com alguém, porém tem um refúgio com outra, que, no caso, foi a babá. Eu gostei de como o autor foi retratando o personagem João Paulo, como era o relacionamento dele, as amizades, o que ele pensava e deixava de pensar (e o modo de agir também, que muitas vezes me fez pensar: fez jus ao título "filho da mãe"?). O fato dele mencionar sobre a questão do término de relacionamento (isso é bem doloroso para qualquer pessoa), que muitas vezes pode deixar um vazio na vida da mesma, e também, entre outras coisas, como por exemplo a questão de não pertencimento ao ambiente em que ele vivia.

Sempre há um vazio que a pessoa tenta preencher, que no caso do personagem faz viajando a outros países, ou até mesmo com pessoas que conhecia e se relacionava. Mas aí tem uma coisa que o autor aponta muito bem, que é o fato de nós refletirmos: por que vamos querer algo com alguém se estamos com o pensamento de querer sair daquele mesmo local? É para ser passageiro ou duradouro, não é mesmo?

Eu gostei muito dessa fluidez da historia até o final, foi incrível, tirando o fato também de que o livro colaborou muito! Porque a estética é boa, as letras não são pequenas, o que facilita muito e deixa um clima muito bom para a leitura fluir. Às vezes, quando não temos o afeto do pai ou da mãe, queremos preencher esse vazio com outros amores por aí. Isso acontece muito na vida das pessoas. Vale a pena ler e refletir?
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Ricardo743 22/07/2024

Uma escrita singular
Livro - Filho da mãe
Autor: @jfilipedamata
Editora: @mucheditora
Páginas: 116 pags
Nota: ??????/5

?? Me conta aqui, vc já leu esse livro? me conta aqui, e dá uma lida até o final que vou contar o que achei!! Agradecimento especial a @lcagcomunicacao que me enviou o livro ??

? Breve resumo e opinião:

? A morte da baba traz o JP de volta ao Brasil, mais precisamente a Brasília onde ele tem que lidar com alguns fantasmas do passado como o afastamento de suas relações pessoais. A melhor amiga com a qual ele não fala mais e sente muita falta, a família que tem um abismo relacional desde sempre. Sua mãe nunca foi de fato sua mãe, apenas garantiu uma boa educação e estrutura financeira.

? Com memorias de suas moradas e seus relacionamentos no exterior o livro intercala sua passagem por aqui com e suas vivencias pela Eslovênia, Emirados Árabes, Itália e China. JP é uma pessoa que não sabe quem é nem onde pertence e busca por si e seu lugar em suas memorias e as pessoas que passam por sua vida. Fantasmas do passado como seu ex-namorado, sua melhor amiga e a baba a quem ele simplesmente abandonou estão sempre presentes em sua memória.

?? E a pergunta que fica é quão tarde se pode deixar alguém que foi superimportante pra você ficar apenas na memória? Zila se foi tempos depois de eles perderem contato, por escolha dele. Quem seriam os próximos? Encontramos nessa jornada uma autorreflexão sobre o assunto de solidão no mundo LGBTQIAP+ de uma forma muito crua e realista, com uma escrita singular e uma jornada única. Recomendo!!

#bookstagram #booklover #livrosemaislivros #leitura #livrolgbt #gay #livrogay
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Leandro | @obibliofilo_ 24/07/2024

Sincero, melancólico e dramático (sem excesso)
A solidão é um sentimento que se desenvolve de várias formas, de uma maneira diferente em cada pessoa. Em se tratando de um homem gay, a solidão é, talvez, ainda mais diferenciada, intensa, singular.


Alternando entre passado e presente, Filho da Mãe, de J. Filipe da Mata, narra a história de João Paulo, que retorna ao Brasil para o velório da sua antiga babá, uma das pessoas mais importantes de sua vida.


É inevitável não perceber as "facilidades" que existem na vida de JP. Ele viaja para vários países, vivencia outras culturas, experimenta outras culinárias e experiencia a homossexualidade que existe ? e resiste ? em outros lugares do mundo.


E partindo da sexualidade, o autor explora a solidão irrefutável ? ou a garantia inequívoca ? de um homem cis gay tentando se encontrar ? ou se reencontrar ?, tentando estabelecer algum laço afetivo, fixar-se de alguma ou de muitas formas na vida de alguém.


A liberdade existe, mas acho difícil dissociá-la da solidão, sobretudo se essa ideia de ser livre for vivida intensamente.


E é nessa "ideia" que o livro se ampara.


Com uma narrativa simples, por vezes poética, permeada por alguns dilemas existencialistas, J. Filipe da Mata desenvolveu uma história que me convenceu, sobretudo por fugir do óbvio em determinados momentos.


Um dos pontos mais interessantes do livro foi conhecer um pouco do "retrato homossexual" nos Emirados Árabes, um recorte que eu concebia de maneira diferente.


Em suma, Filho da Mãe é envolvente e sincero, com toques autobiográficos e que deixa a possibilidade de uma sequência ? que o autor já confirmou que vai acontecer. Se você busca uma história rápida, melancólica e dramática (sem excessos), este livro é para você.
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SueSouza 24/07/2024

Leitura rápida e boa
Oi, Pockets!
A dica de hoje é o livro "Filho da Mãe", do autor João Filipe da Mata, lido em leitura coletiva organizada pela @lcagcomunicacao. O enredo nos transporta pelas jornadas emocionais e geográficas de João Paulo, um jovem diplomata que vive na solidão de seu apartamento em Abu Dhabi.

João Paulo é um personagem complexo, imerso em memórias, sempre em busca de um sentido de pertencimento que parece lhe escapar constantemente. Sua vida muda inesperadamente quando ele retorna ao Brasil para o velório de sua babá Zila, uma figura que representa um elo muito importante em sua vida. Esse retorno o força a rever as raízes de sua identidade e suas decisões. JP terá que revisitar o passado e lembranças que pareciam ter sido deixadas para trás.

A escrita do João Filipe é cheia de sensações, fazendo a gente se sentir presente nos lugares e nas experiências intensas do protagonista. A narrativa é ao mesmo tempo, bonita e dolorosa, refletindo a angústia silenciosa de João Paulo, que apesar das suas conquistas, não consegue encontrar a verdadeira liberdade sem enfrentar a solidão. E vamos combinar, ninguém gosta de se sentir sozinho e lidar com um vazio que parece impossível de preencher.

Conversando com o autor, dá para perceber que a história tem muito dele mesmo. É uma trama intensa sobre a busca por pertencimento. A gente sente pelo que JP passou, mas também dá vontade de dar uma sacudida nele por algumas atitudes, embora seja compreensível considerando as batalhas internas e externas de ser um homem gay.

A história nos faz refletir sobre como os lugares e as pessoas moldam nossas vidas e sobre a busca por um lugar onde a gente realmente se sinta em casa. É uma leitura rápida, um livro curto, mas que deixa um monte de sentimentos. Recomendo demais!

site: https://www.instagram.com/p/C9-2__fvvHa/?img_index=1
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Ana Claudia 02/08/2024

Que surpresa boa essa história!

Achei ótima a proposta da história em que um rapaz gay, 31 anos, diplomata, viajante do mundo, morando em Abu Dhabi, recebe a notícia que a sua antiga babá Zila faleceu e ele precisa voltar correndo para o Brasil.

De volta a Brasília para o funeral dela, João Paulo conhece um skatista e tem um romance. No entanto, também conhece o filho de sua babá e com ele viaja para Minas Gerais.

E nessa viagem, João Paulo embarca em uma jornada de autoconhecimento e pertencimento. João Paulo reflete sobre seus sentimentos, o entendimento sobre a solidão no qual vive por ser quem ele é.

Eu me emocionei em algumas partes da vida de João Paulo, a conversa com a sua mãe sobre a sexualidade me tocou profundamente e me fez refletir o tanto de homossexuais que vivem isso diariamente. Ao mesmo tempo em que você se afeiçoa por ele, você também tem momentos que quer apenas acolhê-lo.

Uma história que me surpreendeu muito positivamente e também me fez chorar.
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Camila 16/08/2024

“Liberdade ou Solidão?”
O diplomata João Paulo viaja o mundo a trabalho, já conheceu diversos países, culturas diferentes, novos sabores, amigos e amores. Mas, a angústia de ficar longe dos amigos e familiares fala mais alto. Quando descobre o falecimento de sua antiga babá, Zila, João decide retornar ao seu país natal para comparecer ao funeral.

“Liberdade ou Solidão?”, resume bem a angústia vivida por JP.

Neste livro de pouco mais de 100 páginas, a narrativa alterna entre o retorno de João Paulo ao Brasil e suas memórias do passado. Acompanhamos suas lembranças e inseguranças, incluindo o forte laço que ele tinha com sua babá, um vínculo que jamais conseguiu estabelecer com sua mãe.

Adorei a forma como Filho da Mãe foi escrito. É ter a sensação de estar na mente do JP, com a narrativa em primeira pessoa que frequentemente mistura memórias e o presente sem uma separação clara. Os diálogos são fora do convencional, sem travessões, como se fossem um fluxo contínuo de pensamentos.

É uma desordem organizada, mas não é assim a nossa mente? 🤔

Sendo mineira, foi incrível acompanhar a passagem do JP por Minas Gerais, principalmente quando ele almoça no Mercado Central de Belo Horizonte. Isso me fez sentir ainda mais próxima do personagem.

💬“Era preciso que eu vencesse minha escolha de tantas vezes deixar de dizer o que eu devia dizer.”

Um romance com protagonismo gay que explora profundamente a carga emocional de "ficar sozinho," o desconforto de não se sentir à vontade em lugar algum, e a dificuldade de expressar o que se quer dizer. Tenho certeza de que você se identificará bastante com o livro.

site: https://www.instagram.com/p/C-lw7PHPAz9/
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Aline ig @escape.abacharel 16/08/2024

Filho da mãe... mas que mãe?!
Aqui vamos conhecer a história de João Paulo, um homem gay cis, que mora no exterior, apesar de ter nascido e crescido no Brasil.

Ele foi criado por sua babá, Zila. Depois de adulto, após a sua morte, ele passa a refletir sobre como ela o considerava como um filho. Por isso Filho da mãe, já que sua própria mãe biológica parecia não se importar tanto com ele assim como a carinhosa Zila. "Zila era com certeza a recordação que ocupava o maior número de gavetas."

Depois disso, ele parte em uma viagem para Minas Gerais na companhia do filho biológico da Zila, João Marcos. Isso tudo em memórias, já que o personagem intercala o presente com lembranças passadas.

JP vive em vários países, passou por um relacionamento recente, mas se sente sozinho e indiferente ao redor de tudo e todos. É um livro que aborda muito sobre a identidade, e gostei demais disso. Sobre sexualidade não ser uma escolha. Sobre as pessoas não terem que concordar, pois não é uma opinião ou escolha, e sim uma parte fundamental de quem a pessoa é.

O livro é entremeado de passagens não lineares, e apesar de isso o tornar um pouco complexo, não me incomodou. Acho que fez fluir bem a leitura, pois me deixava curiosa. Os capítulos curtos também exerceram uma boa fluidez para a obra.



site: https://www.instagram.com/p/C9XwmxtONJg/?img_index=1
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Vanessa.Liandro 19/08/2024

Uma história muito reflexiva
João Paulo está rodeado de pessoas e ao mesmo tempo sente que está sempre sozinho. Sua carreira diplomática exige que faça muitas viagens. Estar sempre em lugar novo e com tanto a se descobrir, entretanto suas relações amorosas não evoluem como gostaria. Ainda há sua ex-babá Zila, que o considerava como um filho, bem diferente de sua mãe biológica que praticamente só se lembra dele em ocasiões familiares. Zila faleceu e esse acontecimento o fez repensar suas escolhas.

"Filho da mãe" é um livro curto e traz a aflição que o personagem passa a sentir ao se questionar sobre seu trabalho (estar em tantos lugares diferentes e bacanas é significa que serei feliz?), seus amores (quando de fato estarei em uma relação que vale a pena manter?) e sua família (quem de fato é sua família?). A história de João Paulo transita por vários momentos quando está no Brasil revivendo suas memórias da infância com Zila e sua família e, também nos países onde reside, como a China, Itália, Eslovênia e nos Emirados Árabes.

Essa história me fez ter um misto de sentimentos em relação a quem sou e o meu lugar nesse mundo enorme. Óbvio que não viajo como João Paulo, mas quantas vezes já não me perguntei se as minhas escolhas valeram a pena. E você já se perguntou se está no caminho que de fato escolheu?
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