Lucas Muzel 28/09/2024Teleporta, conversa, brigaSpawn #307 dá uma certa explicação para a confusão da edição anterior. Por algum motivo, Spawn foi transportado para o futuro. E tem o tal Raptor que se alimenta da energia do Soldado do Inferno, e vice-versa. E aí o recordatório repete a palavra "despertar", e "energia". Os dois personagens parecem lutar num vácuo espacial, como se o jogo de videogame tivesse dado bug na hora de carregar a paisagem. Spawn, por algum motivo, recebe memórias do Raptor. Me lembrou a galhofada dos dispositivos de memória no chão do filme Dr. Estranho 2. O flashback imposto pela conveniência do roteiro. Ao fim do flashback, a batalha acaba, e tem uma revelação. Alguém planejou isso, e tem uma ameaça. Mas, como sempre, detalhes adicionais ficam mais pra frente. O gancho final ao menos dá uma prévia de quem é essa ameaça: o velho conhecido Kincaid.
Spawn #308 começa com um ser infernal dando outro "expository dump" para um grupo que, aparentemente, já sabe sobre o que será tratado. Comenta que a explosão onde estava o Palhaço abriu uma fenda no tempo (pois é), e que virão outros Spawns de outras épocas temporais. O expositor comenta então que o Spawn matou o Spawn Medieval, e que isso demonstra que cada um pode pensar apenas em si. Dado o estado inicial de um Spawn, não precisou disso acontecer para que essa brilhante dedução pudesse ser feita. Aí, de uma maneira não explicada, eles pretendem desunir os Spawns, para obter algum poder, e ... profit! A trama dá a entender que as teorias da conspiração podem sim ser verdade. Mas é estranho que a imprensa é vista como adversária, pois, em muitos cenários conspiratórios, a imprensa seria "vendida" e controlada por um grupo pequeno e influente. Isso pode demonstrar uma crença essencial do próprio roteirista. A parte do noticiário da CRN está com um erro de digitação "súde". Antigamente, as notícias do "Info Now" eram ligados com itens mais "leves" e amenos. Agora é uma cópia do noticiário tido como "fatual" pelo roteirista. Já o terceiro é uma tentativa de referenciar ou ironizar, cujo resultado é absurdamente irreal, caricato e útil apenas para quem pensa parecido com o roteirista. E decidiram inserir o contexto de pandemia nas próprias histórias. Foi quase em tempo real essa. Al formula um plano rápido. She-Spawn e Redentor vão até um dos sinais, para fazer reconhecimento. Cog se encontra com o Spawn Pistoleiro, que por algum motivo tomou um corpo de um humano chamado Javier. Achei que eles surgiriam já com um corpo.
Spawn #309 mostra brevemente a She-Spawn e Redentor chegando em um lugar vazio. E a maior parte da edição é dedicada ao Spawn Pistoleiro e Cog. Tem uma narração que parece alguém tentando emular os quadros da década de 1930, só que de maneira artisticamente mais reduzida. Tem também a tentativa de colocar uma reviravolta dupla, onde o protagonista é enganado, mas aí na verdade o vilão é que foi enganado. Tudo apenas dito, e não tão bem executado. E tem uma breve aparição do Al Simmons.
Spawn #310 mostra uma cientista que na verdade é um demônio. A teoria conspiratória maluca do cara da TV era verdade. Aí Al tenta evitar ter algo com Jessica, pois estão em guerra. Aí ele faz um tipo de teste bizarro com ela. E demonstra seus poderes limitados de necromancia.
Spawn #311 tem um repórter que soltou uma fake news disfarçada de blefe. Ou vice-versa. Aí ele morre. É introduzido uma versão do Batman Vampiro, que se disfarça de Bruce Wayne e conta com o seu Alfred. Como é rico, é obviamente maligno. Al Simmons tem uma conversa com Kim Downing. Em um nível que lembra o pior dos diálogos "edgy" dos anos 90. Depois eles brigam. Aí o Chacina volta ao modo zumbi, chamando Spawn de mestre. Aí tem uma cena breve de gancho com o Spawn Pistoleiro.
Spawn #312 começa com She-Spawn conversano com Marc (notaram o padrão?), aí depois Marc veste a armadura do Spawn Medieval. O Spawn Pistoleiro fumando um cigarro e pondo balas em um trabuco. Deve realmente vender muitas estatuetas para o Sr. McFarlane. O recordatório tenta emular algum estilo profundo e genial, mas acaba resultado em algo confuso e desconexo. Spawn Pistoleiro conversa com Redentor. O Pistoleiro briga com uns anjos. Spawn e Jim conversam. Jim deixa o Cy-Gor melhor, após pagar certo custo. Jim recusa o convite de se juntar à "iniciativa Spawn".
Spawn #313 começa com o Spawn Pistoleiro. Ele tem um longo recordatório, onde os conceitos brotam do ar. Sem nenhuma pista relevante anterior, o Pistoleiro deduz todo o plano "Xadrez 5D" do Cog. E tudo isso a partir de uma conversa truncada e pseudo-rebuscada. Aí a She-Spawn aparece, e eles conversam. Achei estranho o Pistoleiro abandonar um cavalo para usar uma moto. Foi apenas para o roteirista enfatizar a expressão "cavalgou rumo ao por do sol". Teria sido insano se o próprio Pistoleiro invocasse um cavaleiro demoníaco. Seria mais uma estatueta para por à venda. Está na cara que o Spawn Pistoleiro será um tipo de "Power Ranger Branco" nessa dinâmica de equipe. O personagem descolado que eventualmente se juntará ao grupo. Al Simmons não encontra ninguém na base. Como é da natureza dele, ele fica "pistolito". Aí passa rapidamente, e ele e Chacina Zumbi vão em um outro rolê. A síntese dessas histórias recentes é basicamente: teleporta, conversa, briga um pouco, e fim. Aí a missão é de infiltração em uma ilha. Spawn diz que não se teleporta diretamente lá para não chamar a atenção. Seria por conta de sensor tecnológico? Não tem detalhes. Aí, ainda na praia, aparece um tal de Monólito, e destroça o Chacina. Spawn diz "🤬 #$%!& it", e atira no monstro gigantesco.