Resenhas - Perseguindo o Bicho-Papão

Entrelivros_efilho 18/10/2024

Que livraço! Meu 1º contato com o autor e virei fãzaça, que escrita envolvente, viciante e apaixonante!

O início foi lento por ser uma narrativa descritiva e não ter diálogos, mas depois que peguei o jeito a leitura fluiu e só parei quando terminei, li tudo em um dia e finalizei boquiaberta e apaixonada, me aguentem porque vou panfletar muito ele por aqui.

No verão de 1988, a tranquilidade da pequena cidade de Edgewood é abalada quando os corpos de 4 adolescentes desaparecidas começam a aparecer em vários lugares da cidade sem nenhuma pista do assassino. Conforme os boatos se espalham que talvez o assassino não seja humano e o FBI insiste que ele é um psicopata de carne e osso, o toque de recolher é decretado e a população mergulha em um ambiente de pânico e terror.

Nessa época, o autor Richard Chizmar tinha terminado a faculdade e voltado para a casa dos pais para preparar o seu casamento e tentar alavancar sua carreira de escritor, mas, assombrado pelos acontecimentos ele começa a escrever seu próprio relato sobre os crim3s e o assassino que ainda o assombraria por anos.

Escrito pelo ponto de vista do próprio autor e mesclando a investigação dos crim3s com suas próprias lembranças enquanto crescia na pequena cidade, Chizmar criou uma atmosfera tão envolvente e intrigante que é impossível separar o fictício do real, e para maior veracidade da história ele apresenta no final de alguns capítulos fotos das cenas dos crimes, das vítimas e locais da cidade que só torna tudo mais real, me senti parte do enredo e criei várias teorias para no fim, descobrir que passei longe do verdadeiro desfecho, que por sinal é imprevisível, o autor entrega as respostas que buscamos somente no final com uma reviravolta inesperada e surpreendente. Genial!

Passaria dias aqui falando o quanto esse livro é inteligente, bem escrito e que a combinação de ficção de terror, crimes reais e o clima de cidade pequena proporcionam uma leitura única, intrigante e marcante, então, só digo que para os amantes de crim3s reais e uma boa investigação, essa é uma leitura obrigatória!
A-M-E-I!!!!

leiturasdadriane 18/10/2024

Imersivo
Com uma escrita fluída e imersiva, onde acabamos nos envolvendo com a história, dando a sensação que fazemos parte do livro, e com o autor sendo um narrador personagem, narrando uma série de crimes nefastos ocorridos em sua pacata cidade natal, em Edgewood, Maryland, tendo como vítima adolescentes da região, somos apresentados a um thriller muito bem escrito e desenvolvido, passando a impressão do que realmente aconteceu ou foi fruto de sua imaginação.
Richard retorna a sua cidade após a faculdade, meses antes de seu casamento e como um bom apreciador de true crime, além de futuro escritor de livros desse gênero, começa a investigar juntamente com sua amiga jornalista os crimes que vêm ocorrendo, muita vezes até se colocando em perigo.
Sem dúvida não esperava o desfecho final desse livro, certamente me pegou e por ser inexperiente nesse tipo de gênero, acabei me vendo envolta a esse thriller e suspense, no mistério de quem era o bicho papão.

Ale Giannini 18/10/2024

True crime
Conheci Richard Chizmar por meio da trilogia A Caixa de Gwendy, onde ele colabora com Stephen King. Assim como o Mestre do Terror, Chizmar tem uma tendência a se alongar em suas narrativas. No seu livro sobre um serial killer que aterrorizou sua cidade natal, ele diverge para contar sobre sua família, amigos e experiências pessoais. Confesso que, durante o primeiro quarto do livro, fiquei em dúvida se deveria continuar. Para minha sorte, continuei!

A história começa a ganhar ritmo, e foi aí que me vi preso à trama. A cada página, minha vontade de ler o próximo capítulo só crescia, e, aos poucos, consegui experimentar a mesma angústia e ansiedade que pairava sobre a cidade de Edgewood.

Para quem gosta do estilo de Stephen King e do gênero "true crime", é uma leitura que vale a pena. O final é surpreendente!

Manoela319 19/10/2024

Perseguindo o Bicho Papão
Achei arriscado e audacioso o autor se colocar como o protagonista do próprio livro, mas no entanto, não vejo outra forma como tudo poderia ter se desenrolado sem o toque específico do Richard em mostrar tudo pelos próprios olhos.

O começo do livro é quase um teste para ver se o leitor quer mesmo continuar.
Muitas descrições, em grande parte, podendo ser consideradas inúteis, por ser mostrado sobre a cidade onde o protagonista nasceu e cresceu.

Porém, essas descrições ajudam a ambientar e deixar o leitor mais imersivo na história, pelo texto você sente a nostalgia e carinho que o autor quis encaixar sobre aquele lugar.

Em muitas partes, é difícil saber se aquilo foi real ou não, as imagens só ajudam mais ainda nesse sentimento de realidade. É realmente como ler um true crime.

Me senti triste pelas vítimas, e angustiada pela forma como elas morreram e as circunstâncias. O autor cria uma proximidade entre o leitor e aquelas pessoas que é absurda, muito realístico.

Achei o final corrido, penso que outras coisas poderiam ter sido explicadas e direcionadas em relação ao assassino.
Acredito que vá ter uma continuação, então talvez essas lacunas sejam preenchidas.

É um livro muito bom, e que você lê querendo acabar logo pra ter todas as informações possíveis, com certeza recomendaria para quem gosta desse gênero.

Alessandra @euamolivrosnovos 21/10/2024

Instagram @euamolivrosnovos
"Para os cidadãos de Edgewood, aquela foi a nossa era da escuridão."

Nesse incrível suspense policial, baseado em fatos reais vividos pelo próprio autor, Richard Chizmar nos transporta para sua cidade natal, na década de 80, quando uma série de crimes com o mesmo "modus operandi" assombrou uma pacata cidadezinha de Maryland, deixando os moradores consternados com a crueldade humana.

Durante a investigação dos fatos, que se arrastaram ao longo de vários anos, o autor narra os acontecimentos bizarros da época dos crimes e a busca desesperada pelo serial killer, antes que mais uma vítima fosse atacada.

Inteligente e sem deixar rastros, o suspeito driblou as autoridades, tornando sua caçada um grande desafio e fez com que o desfecho dessa história fosse surpreendente.

Adorei a escrita do Richard, que é coautor de, ninguém mais, ninguém menos que Stephen King na obra "A caixa de Gwendy". Ele demonstrou força narrativa para replicar sua própria experiência à época dos crimes, o que me fez ficar arrepiada a cada descoberta.

O livro conta com fotos, cedidas por fontes diversas, dos locais, vítimas, policiais e momentos importantes da investigação, deixando tudo ainda mais intenso.

Uma excelente pedida para o mês de outubro e para todos que curtem o gênero. Super recomendo a leitura.

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