Como vender uma casa assombrada

Como vender uma casa assombrada Grady Hendrix




Resenhas - Como vender uma casa assombrada


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Queria Estar Lendo 30/10/2024

Resenha: Como vender uma casa assombrada
Grady Hendrix, você sabe o que é errar? Acho que não. Como vender uma casa assombrada é o mais recente título dele aqui no Brasil, pela Editora Intrínseca. Nessa história, dois irmãos voltam à casa de infância depois da morte dos pais para preparar tudo para a venda. O problema é que a casa está cheia de marionetes que não querem que isso aconteça.

Louise se afastou da família e está contente por isso. Não que a relação dela com os pais seja ruim, mas porque sua infância não foi das melhores - especialmente por causa do irmão mais novo, Mark, que fazia da vida dela um inferno. Agora, com a filha pequena, ela está vivendo em paz. Até que a notícia da morte dos pais em um acidente de carro chega como um choque.

De volta à sua cidade da infância, Louise precisa lidar com o trauma das mortes repentinas, com o humor volátil do irmão e com a casa. O problema é que o lugar não está só carregado de lembranças. Está recheado com as centenas de marionetes que a mãe deixou para os filhos. Uma delas, Pupkin, era a marionete favorita da mãe.

É só quando Louise reencontra o Pupkin que ela se lembra de situações terríveis envolvendo esse boneco. Que, de alguma maneira, parece bastante determinado a não deixar que Louise e Mark vendam a casa - e nem que tenham paz enquanto estão ali.

Se você não gostou desse livro, você leu errado. Desculpa, eu não faço as regras. Brincadeira. Ou não.

Como vender uma casa assombrada é mais um acerto do Grady Hendrix, em todos os sentidos. A história é dividida nos cinco estágios do luto e acompanha o quanto essas emoções movem seus dois protagonistas, com um foco muito maior na Louise.

Eu me apaixonei perdidamente pela maneira satírica e irreverente do Grady de contar histórias em O Exorcismo da Minha Melhor Amiga, mas aqui o tom é diferente. Primeiro porque a gente está lidando com adultos, segundo que a temática principal do livro é morte e luto, que são pesados e trabalhados da maneira certa pelo autor.

"Sua casa está assombrada e eu não vou vendê-la até você resolver isso."

A maturidade com que a Louise encara as coisas bizarras acontecendo e como isso se desenvolve no absurdo de ter que lidar com marionetes possuídas quando tudo que ela queria era se livrar dessas lembranças e do peso de ter perdido os pais é muito bem orquestrada pela trama. Sua relação conturbada com o irmão (e o motivo dela) também surpreendem.

O que você acha que é frustração e assuntos inacabados acaba se mostrando muito mais profundo. Tudo por causa de uma marionete: o capeta do Pupkin. Ô como eu queria descer a porrada naquele boneco! Quanto mais a gente descobre, através de flashbacks e conversas, o buraco fica mais embaixo. Não é só uma história sobre uma casa assombrada, e por isso é tão legal.

"Ela percebeu que estava discutindo uma marionete e ficou com raiva por isso."

É uma história sobre luto, trauma e rancor. É uma história sobre família, principalmente. O que ela tem de melhor e o que ela tem de pior, também. Sobre traumas geracionais, sobre segredos e o quanto isso se arrasta como um legado macabro. Eu gostei demais do desenvolvimento da Louise e do Mark. Como personagens, como irmãos, como... sobreviventes, também. Porque meu deus do céu, que inferno que era aquela casa!

O terror é situacional, mas quando acontece, arrepia até a espinha. A ambientação da casa é macabra, e você sente que tem alguma coisa muito errada ali. Quanto mais a Louise e o Mark ficam dentro daquele lugar, pior a sensação. Tanto para eles quanto para os leitores. E quanto as coisas bizarras acontecem, elas são aterrorizantes. As marionetes fazem questão de contribuir no clima de terror.

O humor do Grady Hendrix está presente aqui. Mais uma vez, nos momentos absurdos, quando os personagens não conseguem acreditar no que está acontecendo. É muito pontual e sutil, bem menos escrachado e satírico. De novo: ele não é um comediante, ele é debochado. Esse não é um livro para "fazer rir", mas que te tira umas gargalhadas pelo nonsense todo da situação.

"Bonecas amaldiçoadas estão propensas à violência e malevolência. É a natureza delas. Minha amiga Barb coleciona todas que encontra no Ebay."
"Vendem bonecas amaldiçoadas no Ebay?"

Pupkin, principalmente, porque ele é uma coisa "viva" e vai ganhando força na narrativa, transtornando os personagens com suas "brincadeiras". Ele se torna um coadjuvante da história, o antagonista dela, e contribui em deixar a situação cada vez mais violenta e absurda. A ponto de se tornar uma grande ameaça ali no final, pelo momento em que ele se insere. E por quem ele escolhe atormentar.

Assim como foi em Horrorstör, o final de Como vender uma casa assombrada é de tirar o fôlego. Eu vi muitas resenhas reclamando que a ação e o foco nas marionetes tirou o terror do livro, mas, para mim, foi o contrário.

O final tirou o meu ar e me deixou numa angústia e numa tensão de arrancar os cabelos, justamente por escalonar o perigo e de manter o perigo no mais alto tom. Me deu a mesma sensação que o fim de O Iluminado passou, de que os riscos são muito altos e tudo pode dar muito errado a qualquer momento.

"Uma marionete é uma possessão que possui o possuidor."

Eu li o livro em inglês, então não sei dizer sobre a edição da Intrínseca ou da tradução. O inglês do Hendrix é intermediário, mas dá para acompanhar se você tem costume de ler na língua.

Como vender uma casa assombrada é outro grande acerto de um autor que já ganhou meu coração. Com um pouco de irreverência e de absurdo, ele conta uma história sobre família, legado e o terror que marionetes esquecidas numa casa vazia podem causar.

site: https://www.queriaestarlendo.com.br/2024/10/resenha-como-vender-uma-casa-assombrada.html
Ana 07/11/2024minha estante
terminei agora, que livro!




Amanda @litera.pura 17/10/2024

Que decepção!
Eu contei os minutos para o lançamento desse livro e, no dia seguinte, ele já estava nas minhas mãos. Estava com as expectativas nas alturas, afinal, uma história sobre casa mal assombrada sempre vai bem, né? Coisas como aparições, barulhos estranhos no meio da noite, portas batendo, correntes de ar vindo do nada... O problema é que esse livro não tem nada disso.

A premissa é a seguinte: dois irmãos que se odeiam precisam se reencontrar porque os pais sofreram um acidente de carro e não resistiram. Mark e Louise têm que "levantar a bandeira branca", pelo menos até conseguirem resolver as burocracias, tipo o velório e o testamento. A mãe deles era uma artista que confeccionava fantoches e os usava como ferramentas para ensinar religião para crianças e adolescentes, só que os fantoches estão assombrados. Não é uma CASA assombrada, são fantoches. Na verdade, toda a história gira em torno de UM fantoche maligno. E tem o drama, muito drama familiar. Eu diria que 70% do livro é o lenga lenga dos irmãos que são cheios de segredos, rancores e adoram ficar jogando as coisas um na cara do outro.

É do mesmo autor de "O exorcismo da minha melhor amiga" e, se você já leu, sabe que o estilo do autor é um terror cômico, então é óbvio que eu não estava esperando nada muito pesado. Só que não entregou nem o terror e nem o cômico. Em certo ponto, eu já não aguentava mais as cenas de ação entre humanos e bonecos, que eram longas e entediantes (tipo "aí fulano levou um soco na testa, aí perdeu o equilíbrio, aí sua visão ficou embaçada, aí ficou sem fôlego..." 😴). No começo eu estava gostando muito, esperando a história se desenvolver, só que ficou chato, sabe?

Gostei do desfecho do livro, me surpreendeu, mas a história em si poderia ser muito mais interessante! Parte da culpa foi minha por ter criado expectativas demais, mas o autor cometeu um erro escolhendo um título que nos faz pensar em uma casa mal assombrada, enquanto ele entrega apenas um primo distante da Anabelle.

site: http://www.instagram.com/litera.pura
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AmadoThriller 09/10/2024

Cansativo!
A premissa da história é um pouco enganosa. Ao começar a leitura, somos levados a acreditar que se trata de uma casa mal-assombrada, quando, na verdade, o foco está em bonecos assombrados. No entanto, a trama acaba girando mais em torno de um drama familiar do que propriamente de elementos sobrenaturais, o que pode frustrar quem, como eu, esperava uma narrativa mais voltada ao horror.
Embora a história tenha seus momentos divertidos, o desenvolvimento se arrasta em várias partes desnecessárias, tornando a leitura cansativa em vez de envolvente. A protagonista, Louise, foi um grande ponto de irritação para mim. Desde o início, sua arrogância e chatice tornaram difícil me conectar com ela, o que prejudicou ainda mais minha experiência.
Apesar do cansaço com as intermináveis brigas com os bonecos, o desfecho conseguiu me surpreender. O problema é que o livro parece enrolar até chegar ao ponto principal, me fazendo, por diversas vezes, querer pular direto para o final.
Não diria que a história é ruim, mas definitivamente não entregou o que eu esperava.
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bbspao 25/10/2024

Pulei o final de tão ruim que é
90% da história do livro é sobre o drama familiar, principalmente entre os irmãos Mark e Louise. Se isso tivesse sido abordado como plano de fundo e deixado o terror como foco principal, seria muito melhor. mas acaba sendo extremamente CHATO e MAÇANTE acompanhar, eles só sabem brigar por herança, eles não sentam e conversam sobre o passado pra se resolverem. e quando finalmente acontece tudo aquilo e vc pensa "poxa agora que eles colocaram a carta na mesa, eles vão se entender" MAS AI VOLTA TUDO PARA O INÍCIO E ELES VOLTAM A AGIR COMO DOIS IDIOTAS IMATUROS. as cenas de ação são extremamente longas, repetitivas e cansativas. e aí quando você pensa que o livro tá acabando, inicia um novo ciclo igual, só que com outra personagem e lá vai contar tudo de novo. mds eu não aguentava mais. o autor pegou uma premissa tão boa e jogou no lixo por não saber desenvolver. cr não indico pra ninguém!
booksdacami 25/10/2024minha estante
amg pode me contar o plot? eu to lendo esse tbm mas vou abandonar pq nao to aguentando mais


bbspao 12/11/2024minha estante
mds amg desculpa, eu só vim ver seu comentário agora pq alguém curtiu o post ?
mas se ainda quiser posso contar


booksdacami 12/11/2024minha estante
quero sim!!


bbspao 16/11/2024minha estante
vou te contar na dm


manu ð¿ï¸ 16/11/2024minha estante
me conta o plot também pfvvv abandonei em 50%, pra mim não dá mais


bbspao 16/11/2024minha estante
falo sim, vou mandar dm




Beatriz3061 13/11/2024

Todo boneco/fantoche é do capiroto
Abaixo assinado para o fim dos fantoches. Causa ganha, tenho total certeza!

A escrita é boa, bem fluida, os personagens são consistentes (você odeia eles do início ao fim do livro). Plot até que previsível, acredito que as teorias que criei sobre essa história foram melhores do que o que realmente aconteceu ???
As partes de tensão foram muito boas e daria um filme de terror interessante

Uma boa experiência
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Machado 06/11/2024

Que grande decepção...
Esse livro me deixou completamente frustado! Quando lançou, fui correndo comprar porque a premissa era de fato muito chamativa e instigante, mas infelizmente o livro não entrega absolutamente NADA do que prometeu. O que era pra ser uma história de casa mal assombrada se tornou um enredo chato de drama familiar com briga de irmãos. O LIVRO TINHA UMA IDEIA MUITO BOA, TINHA A RECEITA PRA UMA HISTÓRIA DE TERROR ÓTIMA, mas falhou miseravelmente...
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Val Herondale 02/11/2024

"Como Vender uma Casa Assombrada", de Grady Hendrix, é uma leitura que surpreende ao misturar terror, humor e um toque de drama familiar, conquistando facilmente um lugar especial entre os livros do gênero. Dei 4/5 estrelas, e vou explicar o porquê.

A história acompanha os irmãos Mark e Louise, que, após a morte dos pais, se veem em uma situação complicada: eles precisam vender a antiga casa da família, que, como o título já sugere, está longe de ser uma propriedade comum. Além do luto e das memórias, há outro ?pequeno? problema ? a casa é mal-assombrada. E aqui entra um detalhe bem inusitado e aterrorizante: entre os elementos sobrenaturais estão bonecos e fantoches, uma combinação que é ao mesmo tempo inquietante e cativante.

Gostei bastante de o autor fugir do clichê de casais românticos e, em vez disso, explorar a dinâmica entre irmãos. Mark e Louise trazem à tona as complexidades de um vínculo familiar que, somado ao luto, ganha ainda mais profundidade e nuances.

Um ponto muito positivo na narrativa é como Hendrix incorpora os cinco estágios do luto (negação, raiva, barganha, depressão e aceitação) de maneira sutil e envolvente. Isso poderia facilmente deixar a história densa, mas o autor consegue equilibrar bem o drama com o terror, sem deixar a trama pesada.

No final, "Como Vender uma Casa Assombrada" é uma recomendação certeira para quem busca uma leitura que combina sustos, emoções e risadas, tudo na medida certa.
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Summer? 28/10/2024

O livro começa muito bem interessante mas ele decai MUITO pro meio dele e é entediante continuar lendo ,foi um sofrimento .
Achei os momentos de terror fracos e mal feitos eu esperava muito mais! A ideia foi criativa mas não bem executada ....
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Viviane.Lopes.Costa 07/10/2024

As vezes eu me pergunto o que diabos passa na cabeça de quem escreve uma história dessas?
O livro prometia uma história de casa assombrada e entrega um problema de família? quando finalmente vem o ?terror? na verdade é quase uma comédia! E quando a gente pensa que já tá ruim ele transforma tudo num espetáculo psicodélico?
Ainda bem que comprei o e-book?
Dácio Hermeson 10/10/2024minha estante
Esse seu comentário me libertou kkkkk cheguei a 37% me perguntando exatamente


Dácio Hermeson 10/10/2024minha estante
... exatamente isso (cont kkk) , "mas não é de terror?", tava entre os indicados de Horror no Goodreads choice awards, que enganação kkkk




Roberta 11/11/2024

Decepcionada
Criei expectativas a toa. Que livro chato. Foi um pesadelo terminar
Nunca vi tanta enrolação num só livro. Podia ser deletado um terço pelo menos que não serviu pra nada
JurúMontalvao 12/11/2024minha estante
vixi?




Carla.Parreira 26/10/2024

Como Vender uma Casa Assombrada (Grady Hendrix). A história acompanha os irmãos Luiz e Mark, que, após a morte dos pais, precisam lidar com o processo burocrático de vender a casa de infância, repleta de lembranças. A protagonista, Luise, enfrenta o luto e a tensão de ter que se unir ao irmão, com quem possui um relacionamento conturbado, enquanto descobre que a casa não está vazia e que forças sobrenaturais resistem à venda. O autor aborda o luto de maneira sutil, refletindo como a dor da perda pode afetar a vida cotidiana, surgindo em momentos inesperados, revelando a profundidade emocional da narrativa ao explorar a complexidade das relações familiares e a dor da perda mais de uma vez ao longo da história, levando o leitor a uma jornada íntima e assustadora. Essa relação entre maternidade e medo é abordada com sutileza, mostrando como a proteção parental pode deixar rastros de ansiedade e insegurança, refletindo a luta interna de Luise enquanto ela tenta equilibrar suas responsabilidades e os desafios trazidos pela herança emocional deixada pela família. A trama também destaca a transformação dos personagens, onde Luise e Mark são forçados a enfrentar memórias dolorosas e segredos que permeiam a dinâmica familiar, revelando que o passado não pode ser simplesmente ignorado, mas deve ser confrontado para que possam avançar. Enquanto isso, a relação entre os irmãos passa por altos e baixos, revelando fofocas familiares e não ditas que influenciam sua interação. A repetição de padrões familiares e o impacto das experiências vividas em conjunto surgem como aspectos cruciais na construção de suas identidades. O autor captura essa complexidade ao mostrar como, apesar de compartilharem um lar e uma história, cada um percebe e enfrenta as circunstâncias de maneira única, o que cria um terreno fértil para conflitos e reconciliações ao longo da narrativa. A ideia de que os segredos podem corroer os laços familiares é enfatizada, fazendo com que, mesmo em meio ao horror e à comédia da situação, se perceba a necessidade de comunicação e a busca por resolução das feridas do passado. Esse enredo enriquece a experiência do leitor, pois além de abordar o terror físico presente, também revela o terror psicológico e emocional que muitas vezes está mais presente e devastador. Assim, a perspectiva do autor sobre as dificuldades da maternidade, os conflitos fraternais e o peso dos segredos familiares serve como uma base sólida para explorar temas de perda, amor e a complexidade das relações humanas. O livro evoca essa mistura de saudade e dor ao explorar a infância dos irmãos Joiner, revelando como suas experiências moldaram suas personalidades e seus relacionamentos. A vulnerabilidade da infância é um tema central, mostrando como as memórias podem ser ao mesmo tempo confortantes e dolorosas, carregando a fragilidade de momentos que não podem ser revisitados. A construção narrativa de Grady Hendrix permite que o leitor explore a complexidade emocional desses personagens enquanto eles enfrentam os fantasmas do passado, tanto literais quanto metafóricos. A escrita traz à tona as interações entre os irmãos, revelando segredos guardados e mágoas que se entrelaçam, refletindo um padrão de relacionamento que muitos podem reconhecer em suas próprias famílias. A forma como o autor aborda a questão do luto é especialmente impactante, transformando a assombração em um símbolo das perdas que enfrentamos ao longo da vida. Além disso, a conexão com obras clássicas, como "A Assombração da Casa da Colina", oferece um contexto rico e profundo, permitindo comparações sobre as representações do medo e da dor em diferentes narrativas de terror. Hendrix consegue inovar ao mesmo tempo que respeita tradições do gênero, trazendo elementos inesperados e surpreendentes à história. Com o uso de humor e referências pop, o autor se distancia do clichê de uma Casa Mal-Assombrada, mas consegue manter a essência do que torna essas histórias cativantes. A exploração dos fantasmas como manifestações do luto e das emoções não resolvidas ressoa com a experiência humana de maneira universal. Assim, a obra se revela uma reflexão sobre a vida, a morte e as complexas ligações que formamos ao longo do caminho, trazendo à tona a importância de confrontar o que nos assombra para que possamos seguir em frente. As emoções intensas ligadas à perda dos pais são exploradas de maneira profunda, refletindo como a ausência deles vai além da dor pessoal. A protagonista, Luí, e seu irmão Mark enfrentam o desafio de lidar com objetos que pertenciam aos seus pais, passando por um processo de lembranças que evoca tanto saudade quanto desamparo. A experiência de reviver memórias por meio de objetos físicos traz à tona questões emocionais complexas, como a desconexão com suas origens e a sensação de flutuar sem um alicerce emocional. Essas memórias se entrelaçam com o espaço físico da casa, que representa não apenas um lar, mas também um repositório de histórias e sentimentos acumulados ao longo dos anos. A relação do autor com o luto é palpável, e a narrativa é enriquecida por experiências pessoais que criam uma ligação visceral com o leitor. A ideia de que uma peça de roupa pode permanecer enquanto a pessoa amada se foi provoca reflexões sobre a efemeridade da vida e a permanência das lembranças. A habilidade de Grady Hendrix de misturar elementos de terror, humor e drama familiar resulta em uma obra que não apenas entretém, mas também provoca introspecção sobre as experiências da vida e da perda. A casa, portanto, torna-se um símbolo das memórias e emoções que todos carregam, mostrando que cada lar possui sua própria história assombrada por alegrias e tristezas. Essa complexa teia de sentimentos é o que torna a obra relevante e acessível, atraindo leitores que podem se identificar com os desafios enfrentados por Luí e Mark. A narrativa culmina em uma profunda reflexão sobre como a ligação com o passado, mesmo quando assombrada, molda nossa identidade e percepção do futuro.
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lendoemcaos 24/10/2024

Decepcionante e cansativo
Tinha potencial mas não funcionou pra mim.

Apesar de achar interessante a forma como o luto dos personagens interfere no modo como julgamos suas sanidades e questionamos a realidade ao longo da história, não acho que isso tenha sido feito da forma mais interessante. A insistência na briga entre os irmãos pela herança torna o livro maçante e tira o foco do leitor do que é realmente intrigante. O que era pra ser uma história de casa assombrada acaba sendo em sua maior parte um drama familiar.

Confesso que até me surpreendi um pouco com o final, mas ali já era tarde demais para realmente me envolver com os personagens (que por sinal são todos bem difíceis de suportar). Acredito que a história teria se desenrolado melhor se focasse por completo no sobrenatural ou se ele não existisse em momento algum e o livro se tornasse apenas uma metáfora sobre luto.
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clarayanina 12/10/2024

Era uma casa muito assombrada. Tinha teto e um fantasma
Uma casa nunca é só um imóvel quando vidas acontecem dentro dela. Iniciei esse livro achando que era apenas mais uma leitura trevosa e que me renderiam bons sustos e termino com lágrimas nos olhos; feliz de ter acompanhado a jornada desses personagens.

Esse é mais que um livro sobre uma casa assombrada. É sobre o poder que o amor tem de libertar. De dar a alguém a oportunidade de se curar. Mais uma vez Hendrix usa o terror pra nos mostrar que sempre encontramos a força que precisamos nos lugares onde sempre pertencemos: ao lado daqueles que amamos.

"(...) E agora eles não existiam mais, assim como ela. Louise começou a chorar. Chorou porque finalmente percebeu que o tempo só se move em uma direção, não importa o quanto a gente queira que seja diferente."
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Geovanna.Cookie 16/10/2024

Uma bonita alegoria do luto
Esse foi o segundo livro do autor que li, o primeiro - O exorcismo da minha melhor amiga - não me agradou muito. Não sei se foi uma questão de expectativas, mas achei o meio arrastado e o climax muito bobo.
Contudo, decidi pegar esse livro sem saber nada a respeito da história, e foi uma ótima experiência. Esse autor escreve cenas muito cinematográficas, eu conseguia ver mentalmente como seria em um filme (O que não impede o filme de ser ruim, O exorcismo da minha melhor amiga, na amazon, é bem ruim). Também gosto de como ele mostra como ficaram os personagens depois do climax, as relações que se formaram muito depois do que seria o fim do livro.
Sobre a narrativa desse, ele tem uma boa quantidade de drama familiar além do terror, o que eu gostei, principalmente no climax do livro. Contudo, são muitos os embate, longos e complicados, antes de chegar na batalha final, o que é meio cansativo. Nessas horas eu colocava o audio livro e ia ouvindo enquanto lavava a louça.
De modo geral, recomendo o livro sim.
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